RECIFE SERÁ SEDE DAS FINAIS DA SUPERLIGA 23/24

A cidade de Recife, capital de Pernambuco, foi a escolhida pela CBV para receber a decisão da Superliga 23/24, nos dois naipes. O ginásio Geraldão que sediou o último Sul-Americano de seleções em 2023, será o palco da final da principal competição de voleibol de clubes do Brasil. A decisão do título da temporada da Superliga está prevista para o mês de abril. Entre as mulheres, mais precisamente no dia 21 de abril. Entre os homens, no dia 28 de abril. Será a primeira vez na história que a decisão da Superliga acontecerá em uma cidade do Nordeste do Brasil. Um acerto da CBV em difundir a modalidade pelo país.

O ginásio do Geraldão, em Recife/Divulgação

A ÚLTIMA RODADA DA SUPERLIGA FEMININA 23/24

Nesta sexta-feira, 22 de março, chega ao fim, a fase classificatória da Superliga Feminina 2023/2024. Serão seis jogos realizados, ao mesmo tempo. Algumas definições da 1ª fase estão em jogo. O líder da fase regular, Flamengo, viaja até Brasília, para enfrentar o time da casa. O Osasco joga contra o Bluvôlei, fora de casa. Praia e Minas fazem o clássico mineiro, em Uberlândia. O Sesi/Bauru duela com o Barueri, no domínio adversário. O Fluminense recebe o Maringá, no ginásio do Hebraica. Fechando a rodada, acontece o confronto entre São Caetano e Pinheiros.

LIDERANÇA

Apesar de algumas indefinições, a Superliga Feminina 2023/2024 já conhece o líder da fase regular. Trata-se do Flamengo de Bernardinho. Com 58 pontos, 19 vitórias e apenas duas derrotas, o rubro-negro garantiu a liderança na 1ª fase, com algumas rodadas de antecipação. O vice-líder também já está garantindo. O Osasco confirmou a posição na última rodada, mesmo sendo derrotado pelo Praia.

3º LUGAR

Em uma temporada irregular, pelo menos quando o assunto é Superliga, Praia e Minas chegam na última rodada disputando o 3º lugar. Cenário muito diferente do que o esperado antes da competição iniciar. Com 45 pontos para cada uma das equipes, quem vencer o confronto direto no clássico fica com a 3ª posição na tabela.

Minas e Praia brigam pelo 3º lugar na tabela de classificação/Divulgação/MTC

5º LUGAR

Também está em jogo nesta última rodada, a definição do 5º lugar. Sesi/Bauru e Fluminense estão no páreo. O Sesi/Bauru precisa de um ponto para garantir o 5º lugar. Portanto, vencendo duas parciais contra o Barueri, fica em 5º lugar na tabela. Já o Fluminense, precisa vencer o Maringá por 3×0 ou 3×1, além de torcer por uma derrota do Sesi/Bauru para o Barueri também por 3×0 ou 3×1.

G8

Barueri, Maringá, Pinheiros e Brasília estão na briga por classificação para o mata-mata. A tarefa menos complicada, por depender apenas de si, está com Barueri e Maringá. Barueri precisa de um ponto para conquistar a classificação. Se vencer duas parciais contra o Sesi/Bauru, se garante no mata-mata. Em caso de derrota por 3×0, precisa torcer uma derrota do Maringá por 3×0 ou 3×1 para o Fluminense. Já o Maringá, precisa ganhar do Fluminense, independentemente do placar. Se perder, o Maringá só garante classificação caso o revés seja por 3×2 e o Barueri seja derrotado pelo Sesi/Bauru por 3×0. Isso claro, se o Pinheiros confirmar a vitória contra o São Caetano. O time do ABC paulista não ganhou de ninguém até agora. Apesar disso, além de superar o São Caetano por 3×0 ou 3×1, o Pinheiros precisa da derrota de Barueri ou Maringá para conseguir a classificação. Correndo por fora, está o Brasília. Além de vencer o Flamengo, líder da competição, por 3×0 ou 3×1, o time da capital federal precisa de uma combinação de resultados. Maringá tem que perder para o Fluminense por 3×0 ou 3×1 e o Pinheiros tem que perder o seu jogo para o São Caetano, por qualquer placar.

