O RANKING DA FIVB APÓS OS JOGOS OLÍMPICOS DE PARIS

Durante esta semana, a FIVB anunciou como será o sorteio dos grupos do Mundial 2025. Tanto no masculino, quanto no feminino, o ranking serviu como base de definição dos cabeças de chave da competição. Entre os homens, além da anfitriã Filipinas, serão cabeças de chave do Mundial 2025, as seguintes seleções, pela ordem do ranking da FIVB: Polônia, França, Estados Unidos, Eslovênia, Itália, Japão e Brasil. As demais 24 seleções foram divididas em três potes. Um sorteio no próximo dia 14 de setembro definirá a composição dos grupos. O mesmo método deve ser utilizado entre as mulheres para o Mundial feminino 2025. Entretanto, ainda sem previsão para ocorrência do sorteio. Lembrando que recentemente a FIVB confirmou a Tailândia como sede da competição no naipe feminino. Confira abaixo, como ficou o ranking da FIVB após os Jogos Olímpicos de Paris, nos dois naipes.

MASCULINO
1- Polônia 🇵🇱 401 pts
2- França 🇫🇷 378 pts
3 – EUA 🇺🇸 366 pts
4 – Eslovênia 🇸🇮 352,5 pts
5 – Itália 🇮🇹 346 pts
6 – Japão 🇯🇵 338 pts
7 – Brasil 🇧🇷 306 pts
8 – Alemanha 🇩🇪 274 pts
9 – Argentina 🇦🇷 267 pts
10 – Sérvia 🇷🇸 259 pts

Mesmo sendo bicampeã olímpica, a França não conseguiu ultrapassar a Polônia no ranking da FIVB, ao final dos Jogos de Paris/Divulgação/Volleyball World

FEMININO
1 – Itália 🇮🇹 437 pts
2 – Brasil 🇧🇷 407 pts
3 – EUA 🇺🇸 362 pts
4 – Turquia 🇹🇷 352 pts
5 – China 🇨🇳 350 pts
6 – Polônia 🇵🇱 349,7 pts
7 – Japão 🇯🇵 325 pts
8 – Canadá 🇨🇦 285 pts
9 – Holanda 🇳🇱 284 pts
10 – Sérvia 🇷🇸 280 pts

Fonte: Volleyball World

O BALANÇO DOS JOGOS OLÍMPICOS DE PARIS

Uma semana após o fim dos Jogos Olímpicos de Paris, o blog faz um balanço da participação brasileira no voleibol. O Brasil caiu de rendimento em relação à Tóquio. Há três anos, fomos medalha de prata no naipe feminino e 4º lugar no naipe masculino. Em Paris, o Brasil voltou a subir no pódio no naipe feminino, mas em 3º lugar. Já no naipe masculino, sequer conseguimos chegar na disputa de medalhas, encerrando a competição em um indigesto 8º lugar. Confira abaixo um panorama da participação brasileira em Paris.

A seleção brasileira feminina, medalha de bronze em Paris/Reprodução/X

MUDANÇA DE FORMATO

Diferentemente de Tóquio, o formato de disputa do voleibol em Paris, sofreu uma modificação já adotada pelo basquete no Japão há três anos atrás. As seleções foram divididas em três grupos com 4 países ao invés de dois grupos com 6 países. Além disso, a definição dos confrontos na fase eliminatória dependia de um ranking estabelecido de acordo com a campanha na 1ª fase, independentemente dos grupos. Tal mudança aumentou o nível de competição na 1ª fase dos Jogos Olímpicos, além de transformar a competição em um torneio de tiro curto. Mal colocado no ranking da FIVB, o Brasil se deu mal neste novo formato dos Jogos Olímpicos, caindo no grupo da morte no naipe masculino. Para se ter uma ideia, após 28 anos, o Brasil sofreu duas derrotas consecutivas nas Olimpíadas, tamanha a dificuldade do seu grupo. Já o feminino, ao contrário do masculino, nadou em berço esplêndido na fase de grupos com adversários mais fracos.

