DIÁRIO OLÍMPICO – episódio 2

No segundo dia do torneio olímpico de voleibol teve início a competição feminina. Dois jogos abriram a rodada, válidos pelos grupos B e C. As seleções europeias da Itália e Polônia venceram República Dominicana e Japão respectivamente. Quem também estreou em Paris, neste domingo, 28 de julho, foram os anfitriões franceses no naipe masculino. Como noticiado mais cedo pelo blog, eles derrotaram a Sérvia por 3×2. Encerrando a rodada deste segundo dia do voleibol, entre os homens, a Eslovênia bateu o Canadá em partida do grupo A, mesmo da França. Confira abaixo detalhes do segundo dia de voleibol em Paris.

EPISÓDIO 2

Começando a rodada na Arena Paris Sul, neste domingo, 28 de julho, Itália e República Dominicana abriram a competição do vôlei feminino nas Olimpíadas 2024. As italianas tiveram trabalho para vencer a República Dominicana. O bloqueio alto das dominicanas dificultou o trabalho do ataque italiano. Para se ter uma ideia, a oposta italiana Paola Egonu, uma das melhores do mundo, terminou o jogo com apenas 30% de aproveitamento no ataque. Apesar disso, a Itália conseguiu fechar o jogo em 3×1, com parciais de 25/19, 24/26, 25/21, 25/18. O alto número de erros das dominicanas comprometeu o resultado final. Ao todo, a República Dominicana cedeu 38 pontos em erros para Itália. Mesmo com o baixo aproveitamento, Egonu foi a maior pontuadora do confronto, com 25 pontos. Pelo lado dominicano, em grande exibição, a oposta Gaila Gonzáles marcou 21 pontos.

Egonu teve dificuldades para superar o bloqueio dominicano/Divulgação/Volleyball World

Na sequência da rodada em Paris, o segundo jogo do dia envolveu Polônia e Japão, duas seleções do grupo do Brasil no torneio olímpico de vôlei feminino. As japonesas ganharam a primeira parcial com alta eficiência no ataque da ponteira Koga, principalmente nas transições. Somente na primeira parcial, ela anotou 8 pontos. Na segunda parcial, a Polônia melhorou no ataque, equilibrando as ações, empatando o jogo. Nas duas parciais seguintes a Polônia abriu boa vantagem no placar, mas permitiu a reação japonesa. A Polônia esteve muito perto de perder as parciais, mas o seu bloqueio parou o ataque japonês. Somente a central Korneluk marcou 8 pontos diretos no fundamento. Ela ainda foi a maior pontuadora polonesa no confronto, com 20 pontos. A maior pontuadora do jogo foi a ponteira japonesa Koga, com 26 pontos. No fim, vitória da Polônia, de virada, por 3×1, com parciais de 20/25, 25/22, 25/23, 28/26.

A central polonesa, Korneluk/Divulgação/Volleyball World

Fechando o dia de competições na Arena Paris Sul, pelo torneio olímpico de vôlei masculino, Eslovênia e Canadá se enfrentaram pelo grupo A. Logo no início da partida, o oposto esloveno Stern lesionou os dedos da mão esquerda. Ele foi substituído por Mozic. Sua entrada não comprometeu o rendimento da Eslovênia. No fim da parcial, Stern voltou para ajudar na vitória da Eslovênia. O Canadá esteve à frente em todas as parciais do jogo até metade do placar, mas não conseguiu sustentar a vantagem. No único set em que venceu, contou com o maior número de erros da Eslovênia. No fim, vitória da Eslovênia, por 3×1, com parciais de 25/21, 25/20, 20/25, 25/21. Mesmo lesionado, Stern foi o grande destaque individual do confronto, com 24 pontos. Pelo Canadá, o ponteiro Loeppky marcou 17 pontos.