REBAIXAMENTO

A situação de rebaixamento na Superliga Feminina está em suspenso. Uma disputa no STJD pode mudar tudo. O Bluvôlei aguarda definição de uma irregularidade ocorrida no jogo com o Minas, em janeiro. Dito isso, data hoje, com atual classificação, para escapar do rebaixamento o Bluvôlei precisa vencer o Osasco por 3×0 ou 3×1, além de torcer por uma derrota do Brasília para o Flamengo também por 3×0 ou 3×1.

Bluvôlei está em situação complicada na última rodada da Superliga/Divulgação/Bluvôlei/Lucas Prudêncio

AS ESTRANGEIRAS DA SUPERLIGA FEMININA 23/24

Nos 30 anos da Superliga Feminina, o torcedor brasileiro ganhou um grande presente. Uma verdadeira invasão estrangeira tomou conta da principal competição do país. Tem gringa em tudo quanto é time. Até mesmo do Japão. Tudo isso só foi possível com aumento do número de estrangeiras permitidas no torneio em cada clube. Ao todo são três. Não é exagero, a legião estrangeira da Superliga Feminina 2023/2024 é uma verdadeira seleção internacional.

LEVANTADORAS

Todo mundo sabe que o voleibol de alto nível atualmente demanda velocidade no ataque. É exatamente isso que não falta nas levantadoras estrangeiras da atual Superliga Feminina. Ao todos elas são 4. Brie King do Flamengo já é velha conhecida dos torcedores. Em sua segunda temporada no Brasil, a canadense é um dos destaques da campanha do Flamengo na competição. Quem também está chamando atenção no quesito velocidade é a japonesa Tamaki do Maringá e a norte-americana Jenna Gray do Minas. No caso da última, com contrato renovado para a próxima temporada. Completando o rol de levantadoras estrangeiras da Superliga Feminina 23/24, a argentina Castiglione do Pinheiros. Ela chegou com a temporada em andamento, para compor o elenco, ajudando o Pinheiros na busca pelo G8.

A levantadora do Flamengo, Brie King/Divulgação/Gabriela Sena

OPOSTA

Ao que parece, nesta posição os clubes brasileiros estão bem servidos. Apenas uma estrangeira faz essa função na competição. No caso, a argentina Elina Rodriguez do Fluminense. Na verdade, ela também atua na posição de ponteira. Mas no Fluminense, na atual temporada, vem sendo utilizada pelo técnico Guilherme Schmitz nas inversões de 5×1. Jogadora olímpica, Elina Rodrigues está em sua segunda temporada pelo Fluminense. No Brasil, ela também já foi treinada pelo técnico José Roberto Guimarães defendendo o Barueri.

CENTRAIS

As centrais dos Estados Unidos estão bem na fita da Superliga Feminina 23/24. Todas as estrangeiras da competição nesta posição são da América. Duas delas estão arrasando no Osasco. Talvez uma das principais estrangeiras da competição, a central Butler está entre as 15 maiores bloqueadoras do torneio com 40 pontos diretos no fundamento. Quem também não fica atrás, é a sua compatriota Callie, também Osasco, com 38 pontos diretos de bloqueio. Completa o rol de centrais da Superliga Feminina 23/24, a central Claire Félix do Fluminense. Ela já jogou no Brasil em outras temporadas, pelo Curitiba Vôlei. Em 2023/2024, Claire Félix veio para substituir a central Lara que se recuperou de uma lesão. No entanto, atualmente, Claire Félix foi dispensada pelo Fluminense, após o retorno de Lara. O blog não conseguiu obter informações sobre o motivo da dispensa.