PROGRAMAÇÃO E HORÁRIOS

Com a mudança de formato, como dito acima, um dos objetivos do COI era aumentar o tempo de recuperação dos atletas entre as partidas. Tal objetivo parece ter sido alcançado com o sucesso. Entretanto, a comissão técnica do Brasil no naipe masculino saiu reclamando dos horários dos jogos e o tempo dos treinamentos. O Brasil jogou apenas pela manhã na fase de grupos do voleibol masculino. Não houve sequer uma intervenção da detentora dos direitos televisivos dos Jogos Olímpicos, para tentar alterar os horários das partidas. Como consequência, segundo relatos dos jogadores, os treinos da seleção masculina se iniciavam às 5h da manhã. Em contrapartida, a seleção brasileira feminina só foi estrear de fato nos Jogos Olímpicos de Paris, no dia 1º de agosto, contra o Japão, tamanha fraqueza do seu adversário do dia 29 de julho, a seleção africana do Quênia. Segundo consta, tal privilégio foi concedido pelo Brasil ser o líder do ranking no naipe feminino. Há controvérsias…

PROBLEMA CRÔNICO

Com o bonde andando, Bernardinho assumiu o cargo de treinador da seleção masculina do Brasil. Pelo que foi apresentado, ficou claro que não deu tempo dele imprimir seu estilo ao time. O Brasil evoluiu no fundo de quadra, principalmente contra a Polônia, mas continuou com problema crônico de bloqueio. Há anos, o Brasil enfrenta essa dificuldade e nem a mudança dos treinadores do fundamento da seleção deu jeito na situação. Sem bloquear, será difícil para o Brasil retornar ao topo da modalidade no voleibol masculino.

RENOVAÇÃO

Com um decepcionante 8º lugar, é evidente que a seleção brasileira masculina precisa de uma renovação. A questão é quem vai liderar o processo. Bernardinho irá continuar? O blog acredita que ele tem muito a contribuir, mas não seria o momento da seleção respirar novos ares? O que também serve na opinião do blog para seleção brasileira feminina. A renovação nos dois naipes, não deve se restringir somente ao elenco de jogadores. É preciso mudar tudo, e o momento ideal é agora! Segundo notícias da imprensa, tudo dependerá das eleições na CBV no primeiro trimestre de 2025. Vamos aguardar!

APOSENTADORIA

Falando em renovação, após os Jogos de Paris, alguns jogadores anunciaram aposentadoria da seleção brasileira nos dois naipes. Entre os homens, Bruninho, Lucão e Leal, anunciaram despedida das quadras, com a camisa do Brasil. Entre as mulheres, foi a central Thaísa quem se despediu. Como dito acima, é tempo de renovar, agradecer a esses emblemáticos jogadores pelos serviços prestados, iniciando para ontem, um processo de renovação com vistas ao longo prazo. Nem que for para perder!

PÓDIO OLÍMPICO

Sobre o resultado final dos Jogos Olímpicos de Paris, nada mais justo do que a conquista de ouro da Itália no voleibol feminino. Prejudicada pela pandemia, a Itália já merecia uma medalha olímpica três anos atrás em Tóquio, tamanho trabalho na base. Demorou, mas veio! A consagração de Paola Egonu como melhor jogadora da competição, foi o melhor presente que ela poderia receber, em seu retorno para seleção. Parabéns, Itália!

A Itália no lugar mais alto do pódio em Paris no voleibol feminino/Divulgação/Volleyball World

NÃO TEM MUNDIAL

Ainda sobre a renovação nas comissões técnicas da seleção brasileira, um fato pode pesar na decisão de um dos técnicos do Brasil, no caso, José Roberto Guimarães. Sabidamente por todos, o tricampeão olímpico ainda não conquistou o Mundial. Com a mudança no calendário da competição, que agora acontecerá de dois em dois anos, o blog não duvida que José Roberto Guimarães fique na seleção feminina para tentar alcançar a única conquista que ele não tem. Será? Façam suas apostas! 

