A SEGUNDA SEMANA DA VNL MASCULINA

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A seleção brasileira masculina terminou a segunda semana da Liga das Nações na liderança da competição. Invicta, com 6 vitórias, em 6 jogos, o Brasil é a primeira seleção a vencer todos os jogos das duas primeiras semanas na história do torneio. Irã e França até então líderes caíram na rodada. Os franceses perderam seu primeiro jogo para os búlgaros. Já os iranianos, foram derrotados justamente pelos brasileiros, em um jogo emocionante, decidido apenas no tie-break. Completam o rol dos cinco primeiros colocados, Rússia e Itália, respectivamente.

Além do duelo entre brasileiros e iranianos, o aguardado encontro entre poloneses e franceses foi um dos destaques do fim de semana. O confronto vencido pela França por 3×1 foi tão esperado devido à disputa do Pré-Olímpico. As duas seleções irão se enfrentar por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em Agosto, na Polônia. A expectativa também é alta porque são duas fortes candidatas a medalha nas Olimpíadas, em 2020.

Já os russos, atuais campeões da Liga das Nações, depois de perderem na estreia, foram os únicos na semana, a não ceder nenhum set. Jogando em casa, em Ufa, a Rússia bateu portugueses, americanos e italianos, sem grandes dificuldades, por 3×0. Recuperados do revés na abertura da competição, os russos estão dispostos a vender caro a defesa do título de 2018.

A semana brasileira na VNL masculina

BRASIL 3X2 IRÃ 23/25, 25/16, 21/25, 33/31, 15/10

A chave do jogo entre brasileiros e iranianos foi o serviço. Cedendo pontos em erros de saque, o Brasil saiu derrotado na primeira parcial, após sofrer pontos diretos do Irã no serviço. A dificuldade na virada de bola e no bloqueio, tirou da partida o central Isac e o ponteiro Douglas Souza. Com as entradas de Leal e Maurício Souza, os brasileiros sobraram na segunda parcial. Os iranianos não se deram por vencido. Aumentaram a pressão no saque, alternando o viagem e o flutuante, ao contrário dos brasileiros. O Brasil sofreu na linha de recepção. Com passe na mão, o levantador iraniano Marouf deitou e rolou. O assistente técnico Marcelo Fronckowiak inverteu a rede e colocou o central Flávio no jogo. O Brasil reagiu e ganhou novamente consistência na virada de bola. Surpreendidos, os iranianos não conseguiram mais se recuperar e os brasileiros fecharam a partida no tie-break.

JAPÃO 0X3 BRASIL 22/25, 19/25, 21/25

Os japoneses começaram o jogo imprimindo muita velocidade no ataque. O serviço agressivo japonês era inesperado pelos brasileiros. O Japão propiciava inúmeros contra-ataques e não confirmava os pontos. Era fatal! A diferença do jogo na primeira parcial estava justamente nos pontos convertidos pelo Brasil nos contra-ataques. No 2° set, o Japão perdeu eficiência na virada de bola. O técnico japonês mudou quase toda sua equipe. O Brasil abriu uma boa margem de pontos e administrou o placar na virada de bola, até fechar a parcial. Na terceira parcial, o Japão não se entregou e persistiu. Os brasileiros encontraram certa dificuldade no jogo. A partida ficou igual novamente. No momento decisivo, bloqueio e saque do Brasil fizeram a diferença, 3×0.

ARGENTINA 2X3 BRASIL 20/25, 25/21, 28/26, 23/25, 12/15

No duelo entre Renan Dal Zotto e Marcelo Mendez, melhor para o Brasil. Em um jogo de muitos erros, 73 no total, o serviço foi decisivo para o triunfo brasileiro. Mesmo com mais pontos no ataque e bloqueio, a Argentina saiu derrotada. O oposto argentino Pereyra foi o maior pontuador da partida com 26 pontos e aproximadamente 60% de eficiência. A troca dos dois centrais realizada pelo Brasil mudou o jogo. Flávio e Isac, em apenas dois sets, sendo um o tie-break, juntos, marcaram mais pontos que Lucão e Maurício Souza. No total foram 13 pontos contra 7. O oposto brasileiro Wallace esteve com eficiência abaixo de seu potencial. Já a dupla de ponteiros Leal e Lucarelli contribuiu no ataque com mais de 50% de aproveitamento.