O oposto da Eslovênia em ação de ataque/Divulgação/Volleyball World

EM CASA, ATUAIS CAMPEÕES OLÍMPICOS VENCEM NA ESTREIA

A torcida francesa presente na Arena Paris Sul/Divulgação/Volleyball World

Jogando em seus domínios, os franceses estrearam com vitória no torneio olímpico de vôlei masculino dos Jogos de Paris 2024. Em partida válida pelo grupo A, a França bateu os sérvios no tie-break, com parciais de 23/25, 25/17, 25/17, 21/25, 15/6. Os franceses começaram mal no ataque, mas se recuperaram no fundamento ao longo da partida. Errando pouco, colocaram pressão na Sérvia no serviço. Além disso, marcaram 17 pontos de bloqueio contra 12 dos sérvios. Os sérvios ainda cederam mais de 30 pontos em erros para França. O ponteiro francês Clevenot foi o destaque individual do confronto, com 23 pontos. Pela Sérvia, o central Prodascanin fez 13 pontos. Na próxima rodada dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a França enfrenta o Canadá, na próxima terça-feira, 30 de julho, às 16h. Já a Sérvia joga com a Eslovênia também na terça-feira, 30 de julho, mais cedo, às 14h.

O ponteiro francês Clevenot/Divulgação/Volleyball World

DIÁRIO OLÍMPICO – episódio 1

Foram abertos os Jogos Olímpicos de Paris 2024! A Arena Paris Sul foi palco do voleibol masculino neste primeiro dia de disputa olímpica. Quatro partidas pelos grupos B e C do torneio masculino de voleibol aqueceram os corações parisienses. Além da derrota brasileira para os italianos, Paris viu o confronto mais equilibrado do dia entre Japão e Alemanha, além das vitórias de Polônia e Estados Unidos sobre Egito e Argentina respectivamente. Confira abaixo os detalhes dessas partidas.

EPISÓDIO 1

Em partida pelo grupo C, na abertura do voleibol masculino em Paris, japoneses e alemães fizeram um confronto frenético. Os alemães começaram nervosos, mas logo assumiram o controle do jogo confirmando os pontos nas transições. A partir da segunda parcial, o Japão pegou no tranco no fundo de quadra virando o confronto para 2×1. O técnico da Alemanha, Winiarski, trocou os seus dois ponteiros e com pressão no bloqueio ganhou a partida. Os alemães terminaram o jogo com 18 pontos diretos no fundamento. No fim, vitória alemã por 3×2, com parciais de 25/17, 23/25, 20/25, 30/28, 15/12. O alemão Grozer foi o maior pontuador da partida, com 24 pontos. Pelo Japão, Ishikawa marcou 22 pontos.

O bloqueio alemão neutralizou o oposto japonês Nishida/Divulgação/Volleyball World

Logo após o revés do Brasil para Itália, outro jogo da chave B do torneio olímpico de voleibol aconteceu em Paris. Em quadra, Polônia e Egito se enfrentaram. O Egito ofereceu uma certa resistência na primeira parcial do jogo, mas com Leon e Kurek em alta, os egípcios foram presas fáceis para os poloneses. A partir da terceira parcial, o técnico da Polônia, Nikola Grbic, aproveitou a oportunidade para rodar seu elenco. Coincidência ou não, o ponteiro titular Fornal acabou sofrendo torção no tornozelo esquerdo. Mesmo com o susto, a Polônia fechou o jogo em sets diretos, com parciais de 25/21, 25/19, 25/13. Mesmo com a derrota, o gigante central egípcio Dola foi o maior pontuador do jogo, com 14 pontos.

Leon foi o maior pontuador da estreia da Polônia em Paris/Divulgação/Volleyball World

Encerrando o dia de competições na Arena Paris Sul, Argentina e Estados Unidos fizeram o segundo confronto do grupo C. Com grande atuação no serviço, os Estados Unidos não deram chances para Argentina, devolvendo a derrota por 3×0 nos Jogos de Tóquio. Na ocasião, o revés eliminou os americanos da fase eliminatória das Olimpíadas 2020. No fim, na melhor performance do dia no voleibol masculino em Paris, os Estados Unidos ganharam dos argentinos, em sets diretos, com parciais de 25/20, 25/19, 25/16.