ITÁLIA CONQUISTA OURO INÉDITO

A seleção italiana alcançou uma conquista inédita/Divulgação/Volleyball World

A Itália conquistou a medalha de ouro do voleibol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foi a primeira vez na história da modalidade que a Itália ganhou a medalha de ouro no naipe feminino. Anteriormente, a Itália nunca havia subido no pódio das Olimpíadas entre as mulheres. Para alcançar o feito inédito, na decisão do ouro, a Itália bateu os Estados Unidos, em sets diretos, com parciais de 25/18, 25/20, 25/17. A oposta italiana Paola Egonu foi eleita MVP da competição. Com a vitória, a Itália entrou para o seleto grupo de países vencedores dos Jogos Olímpicos no voleibol feminino. Ao lado da Itália estão: Japão, União Soviética, China, Cuba, Brasil e Estados Unidos. Completou o pódio dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, em 3º lugar, a seleção do Brasil, após derrotar a Turquia na disputa do bronze, por 3×1.

A Itália no lugar mais alto do pódio dos Jogos Olímpicos de Paris/Divulgação/Volleyball World

O JOGO

A Itália começou a decisão do ouro com muito volume de jogo no fundo de quadra. Para complicar a situação americana, a oposta italiana Paola Egonu era efetiva nos contra-ataques. Os Estados Unidos cometiam muitos erros, enquanto a Itália sobrava em quadra. Na segunda parcial, o técnico dos Estados Unidos, Karch Kiraly, promoveu algumas modificações. Não adiantou! A Itália voltou ainda melhor no seu sistema defensivo. Para piorar, a levantadora italiana Orro trabalhava com o passe na mão, tendo liberdade na distribuição, desafogando sua oposta Paola Egonu. Na terceira parcial, os Estados Unidos voltaram com sua formação inicial, mas o bloqueio italiano em grande atuação, com 5 pontos diretos no fundamento somente no 3º set, acabou com qualquer chance de virada dos Estados Unidos no confronto.

🇮🇹 ITÁLIA Orro (3), Egonu (22), Sylla (10), Bosetti (9), Danesi (6), Fahr (7), De Gennaro (L). Entraram: Cambi (0), Antropova (6), Giovannini (0). Técnico: Júlio Velasco

🇺🇸 EUA Poulter (2), Drews (6), Skinner (7), Plummer (2), Washington (4), Ogbogu (4), Wong-Orantes (L). Entraram: Carlini (0), Thompson (8), Cook (0), Larson (5). Técnico: Karch Kiraly

A libero italiana, De Gennaro, sendo carregada pelos colegas de time, após a vitória olímpica/Divulgação/Volleyball World

TIME DOS SONHOS DAS OLIMPÍADAS 2024

MVP – Egonu 🇮🇹
Levantadora – Orro 🇮🇹
Oposta – Egonu 🇮🇹
Ponteira – Gabi 🇧🇷
Ponteira – Sylla 🇮🇹
Central – Danesi 🇮🇹
Central – Ogbogu 🇺🇸
Líbero – De Gennaro 🇮🇹

A melhor jogadora das Olimpíadas de Paris, Paola Egonu/Divulgação/Volleyball World

A CAMPANHA DO TÍTULO
Fase de grupos
28/7 Itália 🇮🇹 3×1 🇩🇴 Rep. Dominicana
01/8 Itália 🇮🇹 3×0 🇳🇱 Holanda
04/8 Itália 🇮🇹 3×0 🇹🇷 Turquia
Quartas de final
06/8 Itália 🇮🇹 3×0 🇷🇸 Sérvia
Semifinal
08/8 Turquia 🇹🇷 0x3 🇮🇹 Itália
Final
11/8 Itália 🇮🇹 3×0 🇺🇸 EUA

FRANÇA É BICAMPEàOLÍMPICA

Os franceses conquistaram o bicampeonato olímpico consecutivo, assim como os Estados Unidos (1984-1988) e a União Soviética (1964-1968)/Divulgação/Volleyball World