EM SOLO AMERICANO, BRASIL MANTÉM CAMPANHA REGULAR

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A seleção brasileira feminina conquistou duas vitórias, em 3 jogos, pela terceira semana da Liga das Nações Feminina. Jogando em Lincoln, nos Estados Unidos, o Brasil venceu a Coreia do Sul e as americanas, donas da casa. A única derrota ocorreu contra a Alemanha. Foi o terceiro revés consecutivo das brasileiras diante das alemãs. Com os resultados, o Brasil manteve a regularidade da campanha das duas primeiras semanas, somando 6 vitórias e 3 derrotas, em 9 jogos, 19 pontos. Porém, caiu uma posição na tabela. Se fosse encerrada hoje a fase regular, o Brasil estaria nas finais, na China.

A semana brasileira na VNL feminina

BRASIL 2X3 ALEMANHA 25/21, 29/31, 25/21, 20/25, 13/15

As brasileiras realizaram um 1° set taticamente perfeito. Com boa leitura de jogo, o Brasil dificultou o trabalho da levantadora alemã Hanke e anulou a oposta Lippmann. Na segunda parcial, a Alemanha equilibrou as ações com um serviço agressivo. A virada de bola alemã subiu de produção. Aos poucos, Hanke recolocou todas as suas atacantes no jogo. Na margem mínima, 31/29, a vitória germânica no 2° set aumentou a confiança do time na partida, ao contrário do Brasil. Irregulares, as brasileiras não conseguiram sustentar as vantagens de pontos no placar, por várias vezes no confronto. No momento decisivo, a oposta Lippmann fez a diferença. O último ponto do jogo traduziu a falta de consistência brasileira. Amanda cedeu ponto em um erro de saque.

COREIA DO SUL 0X3 BRASIL 17/25, 16/25, 11/25

O Brasil não deu chances as coreanas. A seleção dirigida pelo técnico campeão da Superliga Feminina, com o Minas, Lavarini, teve muitas dificuldades em todos os fundamentos. O ataque coreano foi inofensivo. Nem mesmo a ponteira Kim, uma das melhores do mundo, esteve bem. Neutralizada pelas brasileiras, saiu do jogo no fim do 1° set. Mesmo com pouca resistência, o Brasil realizou sua melhor partida na Liga das Nações, até aquele momento. O sistema defensivo foi o grande responsável pelo triunfo contra a Coreia. Errando pouco, sem desperdiçar contra-ataques, as brasileiras fizeram o jogo ficar fácil. A ponteira Gabi foi a maior pontuadora da partida, com 14 pontos.

EUA 1X3 BRASIL 19/25, 17/25, 25/22, 20/25

Contra as americanas, em seus domínios, as brasileiras tiveram a sua melhor performance na competição. Com um show de Gabi, o jogo do Brasil finalmente fluiu. Macris realizou uma excelente distribuição e também esteve em seu melhor dia. O bom rendimento no bloqueio foi decisivo para a vitória tranquila nas duas primeiras parciais. O técnico dos Estados Unidos, Kirally, campeão olímpico na praia e na quadra, tentou mudar o jogo com várias substituições, mas não teve jeito. Superior em todos os fundamentos, com poucos erros, o Brasil mostrou que está vivo na luta pelo título da Liga das Nações.

A ESTREIA DA LIGA DAS NAÇÕES MASCULINA 2019

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Teve início no final de semana, a Liga das Nações masculina 2019. Na reedição da final da primeira edição da competição, os franceses deram o troco da derrota em casa, em 2018, para os russos, e bateram os atuais campeões por 3×1. Na mesma sede, na Sérvia, uma das surpresas da primeira semana, o Japão venceu os donos da casa, por 3×1, e fez bons jogos contra França e Rússia. Mesmo com os adversários incompletos, o feito japonês é enorme e demonstra que eles irão fazer bonito, dentro de casa, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Outra grata surpresa é a campanha invicta do Irã. Com três vitórias sobre Itália, China e Alemanha, os iranianos lideram a Liga das Nações 2019, nos critérios de desempate, com 9 pontos. Na vice-liderança, aparece a França, também com três vitórias, mas todas pelo placar de 3×1. Fechando o grupo com 3 vitórias, em 3 jogos, está o Brasil. No entanto, com 8 pontos, já que precisou do tie-break para vencer a Austrália, além de derrotar os americanos pelo placar máximo e os poloneses por 3×1.

