Com o fim da Liga das Nações 2023, o ranking internacional da FIVB ganhou uma nova seleção líder no feminino, a Turquia. No masculino, a Polônia recuperou a liderança após a conquista da VNL. Desde 2020, o ranking mudou. Cada resultado vale para a composição do ranking, de acordo com o peso das competições e das seleções. Além disso, o ranking será crucial na corrida olímpica para os Jogos de Paris 2024. Quem não conseguir classificação no Pré-Olímpico, dependerá do ranking. Confira abaixo, os dez primeiros colocados do ranking de cada naipe. Lembrando que a Rússia foi retirada do ranking, provisoriamente, devido à guerra na Ucrânia.
MASCULINO
1 🇵🇱 Polônia – 408 pontos
2 🇺🇸 EUA – 375 pontos
3 🇮🇹 Itália – 359 pontos
4 🇧🇷 Brasil – 346 pontos
5 🇯🇵 Japão – 328 pontos
6 🇫🇷 França – 323 pontos
7 🇦🇷 Argentina – 305 pontos
8 🇸🇮 Eslovênia – 285 pontos
9 🇷🇸 Sérvia – 259 pontos
10 🇮🇷 Irã – 241 pontos
FEMININO
1 🇹🇷 Turquia – 366 pontos
2 🇺🇸 EUA – 358 pontos
3 🇮🇹 Itália – 354 pontos
4 🇧🇷 Brasil – 346 pontos
5 🇷🇸 Sérvia – 345.7 pontos
6 🇨🇳 China – 345.2 pontos
7 🇵🇱 Polônia – 315 pontos
8 🇯🇵 Japão – 304 pontos
9 🇩🇴 Rep. Dominicana – 269 pontos
10 🇳🇱 Holanda – 258 pontos
A Turquia assumiu a liderança do ranking internacional, pela primeira vez/Volleyball World/FIVB
Com a conquista polonesa, no naipe masculino, chegou ao fim no último domingo, a Liga das Nações de vôlei 2023. Anteriormente, a Turquia já havia vencido a competição, no naipe feminino. Foram duas conquistas inéditas. Tanto a vitória da Polônia, quanto da Turquia. O Brasil teve o seu pior desempenho na história da competição. Ficou em 5º lugar no feminino e 6º lugar no masculino. O foco das seleções agora será o Pré-Olímpico. Entre as mulheres, no mês de setembro. Entre os homens, no mês de outubro. Antes disso, acontecerão os campeonatos continentais. Confira abaixo, um balanço da Liga das Nações 2023.
SELEÇÃO FEMININA
Com o calendário apertado, nossas seleções tiveram pouco tempo de treinamento para Liga das Nações. E todo mundo na modalidade sabe que, um diferencial do Brasil para outras seleções é a carga de treinamento. O treinamento brasileiro é exaustivo comparado aos outros países. Quem nunca ouvi falar dos treinos de Bernardinho em pleno estacionamento de aeroporto? Isso poderia explicar, por exemplo, a queda no rendimento do bloqueio no naipe feminino. Nesta edição da VNL, nossos números de bloqueio caíram muito. Segundo fontes da imprensa, o treinador de bloqueios da seleção feminina estaria ocupado com a categoria de base. Pode ser que seja isso também, mas a falta de treino também pesa.
Além disso, o Brasil demonstrou certo desequilíbrio emocional, após derrota para os Estados Unidos, em Brasília, na segunda semana da competição. O rendimento das meninas foi para baixo após esse revés. O nível caiu tanto, que a classificação no Pré-Olímpico está ameaçada. Se o Brasil jogar assim no qualificatório, não conseguirá classificação direta para os Jogos de Paris 2024. Ficará dependendo do ranking. Turquia e Japão, adversários do Brasil no Pré-Olímpico, estão um nível acima de nossa seleção, neste momento.