O serviço americano marcou 8 pontos diretos na partida com Argentina/Divulgação/Volleyball World

BRASIL ESTREIA COM DERROTA EM PARIS

Brasileiros e italianos em disputa de bola na rede/Divulgação/Volleyball World

Em sua estreia no torneio olímpico de voleibol nos Jogos de Paris 2024, o Brasil perdeu para Itália. Em partida válida pelo grupo B, os brasileiros foram superados pelos italianos por 3×1, com parciais de 25/23, 27/25, 18/25, 25/21. O Brasil foi muito superior no ataque no confronto com a Itália, mas o bloqueio italiano fez uma grande diferença no placar final do jogo. Os brasileiros tiveram várias chances na partida, mas faltou confiança nos momentos decisivos, principalmente na primeira e segunda parcial. Com o revés, o Brasil voltou a perder em estreia de Olimpíadas após 28 anos. A última vez que os brasileiros foram derrotados na estreia de Jogos Olímpicos no voleibol masculino foi em Atlanta 1996. Na próxima rodada da competição, o Brasil enfrenta a Polônia, na próxima quarta-feira, 31 de julho, às 4h da manhã, em partida decisiva para classificação.

NÚMEROS

O oposto Darlan foi o maior pontuador da estreia brasileira nas Olimpíadas, com 25 pontos. Ele teve 50% de eficiência no ataque. Pela Itália, o oposto Romano marcou 20 pontos. Como dito acima, o bloqueio italiano foi o grande responsável pela vitória da atual campeã mundial. Ao todo, a Itália marcou 13 pontos diretos no fundamento contra apenas 4 do Brasil. Os italianos também foram superiores no serviço, com 5 pontos diretos contra 4 dos brasileiros, mas neste fundamento o número de erros foi alto para duas seleções. No total, Itália e Brasil cederam mais de 30 pontos em erros no confronto.

🇮🇹 ITÁLIA Gianelli (2) Romano (20), Lavia (12), Michieletto (13), Galassi (8), Russo (8), Balaso (L). Entraram: Sbertoli (0), Porro (0), Bottolo (0). Técnico: Ferdinando de Giorgi

🇧🇷 BRASIL Bruninho (0), Darlan (25), Leal (15), Lucarelli (14), Flávio (3), Lucão (7), Thales (L). Entraram: Cachopa (0), Adriano (0), Bergmann (0), Honorato (0). Técnico: Bernardinho

Darlan foi o destaque individual da estreia do Brasil em Paris/Divulgação/Volleyball World

PÓS-JOGO

Ao final da estreia, o técnico Bernardinho falou sobre o jogo em entrevista para Grupo Globo. “Tivemos chances, criamos chances na primeira parcial e deixamos ir embora. Na segunda parcial abriram, tivemos chances, passamos perrengues no final, faltou acreditar talvez um pouco mais! Fico eu mesmo frustrado em não conseguir colocar na cabeças dos caras que a gente tem plenas condições de brigar. Depois entraram os saques deles em alguns momentos, mas o jogo foi muito igual. A exceção agora do final do quarto, quando abriu um pouco e a gente não conseguiu voltar. Essa que é a questão, de entender que Olimpíadas é isso! Não dá para você na dificuldade, baixar um pouquinho a guarda. A Itália é um time qualificado, entrosado, campeão do mundo. Mas a frustração é porque criamos chances, tivemos bons momentos e não soubemos aproveitar”.

O técnico da seleção brasileira masculina, Bernardinho/Divulgação/Volleyball World

OS JOGOS OLÍMPICOS DE PARIS

As medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris/Divulgação

Após uma cerimônia de abertura apoteótica, os Jogos Olímpicos de Paris começam para valer neste sábado, 27 de julho. O Brasil estreia no voleibol masculino contra Itália, às 8h da manhã, em partida válida pelo grupo B do torneio olímpico. Além de brasileiros e italianos também estão na mesma chave Polônia e Egito. Outros dois grupos com 4 seleções completam a disputa de medalhas em Paris 2024. Sobre isso, em relação aos Jogos Olímpicos anteriores, houve uma modificação importante no formato de disputa. Ao invés de estarem divididos em dois grupos com 6 seleções cada, em Paris, como dito acima, serão três grupos com 4 seleções cada. Segundo o COI, a medida visa melhorar a qualidade do espetáculo e a recuperação dos atletas.