Falando em Brasil, finalmente, o ponteiro cubano naturalizado brasileiro Leal fez sua estreia com a camisa da seleção brasileira, diante da Austrália. Ainda longe do ideal, sua atuação contra os australianos foi discreta. Mas, já no dia seguinte, no duelo com a Polônia, o Brasil promoveu o grande teste, com Leal e Lucarelli juntos na ponta, e a julgar pelo desempenho dos dois nesse jogo, as expectativas para o Brasil na temporada são excelentes.

Também chamou a atenção, nessa semana, a performance do bloqueio brasileiro. Grande responsável pelos triunfos contra Estados Unidos, Austrália e Polônia, o baixo rendimento no fundamento, foi apontado como um dos culpados pela perda do Mundial, em 2018.

A semana brasileira na VNL masculina

ESTADOS UNIDOS 0x3 BRASIL 22/25, 22/25, 23/25
Os americanos iniciaram o jogo melhor que o Brasil, com pressão no saque e na virada de bola. Aos poucos, os brasileiros ajustaram o seu sistema defensivo, confirmando os pontos em contra-ataques. Com o placar igual, na primeira parcial, os Estados Unidos perderam rendimento no serviço. Com bom volume de jogo, no fundo de quadra, os brasileiros induziram os americanos ao erro. Sem muita paciência, os Estados Unidos cederam 30 pontos em erros, contra apenas 16 do Brasil. Mesmo com uma virada de bola superior, os americanos saíram de quadra derrotados. Nesse nível, tal número de erros, inviabiliza qualquer chance de vitória.

BRASIL 3×2 AUSTRÁLIA 32/34, 25/16, 25/19, 27/29, 15/13
Brasileiros e australianos imprimiram um ritmo forte de jogo. Na estreia de Leal, o saque flutuante australiano colocou o Brasil em dificuldade. Mais uma vez, errando pouco e subindo muitas bolas no fundo de quadra, os brasileiros se safaram de uma derrota inesperada. O sistema defensivo foi o grande responsável pelo triunfo. O bloqueio, além de 13 pontos diretos, amorteceu muitas bolas. O oposto Wallace foi o maior pontuador do jogo, com 23 pontos. A instabilidade no passe, provocou novamente, uma virada de bola inferior à adversária.

BRASIL 3×1 POLÔNIA 22/25, 25/15, 25/21, 25/17
Com Leal e Lucarelli em quadra, o Brasil realizou a sua melhor partida na semana. Saindo atrás no placar, os brasileiros fizeram dois sets quase perfeitos, o segundo e o quarto, e viraram o jogo. Superior em todos os fundamentos, o Brasil calou a fanática torcida polonesa. A virada de bola e o bloqueio foram decisivos para a vitória. Apesar disso, os brasileiros cometeram o maior número de erros na semana e tiveram dificuldades com o saque flutuante, mais uma vez. Leal e Lucarelli, juntos, foram responsáveis por quase 30% dos pontos brasileiros.

A SEGUNDA SEMANA DA LIGA DAS NAÇÕES FEMININA

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Encerrada a segunda semana da Liga das Nações Feminina 2019, quatro seleções lideram a competição, com 15 pontos, apenas uma derrota, em seis jogos. São elas: Turquia, Itália, Estados Unidos e Polônia. Nos critérios de desempate, a ponta da tabela pertence à Turquia. No entanto, um dos resultados mais surpreendentes da segunda semana, foi justamente, o revés turco para o Japão, por 3×0.

Aliás, as japonesas totalizaram os 9 pontos possíveis, com 3 vitórias, em 3 jogos. Mesmo com os resultados, o Japão está fora do grupo de seleções que avançam para as finais. As nipônicas ocupam o 7º lugar, com 4 vitórias, 2 derrotas, 12 pontos.

Outro destaque da semana foi o duelo entre Estados Unidos e Itália. Até então invictas, as duas seleções fizeram um emocionante jogo, decidido apenas no tie-break, com vitória americana. O detalhe da partida, foi a presença quase completa do time italiano, vice-campeão mundial em 2018. A ausência foi do seu principal destaque, uma das atuais melhores jogadoras do mundo, Paola Egonu.

Já o time B americano, após derrotar as italianas, em seus domínios, perdeu para uma embalada seleção dominicana, por 3×2. É bom ficar de olho nas dominicanas, porque são, em tese, as principais adversárias das brasileiras no Pré-Olímpico.