Com a queda no rendimento de nossas jogadoras, Zé Roberto fez várias trocas no time. O Brasil chegou a jogar com 6 opostas diferentes. Aliás, o Brasil está sem uma grande jogadora de definição nessa posição. Tainara entrou bem, seria uma boa opção na posição, mas não tem comparação com opostas de outras seleções como Egonu, Boskovic e Stysiak. Zé Roberto deveria definir logo suas opções para posição. O ideal seria uma jogadora de força, como Tainara, e outra de velocidade, como Kisy.
Outra opção, seria deslocar Ana Cristina da ponta para saída de rede. A jovem ponteira sofreu uma contusão na segunda semana da VNL. Fez muita falta! O Brasil sofreu para colocar a bola no chão, principalmente, nas extremidades. Isso tudo, apesar do retorno de Thaísa. A situação ficou tão crítica, que corretamente, Zé Roberto disputará o Sul-Americano com força máxima. Mas isso é assunto para outro post.
SELEÇÃO MASCULINA
O mesmo problema identificado na seleção feminina, aconteceu entre os homens. Porém, essa é uma questão que vem de vários anos. O Brasil está com um problema crônico no bloqueio. Não estamos conseguindo achar os atacantes dos adversários na rede. Isso está comprometendo o sistema defensivo. Se conseguir resolver esse problema, o Brasil tem tudo para voltar a ganhar os campeonatos. Basta ver, que o único título do Brasil na VNL, em 2021, na bolha de Rimini, teve um desempenho acima da média, nos últimos anos, no bloqueio.
Outra coisa que também precisa mudar é o estilo de jogo do Brasil. Os brasileiros sempre foram referência internacional no ataque. Estamos fugindo de nossas características. Precisamos mudar! Os japoneses atualmente são um ótimo exemplo. Apesar disso, por incrível que pareça, o processo de renovação no masculino está à frente do feminino. O problema todo foi a parcimônia em mexer nas finais. O Brasil precisa mudar as peças mais rápido, quando necessário. Não deu para entender, a entrada de Leal no sufoco, sem ritmo de jogo, nas quartas de final com a Polônia. Faltou planejamento!
OUTRAS SELEÇÕES
Polônia e Turquia foram os grandes campeões da temporada da Ligas das Nações 2023. Mereceram os títulos. A Polônia mostrou ter banco para substituir, conquistando o título em casa, com o apoio da torcida, no naipe masculino. Já a Turquia finalmente começa a colher os investimentos maciços feitos na modalidade. A nota negativa, fica por conta da nebulosa escolha do MVP no naipe masculino, muito questionada nas redes. Assim como, a reclamação dos fãs quanto ao processo de naturalização de jogadores. O grande destaque do título da Turquia, no feminino, foi a cubana naturalizada turca, Vargas. A surpresa, sem dúvida nenhuma, foi o Japão. Voltou ao pódio, no masculino, após 49 anos. Uma grande marca. Que venha o Pré-Olímpico!
A seleção polonesa no pódio da Liga das Nações masculina/Volleyball World/FIVB
A seleção polonesa alcançou a primeira conquista da VNL/Volleyball World/FIVB
A Polônia conquistou a Liga das Nações masculina de vôlei 2023. Foi o primeiro título da Polônia na história da competição. Anteriormente, a Polônia foi vice-campeã da VNL em 2021. Neste ano, jogando com o apoio da torcida, em Gdansk, a Polônia venceu os Estados Unidos na decisão do título. O placar final ficou em 3×1, a favor da Polônia, com parciais de 25/23, 24/26, 25/18, 25/18. O oposto Kaczmarek da Polônia foi o maior pontuador da final, com 25 pontos. Com a conquista, a Polônia consolidou a liderança no ranking internacional. Completou o pódio da VNL 23, em 3º lugar, a seleção do Japão, após bater a Itália, na disputa do bronze, por 3×2.
SELEÇÃO DA LIGA DAS NACÕES MASCULINA 23
O líbero da Polônia, Zatorski/Volleyball World/FIVB
O líbero da Polônia, Zatorski, foi eleito o melhor jogador da Liga das Nações masculina 2023. Ele ainda foi eleito para a seleção da competição. De acordo com a FIVB, é a primeira vez na história que um líbero fica com a premiação de MVP da competição. Porém, anteriormente, na Liga Mundial 2009, o líbero brasileiro Serginho foi eleito melhor jogador. Abaixo, a lista completa com os melhores jogadores de cada posição da VNL 23.