Esportivamente falando, a mudança transforma o torneio olímpico de voleibol em uma competição de tiro curto, sem margem para erros. Uma derrota na fase de grupos já complica toda situação das seleções na disputa. Em edições anteriores dos Jogos, vimos grandes campanhas de recuperação, após uma 1ª fase irregular de algumas seleções. Nesse novo formato de disputa, as chances de recuperação com a competição em andamento são menores. Além disso, a classificação para fase eliminatória depende dos resultados dos outras grupos para definir o chaveamento. Hipoteticamente, pode acarretar confrontos nas quartas de final com seleções da mesma chave na 1ª fase.

No caso da seleção brasileira masculina, o Brasil caiu no grupo da morte do torneio olímpico de voleibol. Como dito acima, os brasileiros terão pela frente na 1ª fase: Itália, Polônia e Egito. Para o leitor ter uma ideia da dificuldade, o grupo é formado por nada mais nada menos, com exceção do Egito, pelo pódio do Mundial 2022. Na competição em questão, o Brasil foi bronze, a Polônia prata e a Itália campeã mundial dentro do domínio polonês.

Os outros grupos do torneio olímpico masculino de voleibol são formados pela chave A: França, Canadá, Eslovênia e Sérvia e a chave C: Japão, Estados Unidos, Argentina e Alemanha. Sobre esses grupos temos algumas curiosidades. Atual campeã olímpica, a anfitriã França terá pela frente como um dos seus adversários nas Olimpíadas um país colonizado por ela, o Canadá. Também no mesmo grupo, se enfrentam Sérvia e Eslovênia, dois países que faziam parte da antiga Iugoslávia, campeã olímpica de voleibol masculino em Sydney 2000. Já na chave C, o fato que chama atenção, é que no esquenta para os Jogos Olímpicos, durante a VNL 2024, o Japão venceu todos os jogos contra o adversários do seu grupo em Paris. Por estes resultados, não por acaso, os japoneses chegaram na final da competição e são cabeça de chave do grupo C nas Olimpíadas.

A Arena Paris Sul onde será disputado o torneio olímpico de voleibol/Divulgação/Volleyball World

FEMININO

Entre as mulheres, o Brasil estreia somente na segunda-feira, 29 de julho, contra o Quênia, também às 8h da manhã. Além das africanas, a chave das brasileiras em Paris é composta por Polônia e Japão. Como já destacado na imprensa e nas redes sociais, essas duas seleções derrotaram o Brasil nas finais da Liga das Nações. Após uma campanha impecável na fase regular, as brasileiras acabaram ficando em 4º lugar na VNL 2024.

Entretanto, como sabemos, nem sempre a VNL é parâmetro para Olimpíadas. No ciclo passado, devido à pandemia, a Liga das Nações foi importante para o ganho de ritmo de jogo das seleções. Isso inclusive foi empecilho para o rendimento de Itália e Sérvia em Tóquio, já que jogaram a VNL 2021 com times alternativos na bolha de Rimini. Para 2024, mesmo com o precedente, a Sérvia repetiu a dose e jogou a Liga das Nações deste ano com uma equipe B. A Itália fez o caminho inverso e ganhou a competição. Porém, às vésperas dos Jogos, isso pode não significar nada.

Seja por esse motivo ou não, enquanto a Sérvia chega aos Jogos Olímpicos inteira, a Turquia está com vários problemas físicos. O calendário de clubes parece ter esgotado o elenco turco. A situação está tão crítica, que chegou ao ponto da Turquia realizar trocas polêmicas em seu elenco para Olimpíadas, em cima da hora. A Sérvia também adotou o mesmo expediente, sob protestos nas redes socais e segundo fontes da imprensa também entre o meio do voleibol.

