A campeã olímpica em Pequim 2008, Fofão, será técnica da seleção brasileira feminina de vôlei sub-17. É a primeira vez na história da modalidade no Brasil, que uma mulher assume o comando técnico de uma seleção. Anteriormente, Fofão havia sido coordenadora das seleções de base do Brasil. Com certificação técnica da CBV, Fofão terá pela frente o Sul-Americano feminino da categoria neste ano, que vale vaga no Campeonato Mundial 2023.
Em declaração à imprensa, Fofão falou sobre o desafio de dirigir a seleção brasileira feminina sub-17. “Tive identificação imediata com o desafio apresentado pela CBV. Estou no momento certo da minha carreira para aceitar esse cargo. Essa categoria é a porta de entrada para o universo das seleções brasileiras, e posso ajudar no desenvolvimento e na formação das novas gerações. É importante termos cada vez mais mulheres nas comissões técnicas”.
A ex-levantadora da seleção brasileira, Fofão, em destaque/Divulgação/CBV
Adotado pela FIVB em 2011, o sistema de 3 pontos por vitória, já era um critério utilizado pela Liga Italiana de voleibol desde o século passado. A princípio, durante os 4 primeiros anos de sua utilização no certame internacional de seleções, o critério para o ranqueamento em torneios de regularidade privilegiava a soma de pontos. Porém, em 2015, a FIVB resolveu valorizar as vitórias. Assim, na Copa do Mundo feminina 2015, a Sérvia ficou com a segunda vaga olímpica mesmo tendo somando menos pontos do que os Estados Unidos, 3º colocado.
Apesar disso, a mudança realizada pela FIVB em seus critérios de ranqueamento, não foi adotada por algumas ligas. Um exemplo é a Superliga Brasileira de voleibol. Segundo os critérios adotados pela CBV, prevalece o número de pontos, independentemente das vitórias. A discussão em torno dos critérios acontece pelo fato de a soma dos pontos privilegiarem a regularidade, em um torneio longo, como a Superliga, com dois turnos, playoffs e quase 30 jogos por temporada. No entanto, não deixa de ser injusto.
Na atual temporada da Superliga Feminina, temos um exemplo claro disso. Como todos sabem, a competição está muito equilibrada, com um grande perde e ganha entre equipes. Pois bem, no atual estágio do torneio, o Brasília Vôlei venceu mais vezes que o Barueri de José Roberto Guimarães, mas mesmo assim, está atrás pelo critério de pontos. Tal fato não é circunstancial. Para definir os oito primeiros colocados da Copa do Brasil, o número de pontos foi decisivo, já que Brasília e Barueri empataram no número de vitórias.
Dependendo do andamento da Superliga, os critérios de desempate podem definir os classificados para os playoffs e os confrontos da próxima fase. Para que não haja injustiça, seria bom a CBV adotar nas próximas temporadas da Superliga, o critério da FIVB. Ou seja, prevalecer o número de vitórias. Na atual situação da Superliga 2022/2023, o tema já é caso perdido. Não adiantará o choro de quem for prejudicado pelos critérios de ranqueamento da competição. E você leitor, acha justo qual critério? Pontos ou vitórias?
O Brasília Vôlei venceu mais vezes que o Barueri, até o momento, na atual Superliga Feminina, mas está atrás na tabela de classificação, pelo número de pontos/Divulgação Brasília Vôlei
Aconteceu, ontem, no Rio de Janeiro, o Prêmio Brasil Olímpico 2022. A premiação consagrou os melhores atletas do ano no Brasil, em cada modalidade. No caso específico do vôlei de quadra, a ponteira Gabi foi escolhida a melhor atleta do esporte em 2022. Infelizmente, ela não compareceu para receber o prêmio, devido aos seus compromissos pessoais, com seu clube na Europa. Também representou o vôlei de quadra, no Prêmio Brasil Olímpico 2022, o técnico da seleção brasileira feminina, José Roberto Guimarães. Pela 5ª vez, ele foi eleito o melhor técnico de esportes coletivos do Brasil. Pelo feito, recebeu do COB, o troféu Bebeto de Freitas. O nome do troféu é uma homenagem do Comitê Olímpico Brasileiro ao ex-treinador de vôlei, falecido em 2018.
O técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães/Divulgação COB/Alexandre Loureiro
Prometida pela CBV, para a temporada vigente da Superliga, a tecnologia do desafio continua causando polêmica entre os fãs do voleibol no Brasil. Durante temporadas, a CBV justificou a falta do desafio na sua principal competição, por questões financeiras. Isso ainda é um problema para implantação total do desafio na Superliga, mas ao que parece a situação se complicou nesses últimos tempos.