A central Butler do Osasco defendeu os Estados Unidos na última Liga das Nações/Reprodução/X

PONTEIRAS

Tem ponteira para todo gosto na Superliga Feminina 23/24. De força, de composição… Sem dúvida nenhuma, o principal destaque é a sérvia Uzelac do Fluminense. Os seus números na competição são um fenômeno, como já apontado pelo blog. Mas apesar dessa performance, não dá para negar que o desemprenho da norte-americana Roni do Flamengo é um dos principais motivos do sucesso do time de Bernardinho na competição. Além dessas duas, outra estrangeira decisiva é a ponteira russa Kuznetsova do Praia. Na hora do sufoco, é Kuznetsova quem salva o Praia.

A ponteira russa Kuznetsova do Praia foi eleita melhor jogadora da final da Copa Brasil 24/Divulgação/CBV

O naipe de ponteiras estrangeiras da atual edição da Superliga Feminina não tem fim. Vai de Bulgária, passa pela República Dominicana e chega novamente nos Estados Unidos. São elas: Rabadzhieva do Praia, Pena do Minas e Annie Mitchem também do Minas. Para completar, tem também a venezuelana Valdez que defende o Pinheiros.

LÍBERO

O fundo de quadra internacional também está representado na Superliga Feminina 23/24. A libera colombiana Juliana Toro do Maringá é quem defende a seleção de estrangeiras da Superliga Feminina 23/24. Pelo segunda temporada consecutiva joga a competição pela equipe do interior do Paraná. No país de Fabi e Camila Brait, a colombiana Juliana Toro não vem fazendo feio no fundo de quadra do torneio.

O JOGO DA RODADA – De virada, Minas se recupera na Superliga Feminina 23/24

O Minas alcançou a décima primeira vitória na Superliga Feminina 23/24/Divulgação/Hedgard Moraes

O Minas se recuperou da derrota para o Barueri na Superliga Feminina 23/24. Jogando em casa, contra o Pinheiros, pelo returno da competição, o Minas saiu atrás no placar, mas conseguiu a reabilitação no torneio. O placar final do confronto ficou em 3×1, a favor do Minas, com parciais de 15/25, 25/17, 25/22, 25/14. Com a vitória, o Minas assumiu a terceira posição na tabela de classificação provisoriamente, já que o Praia ainda pode ultrapassa-lo nesta rodada. A ponteira Pri Daroit do Minas foi eleita a melhor jogadora em quadra, recebendo ao final do confronto, o troféu Viva Vôlei. O próximo compromisso do Minas na Superliga Feminina 23/24 é no dia 23 de fevereiro, contra o Sesi/Bauru, no domínio adversário, às 18h30, com transmissão do SPORTV 2. Já o Pinheiros joga contra o Praia, em casa, no dia 22 de fevereiro, às 21h, também com transmissão do SPORTV 2.

O JOGO

Minas e Pinheiros fizeram um jogo decidido pelo aproveitamento no ataque, principalmente nas duas primeiras parciais. O Pinheiros começou melhor, com mais volume de jogo e alto aproveitamento nas transições. Na segunda parcial, o jogo se inverteu, o Minas melhorou a eficiência na virada de bola e nos contra-ataques. O Pinheiros cedeu mais pontos em erros.

A terceira parcial foi a mais equilibrada da partida. No momento decisivo do set, o bloqueio do Minas fez a diferença com a central Thaísa. No 4º set, o Pinheiros parecia retomar a boa performance da primeira parcial, mas uma sequência da central Júlia Kudiess no serviço desequilibrou o confronto. O Pinheiros ficou perdido no jogo, com problemas no passe e o Minas fechou o duelo em 3×1.