A França conquistou a medalha de ouro do voleibol masculino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foi a segunda vez na história da modalidade que a França venceu o torneio olímpico de voleibol masculino. Anteriormente, a França foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. Neste ano, jogando em casa, a França bateu a Polônia na decisão do título, em sets diretos, com parciais de 25/19, 25/20, 25/23. O ponteiro francês Ngapeth foi eleito MVP das Olimpíadas, pela segunda vez consecutiva. Com a conquista, a França entra para o seleto grupo de seleções que ganharam a medalha de ouro jogando como anfitriã. Além da França em 2024, Brasil em 2016, Estados Unidos em 1984 e União Soviética em 1980, venceram os Jogos Olímpicos no voleibol masculino dentro de casa, com o apoio da torcida. Completou o pódio olímpico em Paris, em 3º lugar, a seleção dos Estados Unidos.

Os franceses no pódio olímpico/Divulgação/Volleyball World

O JOGO

Melhor fundamento da Polônia na competição, o serviço da seleção do leste europeu não encaixou na decisão olímpica dos Jogos de Paris, principalmente nas duas primeiras parciais. Em contrapartida, a França marcou 9 pontos diretos no fundamento na disputa pela medalha de ouro. Como consequência, o bloqueio francês fez uma grande diferença na final olímpica. Somente na terceira parcial, a França marcou 6 pontos diretos no fundamento. Os principais atacantes de extremidades da Polônia saíram do jogo, em algum momento do confronto, tamanha eficiência do sistema defensivo da França. O oposto francês Patry que não vinha apresentando uma boa performance nas Olimpíadas, foi o melhor jogador da decisão com 17 pontos e quase 70% de aproveitamento no ataque. A Polônia ainda salvou cinco match points da França na terceira parcial, mas um erro no serviço do ponteiro Leon, decretou a vitória francesa por 3×0.

🇫🇷 FRANÇA Brizard (4), Patry (17), Ngapeth (8), Clevenot (11), Le Goff (4), Chinenyeze (8), Grebennikov (L). Entraram: Jouffroy (4), Louati (0), Toniutti (0), Tillie (0). Técnico: Andrea Giani

🇵🇱 POLÔNIA Janusz (0), Kurek (10), Leon (9), Fornal (4), Kochanowski (9), Huber (7), Zatorski (L). Entraram: Lomacz (0), Kaczmarek (0), Semeniuk (0), Sliwka (2), Boladz (5). Técnico: Nikola Grbic

PÓS – JOGO

Após a conquista do ouro, o oposto francês Patry comentou sobre a final, em entrevista para Volleyball World. “Os torcedores foram uma arma incrível para nós aqui. Eles nos incentivaram em todas as partidas e a atmosfera nos deu muita energia para jogar. Na final acho que nosso sistema defensivo funcionou muito bem, o que nos deu confiança para vencer. Temos um sentimento incrível e muitas emoções agora, é difícil explicá-las. Ganhar duas vezes seguidas é incrível e fazer isso em casa é inacreditável, não tenho palavras”.

O oposto francês, Patry/Divulgação/Volleyball World

TIME DOS SONHOS DAS OLIMPÍADAS 2024

MVP – Ngapeth 🇫🇷
Levantador – Brizard 🇫🇷
Oposto – Patry 🇫🇷
Ponteiro – Ngapeth 🇫🇷
Ponteiro – Clevenot 🇫🇷
Central – Averill 🇺🇸
Central – Kochanowski 🇵🇱
Líbero – Grebennikov 🇫🇷

O ponteiro francês Ngapeth, melhor jogador das Olimpíadas de Paris/Divulgação/Volleyball World