MVP – Zatorski 🇵🇱
Levantador – Christenson 🇺🇸
Oposto – Kaczmarek 🇵🇱
Ponteiro – Sliwka 🇵🇱
Ponteiro – Ishikawa 🇯🇵
Central – Smith 🇺🇸
Central – Kochanowski 🇵🇱
Líbero – Zatorski 🇵🇱
A CAMPANHA DO TÍTULO
Fase regular
3º lugar – 10 vitórias e 2 derrotas
Quartas de final
20/7 Polônia 🇵🇱 3×0 🇧🇷 Brasil
Semifinais
22/7 Polônia 🇵🇱 3×1 🇯🇵 Japão
Final
23/7 Polônia 🇵🇱 3×1 🇺🇸 EUA
O central Kochanowski da Polônia à esquerda, fez parte da seleção da VNL 23/Volleyball World/FIVB
O Japão conquistou uma inédita medalha de bronze na Liga das Nações masculina de vôlei 2023. Jogando contra os italianos, em Gdansk, na Polônia, os japoneses venceram os atuais campeões mundiais, na disputa do bronze. O placar final do confronto ficou em 3×2, a favor do Japão, com parciais de 25/18, 25/23, 17/25, 17/25, 15/9. O serviço ditou o ritmo da disputa do bronze da VNL 23. Nas duas primeiras parciais, o Japão foi melhor no fundamento que a Itália. Para se ter uma ideia, somente o oposto Miyaura do Japão encerrou o jogo, com 7 pontos diretos no serviço. Nas parciais seguintes, os italianos se recuperam no jogo principalmente no bloqueio. Ao todo, os italianos marcaram 13 pontos no fundamento contra apenas 4 dos japoneses. No tie-break, o Japão voltou a sacar melhor, criando várias chances de contra-ataques, fechando o jogo em 3×2. Ishikawa foi o maior pontuador do confronto, com 21 pontos. Pela Itália, Michieletto marcou 16 pontos. Com a conquista, o Japão voltou a subir no pódio em uma competição internacional após 49 anos. Já os italianos seguem sem conseguir subir ao pódio da Liga das Nações.
Os japoneses foram bronze no Campeonato Mundial em 1974/Volleyball World/FIVB
Os Estados Unidos são finalistas da Liga das Nações masculina 2023. Jogando contra os italianos, em Gdansk, na Polônia, os Estados Unidos bateram os atuais campeões mundiais, pelas semifinais da VNL. O placar final do confronto ficou em 3×0, a favor dos Estados Unidos, com parciais de 25/19, 25/18, 25/19. Os Estados Unidos fizeram uma partida taticamente perfeita. O sistema defensivo norte-americano anulou o ataque italiano. O bloqueio foi o fundamento chave. Ao todo, os norte-americanos marcaram 10 pontos de bloqueio na partida contra 5 da Itália. Os italianos não conseguiram jogar. O oposto norte-americano Anderson foi o maior pontuador da semifinal, com 17 pontos. Pela Itália, o ponteiro Michieletto e o central Galassi marcaram 9 pontos cada. Com a vitória, os Estados Unidos estão em sua segunda final de Liga das Nações masculina. Anteriormente, eles foram vice-campeões em 2019. O adversário da final será a Polônia. Já os italianos disputam o bronze com o Japão.