Em temporada passadas, a CBV permitiu o privilégio do desafio para quem pudesse pagar. Logo, as equipes mineiras, com patrocínio forte, tinham acesso à tecnologia, em detrimento de outros times da competição. Agora, na temporada 2022/2023, a situação mudou. A CBV estabeleceu por critérios de isonomia esportiva, que o desafio seria disponibilizado em jogos escolhidos por ela durante a 1ª fase e nos playoffs.
Deu-se a polêmica! O problema do desafio no Brasil continuou sendo financeiro. Antes da atual temporada iniciar, a CBV propôs ao clubes dividir os custos da operação do desafio com as equipes. Evidentemente, os clubes não quiseram arcar com os custos. Aparentemente, um dos motivos é que a aquisição da tecnologia pela CBV foi realizada através de leis de incentivo ao esporte.
Nas redes sociais, os fãs pressionam por uma solução. Eles e a mídia especializada alegam acertadamente, uma desvalorização do produto “Superliga” sem a tecnologia do desafio. Mesmo após a aquisição da tecnologia, nada justifica a inércia da CBV durante anos.
Se o problema era financeiro, por que a CBV não cogitou parcerias com institutos brasileiros de tecnologia, como por exemplo, o ITA, de São José dos Campos, para diminuir a dependência externa? Se os clubes não conseguirem arcar com os custos de manutenção, como o problema será solucionado? Por fim, está claro que para a CBV, vale a máxima: o vôlei do Brasil é um sucesso, o vôlei no Brasil é um atraso.
O ano de 2023 começou e o blog antecipa quais serão as principais disputas do calendário. Logo no começo do ano, em paralelo à Superliga, acontece a Copa do Brasil. A competição coloca frente a frente, os oitos melhores times do turno da Superliga, em partidas únicas, com quartas de final, semifinal e final. A grande decisão do torneio ocorre em sede única escolhida pela CBV. Para 2023, a sede das finais será Jaraguá do Sul.
Depois do Carnaval, acontecem os Playoffs da Superliga nos dois naipes. Em melhor de três jogos, as quartas de final e as semifinais serão decididas com vantagem de quadra, para quem obtiver a melhor campanha na fase regular. A novidade da temporada é o retorno da disputa do título em jogo único. Além disso, a escolha do local das finais pertence à CBV, sendo a princípio, em campo neutro.
O Minas é o atual campeão da Superliga Feminina/Divulgação CBV/Inovafoto
Paralelamente à Superliga, o Sul-Americano de clubes 2023 acontece entre os principais times do continente. O atual campeão da Superliga, Sada/Cruzeiro, já está garantindo na competição masculina, assim como o Minas, atual campeão da Superliga Feminina. Os campeões da Copa do Brasil 2023 nos dois naipes também garantirão vagas no torneio. Falta conhecer a sede, a ser decidida pela CSV, em breve.
Encerrada a temporada de clubes, todas atenções se voltam para VNL 2023. Principal competição anual da FIVB, a Liga das Nações, terá as finais nos Estados Unidos, na versão feminina, e na Polônia, na versão masculina. O Brasil busca um título inédito, entre as mulheres. A previsão de datas das finais é para 12 a 16 de julho, no feminino, e 19 a 23 de julho, no masculino.
A França venceu a VNL 22, no naipe masculino/Divulgação FIVB
SEGUNDO SEMESTRE
O segundo semestre do calendário 2023 promete! Além das finais da VNL, serão disputadas 6 vagas para os Jogos de Paris 2024 no Pré-Olímpico, nos dois naipes. Com uma sede anunciada pela FIVB até agora, no caso o Japão, o Pré-Olímpico 2023 contará com as 24 seleções melhores ranqueadas divididas em três grupos, com oito cada, nas duas categorias. Os dois melhores de cada grupo conquistam classificação direta para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Ainda no segundo semestre, os campeonatos continentais movimentam a modalidade. Entre os principais deles, o Campeonato Europeu 2023, acontece com 4 sedes distintas e finais em Bolonha na Itália, entre os homens, e Bruxelas na Bélgica, entre as mulheres. No caso específico da América do Sul, o Sul-Americano de seleções, com participação do Brasil, ainda não possui data e local, mas deve acontecer no segundo semestre, logo após a VNL.
Para encerrar a temporada de seleções em alto estilo, ocorre em Santiago no Chile, o Pan-Americano 2023, entre os dias 21 de outubro e 4 novembro. O Brasil conquistou classificação no voleibol em 2021 e já está garantido nos dois naipes. Além do Brasil, outras 6 seleções do continente também estão classificadas, em cada naipe. Resta uma vaga para o voleibol no Pan 2023, em cada categoria, que serão decididas no fim do primeiro semestre.