Falando em Brasil, a seleção dirigida por José Roberto Guimarães, conquistou duas vitórias, contra Holanda e Bulgária, e uma derrota para as polonesas, em 3 jogos disputados na Holanda. Com os resultados, as brasileiras mantiveram a 5ª posição na tabela, com 12 pontos, 4 vitórias e 2 derrotas. As cinco primeiras seleções avançam para as finais na China.

Na próxima semana, o Brasil enfrenta em solo americano, as seleções da Coreia do Sul, Alemanha e Estados Unidos. O técnico José Roberto deve contar com o retorno da ponteira Natália. Pela frente, o Brasil terá o desafio de encarar as americanas com o time completo.

A semana brasileira na VNL

HOLANDA 2×3 BRASIL 25/21, 28/30, 20/25, 25/18, 11/15
Saque e bloqueio holandês colocaram o Brasil em extremas dificuldades. Pouco inspirada, a levantadora Macris não conseguiu trabalhar sem o passe na mão. As brasileiras demoraram para fazer a leitura de jogo. O Brasil não soube explorar a nulidade da oposta holandesa. As passagens de rede da Holanda e a virada de bola, quase sempre foram sem o auxílio de sua oposta. O técnico José Roberto Guimarães realizou substituições cirúrgicas. Com muita catimba, como o retardamento da partida, com a mesa de arbitragem, o Brasil controlou os nervos e conseguiu sair de quadra com uma vitória surpreendente, dadas as circunstâncias.

POLÔNIA 3×2 BRASIL 25/20, 25/22, 26/28, 18/25, 15/9
A Polônia iniciou o jogo com uma surpresa em sua escalação. Pela primeira vez na competição, a ponteira Stysiak, de 18 anos e 1,98m de altura, foi utilizada pelo técnico Nawrocki. Com muita passividade, as brasileiras repetiram o filme trash do dia anterior, contra a Holanda, com uma execução ainda pior. O Brasil teve queda no rendimento de seu serviço. O domínio polonês era amplo, o placar justo da partida era 3×0. Aos trancos, lideradas pela central Bia, as brasileiras conseguiram levar o jogo para o tie-break. No entanto, não foi o suficiente. A oposta Smarzek foi a maior responsável pela vitória polonesa, 15/9, no tie-break.

BRASIL 3×0 BULGÁRIA 25/18, 25/23, 25/18
Ao contrário dos outros dois jogos da semana, José Roberto Guimarães contou com a ponteira Amanda em grande apresentação. O Brasil ganhou muita consistência no fundo de quadra. Com muito volume de jogo, as brasileiras converteram quase todos os contra-ataques em pontos. Em um jogo marcado por muitos rallys, esse aproveitamento fez a diferença. As búlgaras ofereceram pouca resistência. Em alguns momentos do jogo, até conseguiram equilibrar a partida na virada de bola. Porém, o dia era de Brasil. A oposta Paula Borgo, com mais de 50% de eficiência no ataque, teve grande atuação. Sem dúvida, as brasileiras realizaram o seu melhor jogo na semana contra a Bulgária.

A LIGA DAS NAÇÕES MASCULINA 2019

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Inicia amanhã a versão masculina da Liga das Nações 2019. Para o Brasil, a primeira semana de disputas ocorre na Polônia, na cidade de Katowice. Além dos donos da casa, os brasileiros terão como adversários, os Estados Unidos e a Austrália. Na estreia, o confronto é contra os americanos. Na sequência, os australianos. Por fim, os poloneses.

Vale destacar, que dessas quatro seleções, três formaram o pódio do último Campeonato Mundial, em 2018. Ou seja, já de cara, na Liga das Nações, o Brasil reedita as finais dos dois últimos mundiais, contra a Polônia, atual bicampeã do mundo, e no jogo inaugural duela com os Estados Unidos, medalha de bronze, em 2018.

A grande expectativa é pela estreia do cubano naturalizado brasileiro Leal. Não é certo que ele entre para jogar, logo na estreia, contra os americanos, quiçá, seja utilizado nessa semana. A temporada de clubes na Europa foi desgastante e um sinal de que ele pode ser poupado, é a ausência de seu companheiro de time na Itália, Bruninho.

Segundo fontes da imprensa, o levantador campeão olímpico na Rio 2016, deve se juntar ao grupo brasileiro apenas na terceira semana de competições. A boa notícia é que sua parceria com Leal vingou na Itália. Juntos, eles conquistaram a Superliga Italiana e a Champions League, defendendo o Civitanova.