Em quadra, poderemos avaliar qual foi a melhor estratégia. Disputar a Liga das Nações com a força máxima ou não? Para as seleções que se classificaram para Paris pelo ranking não havia outra saída. Como no caso de China e Itália. Mas para Sérvia e Turquia havia essa opção. A Sérvia está no grupo da morte do torneio olímpico de vôlei feminino, que curiosamente contém o pódio dos Jogos do Rio 2016 na modalidade, com Estados Unidos e China, além da França, em sua primeira participação olímpica no naipe feminino. Já a Turquia está em uma chave mais acessível com Itália, Holanda e República Dominicana. Quem levará a melhor?

PROJEÇÕES

Na expectativa para os Jogos Olímpicos, muitos veículos de imprensa fizeram projeções. Especificamente no voleibol, algumas surpresas como ouro para o Brasil no masculino e prata no feminino. Analisando friamente hoje, entre as mulheres, o Brasil tem mais chances de subir ao pódio do que entre os homens. Mas se fosse para apostar, o blog apontaria bronze para o Brasil nos dois naipes. Porém, o Brasil está longe do favoritismo. No masculino, as principais forças são Itália, Polônia, França e Estados Unidos. No feminino, Sérvia, Estados Unidos, Itália e Turquia. Que comecem os Jogos!

Os franceses são os atuais campeões olímpicos no voleibol masculino

O JOGO COLETIVO DO BRASIL

Uma das características principais da escola de voleibol brasileira é o jogo coletivo. Sempre tivemos ótima matéria-prima, mas nem sempre os maiores pontuadores, apesar do talento dos nossos jogadores. Além disso, para enfrentar os limites e a força física dos nossos adversários, optamos por um estilo de jogo mais sofisticado, baseado na velocidade e no volume no fundo de quadra. Nos últimos anos, esse estilo de jogo está se perdendo, complicando o rendimento das nossas seleções no cenário internacional. No auge do Brasil na modalidade na década de 2000, tivemos dois grandes exemplos do que somos capazes de fazer dentro de quadra: a geração do vôlei masculino campeã em Atenas 2004 e geração do vôlei feminino campeã em Pequim 2008.

A geração brasileira no voleibol masculino nos anos 2000 ganhou todas as competições possíveis/Divulgação/FIVB

CONSTRUÇÃO

O estilo de jogo brasileiro no voleibol foi construído geração após geração até alcançar o ápice nas conquistas de ouro dos dois naipes. Nos primórdios, durante o ciclo dos Jogos de Moscou e Los Angeles, capitaneados por Bebeto de Freitas, a seleção brasileira masculina adotou a velocidade das seleções asiáticas em seu padrão de jogo, concomitantemente, com a força física do estilo europeu. Além disso, o Brasil avançou em seu sistema de jogo, com uma formação tática semelhante ao utilizado pelos Estados Unidos naquela época.

MISTURA

Foi dessa miscelânea de escolas que surgiu o estilo de jogo do Brasil no voleibol. Entretanto, para atingir esse nível, o Brasil passou décadas lapidando atletas durante o período compreendido entre a década de 1980 e os anos 2000. Foram anos de investimento na base. Tecnicamente, formamos várias gerações talentosas que colocaram esse estilo de jogo em prática.

ESTILO

A principal premissa do estilo de jogo brasileiro no voleibol é o aspecto coletivo. Distribuição, variação e velocidade fazem parte do cardápio dos nossos levantadores. Vários deles estão entre os maiores da história na posição. Além disso, para colocar o plano de jogo deles em ação, sempre foi preciso excelência no passe, uma das espinhas dorsais do jogo coletivo brasileiro. Quantas vezes fomos salvos em quadra por uma linha de passe eficiente, após bombardeios dos adversários no serviço? Isso sem contar nosso sistema defensivo. Haja volume de jogo no fundo de quadra!

A UNIÃO FAZ A FORÇA

Acima de tudo, nosso jogo nunca foi baseado simplesmente na força, apesar das mudanças no voleibol moderno e as suas exigências físicas. Pelo contrário, dentro de quadra, o Brasil sempre desafiou esses limites. Mesmo com jogadores mais baixos, o Brasil conquistou o ouro olímpico por cinco vezes graças ao aspecto coletivo. Afinal o voleibol não é uma modalidade individual! O foco primordial do estilo de jogo brasileiro no voleibol é o coletivo, para que a partir disso, as individualidades possam aparecer.