Concomitantemente à temporada de seleções, no Brasil começam os Campeonatos Estaduais. O principal deles, o Paulista, deve ter início entre agosto e setembro, nos dois naipes. Além dele, outros estaduais devem agitar o calendário de clubes, na pré-temporada da Superliga, como: Mineiro, nos dois naipes, Carioca, entre as mulheres.
Com o fim dos Estaduais, a Superliga tem o seu reinício na temporada 2023/2024, com a disputa da Supercopa. Em seguida, doze equipes nas duas categorias, homens e mulheres, disputam o principal campeonato nacional do voleibol, a partir de novembro.
O Sesi/Bauru ganhou a última Supercopa feminina/Divulgação CBV/Inovafoto
Fechando o ano de 2023, em dezembro, às vésperas do Natal, a FIVB organiza o Mundial de clubes. Os campeões continentais da Europa, Ásia e América do Sul são uma das equipes garantidas na competição. Nas últimas edições houveram ainda convites, além da participação limitada de 6 times em cada naipe. A escolha das sedes também devem ser informadas ao longo do ano. Em 2022, Betim foi a cidade escolhida, no masculino, e Antalya na Turquia, no feminino.
Medalhista de bronze em Atlanta 1996 e vice-campeã mundial em 1994, Ana Moser será ministra do Esporte do governo Lula. A ex-jogadora da seleção brasileira feminina de vôlei foi confirmada como ministra, em cerimônia realizada por Lula, ontem, 29 de dezembro, em Brasília. No último anos, o esporte havia perdido o status de ministério, sendo uma secretária subordinada ao Ministério da Cidadania, com orçamento menor.
Desde 2001, Ana Moser comanda o Instituto Esporte e Educação, que já atendeu mais de 6 milhões de crianças e jovens, e capacitou mais de 55 mil professores e educadores do Brasil. Além disso, faz parte da organização “Atletas pelo Brasil”, iniciativa formada por atletas e ex-atletas que busca melhorar as condições esportivas do país. Com a escolha de Ana Moser para o Ministério do Esporte, será a primeira vez na história que a pasta será dirigida por uma mulher.
Ana Moser fez parte da primeira seleção feminina do Brasil, medalhista olímpica no voleibol/O Globo/AFP
Terminada a sexta rodada da Superliga Feminina 22/23, apenas o Praia Clube ainda mantém invencibilidade na competição. A equipe do Triângulo Mineiro venceu os sete jogos disputados até agora. O mesmo não se pode afirmar do rival Minas. O time de Belo Horizonte já foi derrotado duas vezes no torneio, em seis jogos, uma delas inclusive para o Praia, por 3×2. Apesar da invencibilidade do time de Uberlândia, dá para afirmar com clareza, que está é a edição de Superliga Feminina com mais altos e baixos das equipes, em seu começo. O blog apontou os motivos que explicam a irregularidade das equipes na competição.
CALENDÁRIO
O Mundial feminino de vôlei terminou próximo ao início da Superliga Feminina 22/23. Muitas equipes não tiveram o tempo necessário para treinar e entrosar, principalmente quem não disputou o Campeonato Paulista, que ocorreu concomitantemente ao Mundial feminino. A conquista da Supercopa pelo Sesi/Bauru contra o Minas, é o maior exemplo de que a temporada começou antes para os times paulistas, do que para as equipes dos outros estados.
RITMO DE JOGO X ENTROSAMENTO
Obviamente, era de se esperar um domínio dos times paulistas no início da Superliga Feminina, mas não é isso que está acontecendo. Apesar da vantagem no ritmo de jogo, as equipes paulistas não conseguiram superar o Praia. O motivo? O time de Uberlândia foi o único que manteve a base da temporada anterior, mantendo o entrosamento. Diferentemente do rival Minas, que trocou de levantadora e está sofrendo para ajustar a sua linha de passe.
TABELA
Outro fator que pode explicar o perde e ganha na competição, é confecção da tabela. O blog não tem informações se ela foi montada de acordo com algoritmos, como já é comum em outras modalidades, mas os principais confrontos do torneio foram marcados para o início da disputa. Para se ter uma ideia, a Superliga Feminina teve como jogo de abertura, o principal clássico nacional, Sesc/Flamengo x Osasco. Resultado: o time de Bernardinho perdeu os três primeiros jogos da Superliga Feminina 22/23 para Osasco, Praia e Barueri. O rubro negro já se recuperou com 3 vitórias consecutivas, mas chegou a flertar com o rebaixamento!