A CAMPANHA DO TÍTULO
Fase de grupos
28/7 França 🇫🇷 3×2 🇷🇸 Sérvia
30/7 França 🇫🇷 3×0 🇨🇦 Canadá
02/8 França 🇫🇷 2×3 🇸🇮 Eslovênia
Quartas de final
05/8 França 🇫🇷 3×2 🇩🇪 Alemanha
Semifinais
07/8 Itália 🇮🇹 0x3 🇫🇷 França
Final
10/8 França 🇫🇷 3×0 🇵🇱 Polônia

A seleção francesa comemorando a conquista, logo após o fim da partida/Divulgação/Volleyball World

BRASIL GANHA DISPUTA DO BRONZE EM PARIS

O Brasil ficou com o bronze no voleibol feminino em Paris/Divulgação/COB/Miriam Jeske

A seleção brasileira feminina conquistou a medalha de bronze do voleibol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foi a terceira medalha de bronze das brasileiras na história olímpica. Anteriormente, o Brasil ganhou o bronze no voleibol feminino nos Jogos de Atlanta 1996 e nos Jogos de Sydney 2000. Para estar no pódio das Olimpíadas de Paris 2024, as brasileiras superaram a Turquia, por 3×1, com parciais 25/21, 27/25 22/25, 25/15. A ponteira Gabi liderou a conquista de bronze do Brasil. Ela foi a maior pontuadora da disputa do 3º lugar, com 28 pontos. Mesmo muito bem marcada pelo bloqueio brasileiro, a oposta Melissa Vargas foi a maior pontuadora turca, com 26 pontos. O Brasil errou menos do que a Turquia, além de bloquear mais, graças ao desempenho da central Thaísa. Ao todo, foram 19 pontos diretos no fundamento contra 17 das turcas. As brasileiras também foram superiores no ataque, com 53 pontos no total do jogo contra 48 da Turquia. Com o resultado, considerando os dois naipes, o Brasil não retorna das Olimpíadas sem medalhas no voleibol de quadra desde os Jogos de Seul 1988.

A ponteira Gabi foi atacante mais eficiente do Brasil na disputa do bronze, com 36% de aproveitamento/Divulgação/Volleyball World

O JOGO 

Brasil e Turquia fizeram uma disputa de bronze digna de final olímpica. Apesar da tensão em quadra, a partida teve vários rallys emocionantes. O bloqueio turco teve uma boa atuação no jogo, mas o Brasil foi superior no fundamento mais uma vez em Paris. Depois de vencer a primeira parcial com bom aproveitamento de ataque, o Brasil buscou uma parcial praticamente perdida no 2º set. As brasileiras tiraram uma desvantagem de 4 pontos no placar. Com problemas nas pontas, a Turquia finalmente teve uma jogadora efetiva na posição nas Olimpíadas. A ponteira Cebecioglu foi a grande responsável pela vitória turca na terceira parcial. Ela teve aproveitamento maior do que a grande atacante do time, a oposta Melissa Vargas. Na quarta parcial, o confronto seguiu equilibrado até uma mudança do técnico do Brasil, José Roberto Guimarães. Ele fez uma inversão de 5×1 com Júlia Bergmann de oposta, que desafogou a rede do Brasil, com destaque para ponteira brasileira Gabi.

🇧🇷 BRASIL Roberta (3), Rosamaria (10), Gabi (28), Ana Cristina (13), Thaísa (17), Carol (4), Nyeme (L). Entraram: Macris (0), Tainara (0), Bergmann (3). Técnico: José Roberto Guimarães 

🇹🇷 TURQUIA Sahin (3), Vargas (26), Cebecioglu (14), Ismailoglu (6), Erdem (13), Kalac (6), Orge (L). Entraram: Baladin (1), Karakurt (0), Aydin (0), Osbay (0). Técnico: Daniele Santarelli

A oposta turca Vargas foi neutralizada pelo bloqueio brasileiro/Divulgação/Volleyball World

PÓS – JOGO

Ao final do confronto, a ponteira Gabi falou sobre a disputa do bronze, em entrevista para Volleyball World. “As horas após a derrota na semifinal foram muito difíceis porque nosso objetivo aqui era ganhar o ouro e sabíamos que éramos bons o suficiente para isso. Mas nosso treinador fez um excelente trabalho ao sublinhar o quão importante foi voltarmos para casa com a medalha de bronze. Precisávamos honrar todos os esforços que fizemos durante estes últimos três anos e saí da quadra muito orgulhosa de como lidamos com isso e alcançamos nosso objetivo”.