Aliás, já que o tema são ausências importantes, assim como no feminino, várias seleções irão utilizar a Liga das Nações 2019, para promover testes, dar rodagem a jovens jogadores e preparar-se para a principal competição do ano, o Pré-Olímpico. No caso brasileiro, isso será extremamente positivo para o técnico Renan Dal Zotto, porque as disputas por posições serão intensas.

Com a chegada de Leal, o Brasil deverá ser reformulado. Além de ganhar mais opções, em posições outrora carentes, existe uma ânsia, entre torcida e imprensa, para saber como o Brasil será escalado. A possibilidade de utilizar Leal e Lucarelli na ponta, ao mesmo tempo, é real.

Entre os adversários, também existe uma expectativa semelhante. Outro cubano, no caso Léon, foi naturalizado polonês. Dessa forma, a atual bicampeã do mundo, ficará, assim como o Brasil, ainda mais forte. Sobre os outros oponentes, é bom ficar atento aos franceses, após um decepcionante 2018.

A habilidosa seleção desapontou nos principais torneios, tendo como um dos principais algozes, o Brasil. Logo, é importante prestar atenção a esse novo momento francês, na Liga das Nações, já que o time caiu em um dos grupos mais complicados do Pré-Olímpico, tendo como adversária direta, a Polônia.

OS AMISTOSOS DO BRASIL CONTRA O CANADÁ

A seleção brasileira masculina de vôlei conquistou duas vitórias, em dois jogos, em amistosos realizados contra o Canadá, na semana passada, no ginásio do Taquaral, na cidade de Campinas, em São Paulo. No primeiro jogo contra os canadenses, na quarta-feira, 22 de maio, o Brasil precisou do tie-break para sair vitorioso. Já na segunda partida, na sexta-feira, 24 de maio, o triunfo foi mais tranquilo, pelo placar máximo por 3×0.

De fato, ter o Canadá como adversário em testes antes da Liga das Nações foi muito produtivo para o técnico Renan Dal Zotto. No entanto, a maior expectativa da torcida e imprensa, a estreia do ponteiro cubano Leal, agora naturalizado brasileiro, ficou para o jogo do Brasil contra os Estados Unidos, na Polônia, pela VNL, na sexta-feira, 31 de maio.

Além disso, o pedido de dispensa do levantador William, para a temporada de seleções, em 2019, e a ausência, por enquanto, de Bruninho, foi benéfica para dar ritmo de jogo e experiência ao levantador Cachopa. Seu concorrente direto, Thiaguinho, foi pouco utilizado. Renan deverá definir entre os dois jogadores, qual será o substituto imediato de Bruninho, principalmente, nas inversões de rede.

Outra indefinição, é a intensa troca de líberos. Mais precisamente, um para passar, no caso Thales, e outro para defender, no caso Maique. Tal fato, já é uma dor de cabeça para o técnico Renan Dal Zotto. Os dois jogadores são muito bons em suas especialidades. E o motivo para as dúvidas do treinador é a restrição de inscritos nos Jogos Olímpicos. Em torneios da FIVB, são permitidos 14 atletas inscritos para cada jogo. Já nas Olimpíadas, o Comitê Olímpico permite apenas 12.

Entre os destaques individuais dos amistosos, esteve o ponteiro Douglas Souza. Lucarelli, utilizado na segunda partida, também foi muito bem no seu retorno à seleção brasileira masculina, após período de recuperação de contusão. Ele ficou de fora da campanha vice-campeã mundial, em 2018.

Sobre o Canadá, é bom apontar a renovação. Nas duas partidas, com times alternativos, mesclando titulares e jovens promessas, os canadenses provaram que possuem condições de disputar os Jogos de Tóquio, em 2020, e até mesmo sonhar com uma medalha olímpica. O recém-contratado pelo Cruzeiro, o ponteiro Perrin, não esteve em seus melhores dias. Porém, a equipe titular do primeiro jogo, com algumas caras novas, foi muito bem e colocou o Brasil em dificuldades.

A SEMANA BRASILEIRA NA LIGA DAS NAÇÕES FEMININA

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A seleção feminina de vôlei fez sua estreia na Liga das Nações 2019. Jogando em Brasília, no ginásio Nilson Nelson, o Brasil enfrentou China, República Dominicana e Rússia, respectivamente. O saldo ficou positivo com duas vitórias e uma derrota. Com os resultados, as brasileiras estão em 5º lugar na competição, com 6 pontos. Sem ainda contar com Tandara, o técnico José Roberto utilizou a oposta Paula Borgo como titular, após a baixa de Bruna Honório, por problemas de saúde. Diante dos times alternativos da China e da Rússia, o grande teste do Brasil foi contra a República Dominicana. Pelo que foi apresentado, dá para concluir que, no momento, as brasileiras dependem de um bom desempenho da ponteira Gabi.