NÍVEL TÉCNICO
Não é segredo para ninguém, que nesta temporada, os times do naipe feminino da Superliga diminuíram os investimentos, com exceção de Osasco. Além disso, como dito acima, apenas o Praia manteve a base da temporada anterior, enquanto os concorrentes diretos optaram por substituir suas peças com investimento modesto. Logo, há um nivelamento técnico por baixo na competição. Um exemplo claro disso, é a posição ocupada pela equipe do técnico José Roberto Guimarães, Barueri. O time paulista ainda não conseguiu ocupar a zona de classificação para os playoffs, com uma vitória em sete jogos. Após algumas temporadas como referência, com investimento em jovens jogadoras, que hoje estão na seleção brasileira, o time paulista corre o risco de ser eliminado na 1ª fase da Superliga.
O Praia Clube ainda não perdeu na atual temporada da Superliga, mas precisou do tie-break para vencer o Brasília na estreia/Eliezer Esportes/Divulgação
O voleibol foi introduzido no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 1964. A modalidade foi inventada pelo norte-americano William George Morgan, em 1895. Durante as duas Grandes Guerras Mundiais, o voleibol foi o esporte preferido praticado pelos militares nos momentos de descanso. Em 1947, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) foi fundada. O primeiro Campeonato Mundial da modalidade foi disputado em 1949, na antiga Tchecoslováquia, no naipe masculino. Três anos mais tarde, foi a vez das mulheres jogarem o Mundial da categoria na União Soviética. Desde então, o esporte aumentou a sua popularidade pelo mundo. Além disso, graças à evolução técnica do jogo, alguns períodos da modalidade foram marcados pela hegemonia de seleções históricas.
GUERRA FRIA
No período posterior da Segunda Guerra Mundial, o voleibol foi amplamente dominado pelos soviéticos no naipe masculino. Eles foram percursores da modalidade no desenvolvimento de fundamentos como serviço e bloqueio. Além disso, possuíam o biotipo físico adequado para a prática do esporte. O sistema tático dos soviéticos também era avançado para a época. Durante a Guerra Fria, a União Soviética conquistou seis títulos mundiais e três ouros olímpicos.
Já no feminino, a grande força rival dos soviéticos no período era o Japão. As japonesas possuíam um grande controle dos fundamentos da modalidade. Também tinham excelência no sistema defensivo, para compensar a baixa estatura. Além disso, o Japão trabalhava seu ataque com mais velocidade do que as soviéticas. Nenhuma seleção traduziu melhor o espírito do seu povo, do que o Japão dos tempos da Guerra Fria. Durante esse período, as japonesas conquistaram dois ouros olímpicos e três mundiais. No masculino, ainda foram campeões olímpicos em 1972, em Munique.
DOMÍNIO NORTE-AMERICANO
Na década de 1980, os Estados Unidos foram a seleção hegemônica do período. Sob o comando técnico de Doug Beal, os norte-americanos introduziram ao sistema tático da modalidade, a definição da posição específica de cada jogador. Sob liderança de Karch Kiraly em quadra, eleito melhor jogador do século XX, os Estados Unidos foram bicampeões olímpicos e campeões mundiais, feito inigualável até hoje. Existia na época, uma grande polêmica sobre quem era a melhor seleção do mundo naquele momento, devido ao boicote aos Jogos Olímpicos de 1980 e 1984. URSS ou Estados Unidos? Muito bem, a dúvida foi sanada nos confrontos do Mundial de 1986 e nos Jogos de Seul 1988, com a vitória dos norte-americanos sobre os soviéticos nas finais.
Os Estados Unidos no alto do pódio, na década de 1980/NYT
PROFISSIONALIZAÇÃO DO ESPORTE
Com a queda do Muro de Berlim e a globalização, a Itália nadou de braçada na década de 1990. Os italianos eram o exemplo no voleibol de profissionalização do esporte. Com incentivo privado, a melhor Liga de Voleibol do mundo era da Itália. Para se ter uma ideia do sucesso, a liga nacional italiana serviu de modelo para a implantação da Superliga no Brasil. Anteriormente, sob a nomenclatura de Liga Nacional, o Brasil já copiava dos italianos os seus moldes de financiamento da modalidade. Dentro de quadra, tal organização dos italianos, obteve grandes resultados como o tricampeonato mundial (1990, 1994, 1998) e a conquista de oito Ligas Mundiais. Ficou faltando o ouro olímpico, mas a Itália de Zorzi está no panteão das grandes seleções da história do voleibol.