A seleção brasileira feminina, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris/Divulgação/Volleyball World

ESTADOS UNIDOS FICAM COM O BRONZE EM PARIS NO VÔLEI MASCULINO

Os Estados Unidos ficaram com o bronze dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 no voleibol masculino. Foi a terceira medalha de bronze conquistada pelos americanos nas Olimpíadas. Anteriormente, os Estados Unidos ganharam a disputa do bronze nos Jogos de Barcelona 1992 e nos Jogos do Rio 2016. Para conquistar a medalha de bronze pela terceira vez na história olímpica, os Estados Unidos derrotaram a Itália, por 3×0, com parciais de 25/23, 30/28, 26/24. Italianos e americanos fizeram uma disputa de bronze resolvida nos detalhes. No momento decisivo da partida, faltou experiência ao jovem time italiano. Seja por excesso de vontade ou não, a Itália cedeu 25 pontos em erros para os americanos. No bloqueio, melhor fundamento dos italianos em Paris, os Estados Unidos também foram superiores com 9 pontos diretos contra 5 da Itália. Mesmo com a derrota, o ponteiro italiano Michieletto e oposto italiano Romano foram os maiores pontuadores da disputa do bronze, com 17 pontos cada. Pelos Estados Unidos, Russell marcou 15 pontos. Com o resultado, pela segunda vez consecutiva, a Itália terminou os Jogos Olímpicos sem subir no pódio. A última vez que os italianos conquistaram medalha no vôlei masculino foi nas Olimpíadas do Rio em 2016.

A seleção dos Estados Unidos, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris/Divulgação/Volleyball World

PELA 1ª VEZ, ITÁLIA É FINALISTA OLÍMPICA NO VÔLEI FEMININO

A Itália é finalista dos Jogos Olímpicos de Paris no vôlei feminino. É a primeira vez na história que as italianas disputam o ouro na modalidade. Anteriormente, em outras edições dos Jogos, a Itália sequer conseguiu chegar na disputa de medalhas. Para conquistar essa classificação histórica, a Itália bateu a Turquia nas semifinais em Paris, em sets diretos, com parciais de 25/22, 25/19, 25/22. Saque e bloqueio italiano fizeram a diferença no confronto. Com dificuldades no ataque pelas pontas, a Turquia fez várias trocas na posição durante todo o jogo. Em contrapartida, pelo lado italiano, nos momentos decisivos, as inversões de 5×1 serviram como válvula de escape no ataque. Em grande atuação individual, a oposta italiana Egonu foi a maior pontuadora da semifinal, com 24 pontos, em apenas três parciais. Pela Turquia, Vargas marcou 17 pontos. Com a vitória, a Itália enfrenta os Estados Unidos na decisão olímpica da medalha de ouro, no próximo domingo, 11 de agosto, às 8h da manhã. Já a Turquia joga com o Brasil na disputa de bronze, no sábado, 10 de agosto, às 12h15.

O bloqueio italiano colocou as atacantes turcas em dificuldades, com 11 pontos diretos no fundamento/Divulgação/Volleyball World