OS AMISTOSOS DO BRASIL COM ALEMANHA

O Brasil saiu vitorioso da série de amistosos com a Alemanha no último final de semana. Foram duas vitórias nos dois jogos realizados com vistas à preparação para os Jogos Olímpicos de Paris. Os confrontos aconteceram na Europa. O primeiro na França, o segundo na Alemanha. Os brasileiros apresentaram evolução em relação ao que foi apresentando na Liga das Nações 2024. No triunfo por 3×2, com parciais de 21/25, 25/23, 29/31, 25/19, 17/15, o oposto brasileiro Darlan foi o maior pontuador do jogo, com 24 pontos. Pela Alemanha, Grozer marcou 22 pontos. O bloqueio do Brasil foi um dos destaques da suada vitória brasileira com 10 pontos. Somente o central Lucão marcou 5 pontos diretos no fundamento. O serviço brasileiro também foi bem no confronto, com 7 pontos diretos contra 4 dos alemães. O técnico Bernardinho parece ter encontrado a formação ideal do time com Bruninho, Darlan, Leal, Lucarelli, Flávio, Lucão, Thales (L). Entretanto, a melhor parcial do Brasil no jogo aconteceu após modificações no time, com a entrada de Lukas Bergmann e Isac a partir do 4º set.

O oposto Darlan foi o destaque na pontuação do Brasil nos amistosos com Alemanha/Divulgação/Volleyball World

SEGUNDO AMISTOSO

Na segunda vitória sobre a Alemanha, o Brasil fez sua melhor apresentação na série de amistosos com os europeus. Mais soltos, os brasileiros conseguiram marcar o ataque alemão com mais eficiência, forçando os alemães ao erro. O Brasil entrou em quadra com a mesma escalação do primeiro amistoso, dando prioridades ao ritmo de jogo do ponteiro Leal, mas após vencer as duas primeiras parciais fez trocas no time. Outro ponto alto do jogo, assim como no primeiro amistoso, foram as inversões de 5×1 realizadas por Bernardinho. Essa parece uma grande aposta de Bernardinho para os Jogos Olímpicos de Paris. O oposto Darlan mais uma vez foi o maior pontuador do jogo, com 18 pontos. Pela Alemanha, mesmo saindo da partida, em má jornada, Grozer marcou 12 pontos. No fim, vitória do Brasil, por 3×1, com parciais de 25/18, 25/22, 20/25, 25/21.

SÉRVIA VENCE TORNEIO AMISTOSO NA POLÔNIA

Atual bicampeã mundial, a Sérvia venceu o torneio amistoso Agata Mroz. Disputado na Polônia, em homenagem a ex-jogadora polonesa, o torneio contou com a participação da Polônia, França, República Dominicana, além da própria Sérvia. Em formato de todos contra todos, a Sérvia ficou em 1º lugar, mesmo após perder ontem para República Dominicana, por 3×2. Dona da casa e adversária do Brasil na 1ª fase dos Jogos Olímpicos de Paris, a Polônia foi vice-campeã do torneio, após perder o jogo do título para Sérvia, hoje, por 3×1. Completou o pódio da competição, em 3º lugar, a seleção da República Dominicana depois de bater a França, por 3×0.

A Sérvia jogou a Liga das Nações com um time alternativo, visando preparação para os Jogos Olímpicos/Divulgação/X

TORNEIO AGATA MROZ

16/7 Sérvia 🇷🇸3×0🇫🇷França

16/7 Polônia 🇵🇱3×0🇩🇴Rep. Dominicana

18/7 Sérvia 🇷🇸2×3🇩🇴Rep. Dominicana

18/7 Polônia 🇵🇱3×0🇫🇷França

19/7 Rep. Dominicana🇩🇴3×0🇫🇷França

19/7 Polônia 🇵🇱1×3🇷🇸Sérvia

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1 🇷🇸 Sérvia 7 pontos

2 🇵🇱 Polônia 6 pontos

3 🇩🇴 Rep. Dominicana 5 pontos

4 🇫🇷 França 0 pontos