A ponteira do Minas, Pri Daroit, em ação no ataque/Divulgação/Hedgard Moraes

AS ESTATÍSTICAS DA SUPERLIGA FEMININA 23/24

Após 13 rodadas da Superliga Feminina 23/24, com base nos dados da CBV, o blog apresenta os números do desempenho individual das atletas em cada fundamento. No atual estágio da competição, a ponteira servia Uzelac do Fluminense lidera na pontuação com 272 pontos. Na vice-liderança, aparece a oposta Kisy do Minas com 226 pontos. Em 3º lugar, empatadas a ponteira Tifanny do Osasco e a ponteira norte-americana Roni do Flamengo com 214 pontos cada. Fechando o top 5 na pontuação, a oposta Sabrina do Flamengo com 210 pontos. Confira abaixo, o desempenho das atletas da Superliga Feminina 23/24 nos outros fundamentos.

MÉDIA DE PONTOS POR SET

1º – Uzelac do Fluminense com 5,44 de média

2º – Valdez do Pinheiros com 4,57 de média

3º – Tifanny do Osasco com 4,55 de média

3º – Roni do Flamengo com 4,55 de média

5º – Sabrina do Flamengo com 4,47 de média

A ponteira Uzelac do Fluminense é um dos destaques individuais da competição até o momento/Divulgação/Mailson Santana/FFC

ATAQUE

1º – Geovana do Osasco com 60% de eficiência

2º – Thaísa do Minas com 57% de eficiência

3º – Julliana do Flamengo com 55% de eficiência

4º – Larissa do Sesi/Bauru com 54% de eficiência

5º – Valquíria do Flamengo com 54% de eficiência

BLOQUEIO

1º – Mayany do Sesi/Bauru com 43 pontos de bloqueio

2º – Júlia Kudiess do Minas com 40 pontos de bloqueio

3º – Adenízia do Praia com 38 pontos de bloqueio

3º – Thaísa do Minas com 38 pontos de bloqueio

5º – Luzia do Barueri com 37 pontos de bloqueio

A central Adenízia do Praia está em 3º lugar nos números totais de bloqueio, mas lidera na média com 1,09 pontos no fundamento por set/Divulgação/Eliezer Esportes/Praia Clube

SERVIÇO

1º – Uzelac do Fluminense com 22 pontos no serviço

2º – Kuznetsova do Praia com 17 pontos no serviço

3º – Sabrina do Flamengo com 15 pontos no serviço

3º – Roni do Flamengo com 15 pontos no serviço

3º – Carol Leite do Barueri com 15 pontos no serviço

RECEPÇÃO

1º – Camila Brait do Osasco com 66% de eficiência

2º – Michelle do Flamengo com 64% de eficiência

3º – Kika do Pinheiros com 62% de eficiência

4º – Valdez do Pinheiros com 61% de eficiência

5º – Kasiely do Praia com 60% de eficiência

Fonte: CBV

AS QUARTAS DE FINAL DA COPA DO BRASIL FEMININA 2024

Teve fim ontem a fase de quartas de final da Copa do Brasil feminina 2024. Quatro equipes garantiram vaga nas finais da competição. São elas: Minas, Fluminense, Flamengo e Praia. Os mesmos semifinalistas de 2023! Pelo segundo ano consecutivo não há equipes paulistas nas finais. Apenas o Fluminense conseguiu reverter a vantagem do mando de quadra, eliminando o Osasco, no domínio adversário. Apesar de repetir os classificados de 2023, neste ano a Copa do Brasil feminina terá os confrontos inéditos nas semifinais, entre Minas x Fluminense e Flamengo e Praia. No ano passado também houveram duelos entre mineiras e cariocas, mas ao contrário de 2024, com Praia x Fluminense e Minas x Flamengo. Confira abaixo um resumo das quartas de final da Copa do Brasil feminina 2024.