BRASIL DISPUTARÁ O BRONZE NO VÔLEI FEMININO EM PARIS

As brasileiras perderam a chance de disputar o ouro/Divulgação/Volleyball World

O Brasil perdeu a semifinal olímpica nos Jogos de Paris 2024 no vôlei feminino. Foi a primeira derrota brasileira na competição. Jogando contra os Estados Unidos, na Arena Paris Sul, o Brasil foi superado pelas atuais campeãs olímpicas, no tie-break, com parciais de 25/23, 18/25, 25/15, 23/25, 15/11. Os Estados Unidos conseguiram neutralizar a ponteira brasileira Gabi no ataque. Melhor jogadora do Brasil nas Olimpíadas, Gabi terminou o jogo com menos de 15% de eficiência ofensiva. Para complicar a situação brasileira no jogo, os Estados Unidos fizeram mais pontos de ataque no confronto. As brasileiras até foram superiores no bloqueio em pontos diretos, com 15 acertos, mas os Estados Unidos não ficaram devendo no fundamento, com 13 acertos. A ponteira americana Plummer foi a maior pontuadora da semifinal, com 26 pontos. Pelo Brasil, em sua melhor partida nos Jogos de Paris, a ponteira Ana Cristina marcou 24 pontos. Com o resultado, as brasileiras disputarão o bronze contra o perdedor do jogo entre Itália e Turquia, no próximo sábado, 10 de agosto, às 12h15. Já os Estados Unidos buscarão o seu segundo ouro olímpico consecutivo, contra o vencedor da outra semifinal, no domingo, 11 de agosto, às 8h da manhã.

A ponteira americana Plummer, em ação de ataque/Divulgação/Volleyball World

O JOGO

Os Estados Unidos começaram a semifinal amassando o Brasil, com 5×0 no placar. Aos poucos, as brasileiras foram entrando no jogo, após uma inversão 5×1. O Brasil iniciou a parcial atrás no bloqueio, mas acabou encerrando o set, com mais pontos diretos no fundamento (7×3). Entretanto, os Estados Unidos foram mais eficientes nas transições e no serviço.

Na segunda parcial, o Brasil conseguiu quebrar o passe dos Estados Unidos. Com dificuldades na virada de bola, os Estados Unidos neutralizaram a ponteira Gabi no ataque, mas não conseguiram marcar a outra ponteira do Brasil, Ana Cristina. Somente na segunda parcial, ela anotou 10 pontos de ataque. As americanas ainda tentaram uma reação no fim da parcial, mas o Brasil empatou o jogo.

A terceira parcial começou empatada em 3×3. Uma marcação controversa da arbitragem deu vantagem de dois pontos para os Estados Unidos. Confiantes na virada de bola, confirmando os contra-ataques, os Estados Unidos também foram superiores no bloqueio, pela primeira vez no jogo, com 4 pontos diretos no fundamento contra nenhum do Brasil. Muito marcada, a ponteira brasileira Gabi não conseguia jogar. O técnico do Brasil, José Roberto Guimarães, fez uma troca simples de levantadora, mas não teve jeito, 2×1 para os Estados Unidos.

A partir da quarta parcial a semifinal ficou tensa. Em partida de recuperação, a ponteira Gabi finamente entrou no jogo. Ela foi a maior atacante do Brasil na parcial, com 7 pontos diretos no fundamento. Controlando os nervos, o Brasil teve o seu melhor desempenho na partida, abrindo vantagem confortável na semifinal. Os Estados Unidos ainda conseguiram salvar três sets points do Brasil, mas em uma marcação polêmica da arbitragem, o Brasil empatou o jogo em 2×2.

No tie-break, o confronto começou empatado em 3×3, mas uma inversão de 5×1 dos Estados Unidos, logo no começo do set, desequilibrou o confronto, a favor das americanas. Dominando a parcial, os Estados Unidos fecharam o jogo, com poderio ofensivo nas extremidades, em 15/11.

🇧🇷 BRASIL Roberta (2), Rosamaria (14), Ana Cristina (24), Gabi (16), Thaísa (10), Carol (7), Nyeme (L). Entraram: Macris (1), Tainara (4), Natinha (0), Bergmann (0). Técnico: José Roberto Guimarães 

🇺🇸 EUA Poulter (2), Drews (18), Plummer (26), Skinner (19), Washington (5), Ogbogu (9), Wong-Orantes (L). Entraram: Carlini (0), Thompson (5), Cook (0), Larson (1). Técnico: Karch Kiraly