A SEMANA BRASILEIRA NA VNL 

BRASIL 3×0 CHINA 25/15, 25/21, 25/21
Como estreia, contra a China alternativa, as brasileiras realizaram um bom jogo. Com um 1º set quase perfeito, o Brasil teve grande eficiência na virada de bola, durante toda a partida. Com muito volume de jogo brasileiro, a China não viu a cor da bola. A oposta Paula Borgo fez uma grande estreia como titular do Brasil. Ela anotou 16 pontos. A levantadora Macris realizou uma excelente distribuição. O grande destaque individual do jogo foi a ponteira Gabi. Ela foi a maior pontuadora da partida e comandou o triunfo brasileiro. Pela China, foram bem, a jovem Liu e a experiente Chunlei Zeng.

BRASIL 1×3 REP. DOMINICANA 22/25, 20/25, 25/22, 26/28
Contra as dominicanas, a equipe brasileira foi pressionada no serviço e bloqueio. A virada de bola dominicana foi superior em quase todos os momentos. A potência do ataque brasileiro era visivelmente inferior ao dominicano. Após um início muito ruim, Gabi liderou a reação brasileira e terminou o jogo com quase 30 pontos anotados. A jogadora chamou a responsabilidade do duelo. Porém, não foi suficiente. Com muito poder ofensivo, a República Dominicana conquistou a segunda vitória consecutiva na Liga das Nações.

BRASIL 3×0 RÚSSIA 25/15, 25/17, 25/14
Diante de um time de jovens jogadoras da Rússia, o bloqueio brasileiro foi o grande responsável pela vitória. A julgar pelo placar, parece que foi fácil bater as russas, mas não foi bem assim. As duas primeiras parciais foram equilibradas até a segunda parada técnica. Nos momentos decisivos, a maior experiência das brasileiras fez a diferença. Apenas no 3º set, o Brasil ganhou com sobras, sem pressão da Rússia. A oposta Paula Borgo foi a maior pontuadora da partida, com 17 pontos.

A LIGA DAS NAÇÕES FEMININA 2019

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Começa hoje para o Brasil a Liga das Nações Feminina 2019. Em Brasília, no ginásio Nilson Nelson, as brasileiras estreiam contra as chinesas, a partir das 20h, com transmissão do SPORTV 2. Além da China, nessa primeira semana de competições, o Brasil enfrenta República Dominicana e Rússia. As expectativas brasileiras na VNL 2019 não são das melhores.

A seleção convocada por José Roberto Guimarães sofreu com várias baixas. A despeito de utilizar o septeto do Minas, campeão da Superliga, como base para a seleção brasileira, José Roberto encarou um inesperado revés. A oposta Bruna Honório foi diagnosticada com um tumor no coração, na semana passada.

Logo, sem ainda contar com Tandara, o campeoníssimo técnico possui como opção no banco para os primeiros jogos, as inexperientes Paula Borgo e Lorrene. Talvez, ele realize algum improviso na posição. Sorte do Brasil que, a China não está completa, por já estar garantida nas finais, como país sede.

Sobre os confrontos contra Rússia e República Dominicana, o Brasil irá encontrar resistência e os duelos deverão ser parelhos. Com um grupo renovado, a Liga das Nações será importante para as brasileiras ganharem ritmo de jogo, volume e consistência tática para o principal compromisso do ano, o Pré-Olímpico.

E não será apenas o Brasil, a utilizar a Liga das Nações como preparação para o Pré-Olímpico. Com o calendário apertado, e o recente fim da temporada de clubes, muitas seleções não estarão com a força máxima, pelo menos, nas primeiras semanas da VNL. Um exemplo é a Sérvia, atual campeã mundial, que vai utilizar um time alternativo para priorizar outras competições.

Dadas as circunstâncias, vale uma crítica à FIVB. Lançada com pompa, em 2018, sendo a principal competição anual da federação, com objetivo de alcançar o sucesso das ligas profissionais americanas, a Liga das Nações inicia sua edição em 2019, esvaziada, pela desorganização do calendário. Uma lástima!