MINAS X MARINGÁ

Com Pri Daroit no banco, o Minas começou perdendo para o Maringá, em plena Arena Uni-BH. Com dificuldades no passe, o técnico do Minas não teve outra alternativa a não ser colocar a ponteira da seleção brasileira feminina para jogar. Depois de sua entrada, o jogo do Minas fluiu. Sem dificuldades, o atual campeão da Copa Brasil feminina virou o jogo para 3×1, com parciais de 23/25, 25/13, 25/14, 25/18. Mesmo com a derrota, Karol Tormena do Maringá foi a maior pontuadora do confronto, com 18 pontos. Pelo Minas, Thaísa marcou 17 pontos. Pri Daroit ficou com o troféu Viva Vôlei de melhor jogadora da partida.

A central Thaísa, em destaque, foi a maior pontuadora do Minas no jogo com o Maringá/Divulgação/Hedgard Moraes/MTC

OSASCO X FLUMINENSE

Em um dos confrontos mais equilibrados das quartas de final da Copa do Brasil 2024, o Fluminense surpreendeu o Osasco. Em pleno ginásio José Liberatti bateu o atual campeão paulista. Serviço e bloqueio foram os diferenciais do Fluminense para vencer. O Osasco cedeu muitos pontos em erros, principalmente no serviço. Nem mesmo a boa performance de Lorenne e Tifanny no ataque foi suficiente para ganhar do Fluminense. O placar final do confronto ficou em 3×2, a favor do Fluminense, com parciais de 25/16, 17/25, 25/22, 25/27, 15/12. A ponteira Uzelac do Fluminense foi eleita a melhor jogadora em quadra.

O Fluminense surpreendeu o Osasco, em pleno ginásio José Liberatti/Divulgação

FLAMENGO X BARUERI

Líder da Superliga Feminina 23/24, o Flamengo atropelou o Barueri, em casa, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Antes do começo do jogo, havia uma grande expectativa pelo duelo, já que na estreia da Superliga o Flamengo ganhou do Barueri apenas no tie-break. No entanto, o que se viu em quadra na última terça-feira, 23 de janeiro, foi o Flamengo confirmando a boa fase, com uma vitória convincente por 3×0. A ponteira norte-americana Roni foi a maior pontuadora do confronto, com 17 pontos. O prêmio de melhor jogadora em quadra ficou com a levantadora canadense Brie King.

A levantadora canadense, Brie King/Divulgação/Paula Reis

PRAIA X SESI/BAURU

O atual campeão da Superliga Feminina esteve muito perto de ser eliminado da Copa do Brasil 2024. Jogando em casa, o Praia saiu com uma desvantagem de 2×0 no placar diante do Sesi/Bauru de Dani Lins. Mas depois de várias mexidas na equipe, realizadas pelo técnico Paulo Coco, o Praia conseguiu uma virada espetacular. Graças a força do seu elenco, o Praia superou o Sesi/Bauru, no tie-break, com parciais de 20/25, 19/25, 25/22, 25/16, 15/9. A ponteira russa Kuznetsova foi eleita melhor jogadora da partida. Ela recebeu o troféu Viva Vôlei como premiação. Kuznetsova ainda foi a maior pontuadora da partida, com 24 pontos.

O Praia conseguiu uma virada espetacular contra o Sesi/Bauru/Divulgação/Arthur Pereira

OS CONFRONTOS DA COPA DO BRASIL FEMININA 2024

O Minas é o atual campeão da Copa do Brasil/Divulgação/DanielMafra

Com o encerramento do turno da Superliga 2023/2024, foram definidos os confrontos da Copa do Brasil feminina de vôlei 2024. Os oito primeiros colocados da Superliga enfrentam-se em jogo único, pelas quartas de final da competição. O líder da fase regular da Superliga, Sesc/Flamengo, pega o Barueri, 8º colocado. O segundo colocado, Minas joga com o Unilife Maringá, 7º colocado. O Osasco, 3º colocado, enfrenta o Fluminense, 6º colocado. Fechando os confrontos das quartas de final da Copa do Brasil 2024, o Praia, 4º colocado, terá pela frente o Sesi/Bauru, 5º colocado. Veja abaixo na arte da CBV, as datas e os locais das quartas de final da Copa do Brasil 2024.