A oposta americana Drews teve 44% de aproveitamento ofensivo/Divulgação/Volleyball World

PÓS – JOGO

Após a partida, a ponteira Ana Cristina falou sobre a derrota em entrevista para Volleyball World. “É uma mistura de sentimentos neste momento. Obviamente, estou muito triste por não estar na final, mas também grata por estar aqui nas Olimpíadas novamente. Senti que às vezes deixamos elas correrem e talvez não tenhamos jogado no nosso nível habitual, mas em geral, estou muito orgulhosa da equipe porque lutamos até o fim e acreditamos até a última bola cair. Infelizmente não conseguimos, mas isso é esporte. Choraremos tudo o que tivermos para chorar esta noite e amanhã. Começamos a nos preparar para a disputa pela medalha de bronze. Trazer a medalha de volta ao nosso país é extremamente importante e realmente merecemos o ouro, que não vamos conseguir, mas vamos buscar o bronze”.

Ana Cristina foi a melhor jogadora do Brasil na semifinal contra os Estados Unidos/Divulgação/Volleyball World

PELA SEGUNDA VEZ CONSECUTIVA, FRANÇA É FINALISTA DAS OLIMPÍADAS

A França é finalista dos Jogos Olímpicos de Paris no voleibol masculino. Será a segunda vez que os franceses disputarão a final olímpica da modalidade no naipe masculino. Anteriormente, a França jogou a final dos Jogos de Tóquio. Para repetir o feito de três anos atrás, jogando com o apoio da torcida, a França eliminou a Itália, em sets diretos, com parciais de 25/20, 25/21, 25/21. A Itália não conseguiu quebrar o passe francês. Para complicar sua situação na partida, a França apresentou um excelente volume de jogo, criando várias chances de contra-ataques, confirmando os pontos. O líbero francês Grebennikov varreu o fundo de quadra. Os ponteiros franceses saíram de quadra com ótimo aproveitamento ofensivo. Juntos, eles marcaram mais de 60% dos pontos da França no ataque. Clevenot foi o maior pontuador do confronto, com 17 pontos. Pela Itália, Romano marcou 10 pontos. Com a vitória, na decisão do ouro em Paris, a França terá pela frente a Polônia, neste sábado, 10 de agosto, 8h da manhã. Já a Itália disputa o bronze contra os Estados Unidos, na sexta-feira, 9 de agosto, às 11h da manhã.

O ponteiro francês Ngapeth chamou a responsabilidade do jogo contra Itália/Divulgação/Volleyball World

APÓS 48 ANOS, POLÔNIA VOLTA A DISPUTAR FINAL OLÍMPICA

A Polônia é finalista dos Jogos Olímpicos de Paris no voleibol masculino. Após 48 anos, volta a disputar o ouro olímpico. Para quebrar o tabu de mais de quatro décadas, a Polônia bateu os Estados Unidos nas semifinais das Olimpíadas de Paris, por 3×2, com parciais de 25/23, 25/27, 14/25, 25/23, 15/13. Principal fundamento da Polônia nos Jogos Olímpicos de Paris, o serviço demorou a encaixar na semifinal contra os Estados Unidos. Após uma terceira parcial ruim, depois de realizar uma troca simples de levantadores na quarta parcial, a Polônia finalmente conseguiu colocar os americanos em dificuldades na recepção. Somente na quarta parcial, foram 3 pontos diretos do serviço polonês, fora as situações em que o passe americano foi quebrado. Na disputa individual, o ponteiro Leon levou a melhor sobre o oposto Anderson, com 26 pontos para o cubano naturalizado polonês contra 24 pontos do americano. A Polônia aguarda o resultado da outra semifinal dos Jogos de Paris entre França e Itália para conhecer o seu adversário na disputa do ouro olímpico. Já os Estados Unidos disputará o bronze contra o perdedor da outra semifinal.

O ponteiro Leon da Polônia teve quase 50% de aproveitamento no ataque na semifinal contra os Estados Unidos/Divulgação/Volleyball World