AS MORENAS DO CARIBE
Ainda na década de 1990, outra seleção histórica marcou o voleibol porém no naipe feminino. Estou falando do incrível time cubano liderado por Regla Torres e Mireya Luís. Sob o comando técnico de Antônio Perdomo, Cuba conquistou o tricampeonato olímpico (1992, 1996, 2000), o bicampeonato mundial (1994, 1998) e o tricampeonato da Copa do Mundo (1991, 1995, 1999). Para se ter uma ideia do nível daquela seleção cubana, na época se dizia que havia na modalidade três categorias. Em primeiro lugar: todo o naipe masculino. Em segundo lugar: a seleção feminina cubana. Em terceiro lugar: todo o naipe feminino. O Brasil, ao lado de China e Rússia, eram os países que faziam frente as cubanas, mas aquela seleção era considerada de outro patamar.
A seleção cubana após a conquista do ouro em Sydney/Divulgação FIVB
OURO, SUOR E LÁGRIMAS
Depois de trocar a seleção brasileira feminina pela masculina, o técnico Bernardinho levou o voleibol brasileiro ao topo. Sob o seu comando, o Brasil dominou o cenário da modalidade durante uma década. Entre 2001 e 2010, foram conquistados todos os títulos possíveis, entre eles, o tricampeonato mundial, o bicampeonato da Copa do Mundo, o ouro olímpico em Atenas 2004, e o recorde de títulos da Liga Mundial. O Brasil mudou o jeito de jogar da modalidade no voleibol masculino. Com velocidade e variação, os brasileiros deixaram como marca para o esporte, o ataque da linha de três, conhecida internacionalmente como pipe. Três jogadores do Brasil entraram para a história da modalidade. O ponteiro Giba, eleito MVP das principais competições do período, o levantador Ricardinho, maestro do time, e o líbero Serginho, que mudou a visão do jogo em relação à sua posição.
A geração mais vitoriosa do voleibol brasileiro, em Atenas/Divulgação FIVB
Com o encerramento da Liga das Nações e da Copa Challenger, o blog apresenta um panorama da situação atual do ranking internacional da FIVB. Desde 2020, o ranking mudou. Agora, cada resultado de partidas de torneios da FIVB contam para o novo ranking, de acordo com o peso das competições e das seleções. É bom ressaltar a importância do ranking na modalidade. É por ele que os grupos do Mundial e das Olimpíadas são divididos.
Masculino
Com o fracasso na Liga das Nações 2022 e uma derrota inesperada para a China, na fase regular da competição, o Brasil perdeu a liderança do ranking internacional. Mesmo com a conquista inédita do torneio, a França não assumiu a ponta do ranking. Quem lidera atualmente, é a seleção da Polônia, atual bicampeã mundial. Veja abaixo, os dez primeiros do ranking internacional no vôlei masculino.
1 🇵🇱 Polônia – 385 pontos
2 🇫🇷 França – 373 pontos
3 🇧🇷 Brasil – 360 pontos
4 🇷🇺 Russia – 352 pontos
5 🇺🇸 EUA – 340 pontos
6 🇮🇹 Itália – 332 pontos
7 🇦🇷 Argentina – 280 pontos
8 🇮🇷 Irã – 278 pontos
9 🇯🇵 Japão – 273 pontos
10 🇸🇮 Eslovênia – 259 pontos
A Polônia ficou em 3º lugar na VNL 22, mas assumiu a liderança do ranking internacional/Volleyball World/Divulgação FIVB
Feminino
Já no naipe feminino, ao contrário do Brasil no masculino, mesmo com a eliminação nas quartas-de-final da VNL, os Estados Unidos conseguiram manter a liderança no ranking. Quem mais subiu, foi justamente a campeã da temporada, a Itália. Quem mais caiu, entre os dez primeiros, foi a seleção da Turquia. O Brasil também subiu, para o 2º lugar, a 20 pontos dos Estados Unidos. Veja abaixo, os dez primeiros do ranking do vôlei feminino.
1 🇺🇸 EUA – 392 pontos
2 🇧🇷 Brasil – 372 pontos
3 🇮🇹 Itália – 367 pontos
4 🇨🇳 China – 338 pontos
5 🇷🇸 Sérvia – 325 pontos
6 🇹🇷 Turquia – 310 pontos
7 🇯🇵 Japão – 287 pontos
8 🇷🇺 Rússia – 278 pontos
9 🇩🇴 Rep. Dominicana – 267 pontos
10 🇳🇱 Holanda – 250 pontos
A seleção brasileira feminina perdeu a final da VNL 22, mas subiu uma posição no ranking internacional/Volleyball World/Divulgação FIVB