O 1º TURNO DA SUPERLIGA FEMININA 23/24

Chegou ao fim o 1º turno da Superliga Feminina 23/24. Com toda certeza, esta é a temporada mais equilibrada dos últimos tempos. Pela primeira vez em anos, o domínio de Praia e Minas na competição está ameaçado. Porém, o quadro não parece definitivo. Isso porque, as outras equipes cresceram muito em função da irregularidade de Praia e Minas no torneio. O maior beneficiado pela queda de rendimento das equipes mineiras foi o Sesc/Flamengo. Mas Osasco também se deu bem no confronto direto com Praia e Minas, com duas vitórias por 3×1. Já se fala nas redes sociais em uma final entre Sesc/Flamengo e Osasco. Confira abaixo alguns detalhes do 1º turno da Superliga Feminina 23/24.

LÍDER DO 1º TURNO

O Sesc/Flamengo sofreu uma derrota apenas no 1º turno da Superliga Feminina 23/24. Depois de uma estreia ruim contra o Barueri e um revés para o Minas, em casa, o Flamengo encaixou seu time na competição, com 9 vitórias consecutivas. O rubro-negro não perdeu fora de casa na competição. Um dos segredos para o sucesso do time de Bernardinho na temporada, foi a manutenção de toda equipe da temporada anterior. Ao contrário dos principais adversários ao título, o Flamengo já está bem entrosado. Além disso, pelo visto, também está pronto para reconquistar a Superliga.

A empolgação do Flamengo na temporada é tão grande, que o rubro-negro voltou a mandar seus jogos no Maracanãzinho/Divulgação/Rafael Andrade

IDENTIDADE

Já Praia e Minas, ao contrário do Flamengo, sofreram mudanças em relação ao ano passado. O Praia, atual campeão da Superliga, reformulou todo o seu time. Além disso, o técnico da equipe, Paulo Coco, está rodando o seu elenco, em todos os jogos. Já o Minas manteve a base titular da temporada anterior, mas fez uma troca importante de levantadora. A norte-americana Jenna Gray chegou imprimindo velocidade, conquistando rápido entrosamento com suas atacantes, mas acabou sofrendo uma lesão às vésperas do Mundial de Clubes. Como se observa, Minas e Praia tiveram pedras no caminho até agora na Superliga Feminina, enquanto o Sesc/Flamengo sobrou.

SURPRESA

Como dito acima, a temporada atual da Superliga Feminina é uma das mais equilibradas dos últimos tempos. Uma das surpresas até o momento é a equipe do Unilife Maringá. Para se ter uma ideia, o Maringá bateu o Osasco em pleno José Liberatti, em sua estreia na competição. Também venceu todos os seus adversários diretos pelo G8, como Pinheiros e Barueri. Um dos destaques do time é a levantadora japonesa Tamaki. Além disso, um fato pitoresco, comentado nas redes sociais, é o fato de que quando o mando de quadra é do Maringá, tudo acontece! Para quem gosta de polêmicas, fiquem de olho nos jogos do Maringá, em casa.

O ginásio Chico Neto em Maringá é o palco dos jogos da Unilife/Divulgação/PMM

O JOGO DA RODADA – Osasco vence atual campeão da Superliga Feminina

O Osasco venceu o Praia, atual campeão da Superliga Feminina, no domínio adversário, pela décima rodada da competição. Foi a segunda derrota consecutiva do Praia na temporada 2023/2024 do torneio. A vitória do atual campeão paulista veio pelo placar de 3×1, com parciais de 28/26, 25/20, 18/25, 25/20. Mesmo fora de casa, o Osasco impôs seu jogo nos momentos decisivos da partida, principalmente nas duas primeiras parciais. A ponteira Tifanny do Osasco foi a maior pontuadora do confronto, com 22 pontos. Pelo Praia, a russa Kuznetsova marcou 18 pontos. A líbero vice-campeã olímpica do Osasco, Camila Brait, foi eleita melhor jogadora em quadra. Ao receber o troféu Viva Vôlei, ela entregou a premiação para a levantadora Giovanna. Com o resultado, o Osasco ultrapassou o Praia na tabela de classificação, assumindo o 4º lugar. Na próxima rodada da Superliga Feminina, o Osasco enfrenta o Bluvôlei, dentro de casa, no domingo, 14 de janeiro. Já o Praia terá o clássico estadual pela frente, contra o Minas, também no domingo, 14 de janeiro.

