Encerrada a segunda semana da Liga das Nações Feminina 2019, quatro seleções lideram a competição, com 15 pontos, apenas uma derrota, em seis jogos. São elas: Turquia, Itália, Estados Unidos e Polônia. Nos critérios de desempate, a ponta da tabela pertence à Turquia. No entanto, um dos resultados mais surpreendentes da segunda semana, foi justamente, o revés turco para o Japão, por 3×0.
Aliás, as japonesas totalizaram os 9 pontos possíveis, com 3 vitórias, em 3 jogos. Mesmo com os resultados, o Japão está fora do grupo de seleções que avançam para as finais. As nipônicas ocupam o 7º lugar, com 4 vitórias, 2 derrotas, 12 pontos.
Outro destaque da semana foi o duelo entre Estados Unidos e Itália. Até então invictas, as duas seleções fizeram um emocionante jogo, decidido apenas no tie-break, com vitória americana. O detalhe da partida, foi a presença quase completa do time italiano, vice-campeão mundial em 2018. A ausência foi do seu principal destaque, uma das atuais melhores jogadoras do mundo, Paola Egonu.
Já o time B americano, após derrotar as italianas, em seus domínios, perdeu para uma embalada seleção dominicana, por 3×2. É bom ficar de olho nas dominicanas, porque são, em tese, as principais adversárias das brasileiras no Pré-Olímpico.
Falando em Brasil, a seleção dirigida por José Roberto Guimarães, conquistou duas vitórias, contra Holanda e Bulgária, e uma derrota para as polonesas, em 3 jogos disputados na Holanda. Com os resultados, as brasileiras mantiveram a 5ª posição na tabela, com 12 pontos, 4 vitórias e 2 derrotas. As cinco primeiras seleções avançam para as finais na China.
Na próxima semana, o Brasil enfrenta em solo americano, as seleções da Coreia do Sul, Alemanha e Estados Unidos. O técnico José Roberto deve contar com o retorno da ponteira Natália. Pela frente, o Brasil terá o desafio de encarar as americanas com o time completo.
A semana brasileira na VNL
HOLANDA 2×3 BRASIL 25/21, 28/30, 20/25, 25/18, 11/15
Saque e bloqueio holandês colocaram o Brasil em extremas dificuldades. Pouco inspirada, a levantadora Macris não conseguiu trabalhar sem o passe na mão. As brasileiras demoraram para fazer a leitura de jogo. O Brasil não soube explorar a nulidade da oposta holandesa. As passagens de rede da Holanda e a virada de bola, quase sempre foram sem o auxílio de sua oposta. O técnico José Roberto Guimarães realizou substituições cirúrgicas. Com muita catimba, como o retardamento da partida, com a mesa de arbitragem, o Brasil controlou os nervos e conseguiu sair de quadra com uma vitória surpreendente, dadas as circunstâncias.
POLÔNIA 3×2 BRASIL 25/20, 25/22, 26/28, 18/25, 15/9
A Polônia iniciou o jogo com uma surpresa em sua escalação. Pela primeira vez na competição, a ponteira Stysiak, de 18 anos e 1,98m de altura, foi utilizada pelo técnico Nawrocki. Com muita passividade, as brasileiras repetiram o filme trash do dia anterior, contra a Holanda, com uma execução ainda pior. O Brasil teve queda no rendimento de seu serviço. O domínio polonês era amplo, o placar justo da partida era 3×0. Aos trancos, lideradas pela central Bia, as brasileiras conseguiram levar o jogo para o tie-break. No entanto, não foi o suficiente. A oposta Smarzek foi a maior responsável pela vitória polonesa, 15/9, no tie-break.
BRASIL 3×0 BULGÁRIA 25/18, 25/23, 25/18
Ao contrário dos outros dois jogos da semana, José Roberto Guimarães contou com a ponteira Amanda em grande apresentação. O Brasil ganhou muita consistência no fundo de quadra. Com muito volume de jogo, as brasileiras converteram quase todos os contra-ataques em pontos. Em um jogo marcado por muitos rallys, esse aproveitamento fez a diferença. As búlgaras ofereceram pouca resistência. Em alguns momentos do jogo, até conseguiram equilibrar a partida na virada de bola. Porém, o dia era de Brasil. A oposta Paula Borgo, com mais de 50% de eficiência no ataque, teve grande atuação. Sem dúvida, as brasileiras realizaram o seu melhor jogo na semana contra a Bulgária.