O time do Osasco com o troféu Viva Vôlei em mãos/Reprodução/X/Osasco

O FENÔMENO UZELAC NA SUPERLIGA FEMININA 23/24

O torcedor brasileiro pode estar sendo testemunha do nascimento de uma estrela do voleibol internacional. Trata-se da jovem jogadora do Fluminense, Uzelac. Com apenas 19 anos, a ponteira vinda da Sérvia, é um dos maiores destaques da Superliga 23/24 até o momento. Descoberta nos campeonatos de base pelo técnico do Fluminense, Guilherme Schmizt, Uzelac é sem dúvida, um dos maiores fenômenos da história da Superliga Feminina.

Ela lidera com folga os números no ataque, com 199 pontos. 50 pontos a mais que a segunda colocada, a oposta Jheovanna do Barueri. O caro leitor deve estar perguntando qual o aproveitamento no ataque de Uzelac? Por receber muitas bolas ela não está mal na fita. Com 40% de eficiência no fundamento, Uzelac já colocou 170 bolas no chão, de um total de 420 ações no ataque. Com esses números, ela ocupa o 29º lugar de aproveitamento. Parece um número ruim, mão não é!

O blog explica o motivo. Um dado interessante utilizado na Superliga no Brasil é a média de pontos por set de cada jogadora. Algo não muito usual no voleibol internacional. Por esses números, Uzelac lidera com folga mais uma estatística da competição. A média de pontos dela por parcial é de 5,53. Um número espantoso para os padrões da Superliga Feminina. Para se ter uma ideia, a segunda colocada na média por pontos em cada set, a oposta da seleção brasileira feminina, Kisy, aparece com 4,52 de média. Um ponto a menos que Uzelac. Mais um feito da atleta da Sérvia!

PASSAPORTE CARIMBADO

Muitas pessoas perguntam como uma jogadora desse nível escolheu disputar a Superliga? Segundo consta, além de ter sido descoberta pelo técnico do Fluminense, Uzelac escolheu o Brasil para desenvolver outros fundamentos, entre eles, o passe. Analisando os números de recepção, percebemos que sua escolha foi certeira. Mesmo com uma série de jogadoras brasileiras com tradição no fundamento, Uzelac aparece em 12º lugar nas estatísticas de recepção, com 59% de eficiência. Nada mal, para quem está sendo sempre bombardeada pelo serviço adversário.

Para completar, Uzelac lidera as estatísticas do serviço. Em números totais, ela já marcou 15 pontos diretos no fundamento. Já no aproveitamento do fundamento, Uzelac é a terceira colocada com 0,42% de eficiência, atrás da russa Kuznetsova do Praia e Geovana do Osasco. Para encerrar os seus números, Uzelac já marcou 14 pontos de bloqueio na atual temporada da Superliga, ocupando o 37º lugar nas estatísticas do fundamento.

Como se observa, será difícil o Fluminense conseguir manter a jogadora no Brasil na próxima temporada. Vários agentes de outras ligas pelo mundo devem estar atentos ao desempenho da atleta na Superliga. Resta saber, se Uzelac conseguirá fazer o Fluminense alçar voos mais altos na competição. Um aperitivo foi a vitória sobre o Minas, um dos clubes mais tradicionais do país, recentemente. Ela foi eleita a melhor jogadora em quadra, com mais de 30 pontos. Será que o Fluminense conquistará algum título na temporada?

A ponteira Uzelac, com o troféu Viva Vôlei/Divulgação/FFC