O bloqueio norte-americano em ação durante a fase classificatória/Volleyball World/FIVB
A Polônia venceu o Japão, em partida válida pelas semifinais da Liga das Nações masculina de vôlei 2023. Jogando em casa, em Gdansk, os poloneses saíram atrás no placar, mas derrotaram os japoneses de virada, por 3×1, com parciais 19/25, 28/26, 25/17, 25/21. Na primeira parcial, os japoneses pressionaram os poloneses no serviço. Para se ter uma ideia, eles terminaram o jogo com 8 pontos diretos no fundamento contra 4 da Polônia. O técnico polonês, Nikola Grbic, optou por começar o jogo sem o ponteiro Leon, um dos melhores jogadores do mundo. Perdendo a partida por 1×0, ele colocou o cubano naturalizado polonês em quadra no lugar de Bednorz. O Japão chegou a ter o set point para fazer 2×0 no placar, mas acabou sendo derrotado na segunda parcial. Dali em diante, os japoneses perderam a aplicação tática aos poucos e o jogo ficou mais difícil. O técnico do Japão, Philippe Blain, tentou fazer algumas modificações, mas sua seleção não conseguiu se recuperar. Como dito acima, saindo do banco, Leon da Polônia foi o maior pontuador do confronto, com 23 pontos. Pelo Japão, Ishikawa marcou 22 pontos. Com o resultado, a Polônia está na decisão da VNL pela segunda vez na história. Os poloneses aguardam o vencedor de Itália e Estados Unidos para conhecer o seu adversário na final. Já os japoneses disputam o bronze.
Os poloneses estão em busca do inédito título da Liga das Nações/Volleyball World/FIVB
O Brasil foi eliminado da Liga das Nações masculina 2023 pela Polônia. Jogando no domínio adversário, em Gdansk, pelas quartas de final da competição, os brasileiros foram derrotados pelos poloneses, por 3×0, com parciais 26/24, 25/21, 25/20. Brasileiros e poloneses começaram o jogo forçando o serviço. Foram vários pontos das duas seleções no fundamento, na primeira parcial da partida. Porém, o que fazia diferença era o bloqueio polonês. Para complicar, uma marcação polêmica do desafio decidiu o set, a favor da Polônia. O Brasil saiu do jogo momentaneamente na segunda parcial, mas foi buscar a partida, em uma passagem de Lucão pelo serviço. Mas mais uma vez, o bloqueio polonês fez a diferença. Com 2×0 contra no placar, o técnico do Brasil, Renan Dal Zotto, foi para o tudo ou nada, colocando Leal, sem ritmo de jogo, no lugar de Honorato. Não foi o suficiente, a Polônia fechou o jogo em 3×0. O ponteiro polonês Sliwka foi o maior pontuador do confronto, com 16 pontos. Pelo Brasil, Alan marcou 15 pontos. Com a derrota, o Brasil ficou de fora das semifinais da Liga das Nações masculina pela segunda edição consecutiva. Já a Polônia enfrenta o Japão, nas semifinais da VNL 23, no sábado, 22 de julho, às 12h.
O bloqueio polonês marcou 10 pontos no jogo contra 5 pontos do Brasil/Volleyball World/FIVB
O Japão conquistou uma inédita classificação para semifinais da Liga das Nações masculina 2023. Jogando em Gdansk, na Polônia, contra a Eslovênia, pelas quartas de final da competição, os japoneses derrotaram a seleção europeia, por 3×0, com parciais de 26/24, 25/18, 25/22. Na primeira parcial do jogo, japoneses e eslovenos fizeram um confronto disputado ponto a ponto. A diferença entre as duas seleções ficou por conta do serviço. Os japoneses marcaram 2 pontos diretos no fundamento contra nenhum da Eslovênia. Nas parciais seguintes, a Eslovênia não conseguiu parar os atacantes de extremidades do Japão. O levantador japonês Sekita deitou e rolou com o passe na mão. Para se ter uma ideia, os japoneses terminaram o jogo com 54 pontos no ataque contra apenas 41 da Eslovênia. O ponteiro japonês Ishikawa foi o maior pontuador do confronto, com incríveis 27 pontos, em apenas três sets. Pela Eslovênia, Pajenk e Urnaut fizeram 12 pontos cada. Com a vitória, o Japão aguarda o vencedor de Polônia e Brasil para conhecer o seu adversário nas semifinais. Já os eslovenos estão eliminados da competição.
Os japoneses são a grande supresa da Liga das Nações masculina 2023/Volleyball World/FIVB
A Itália não tomou conhecimento da Argentina, em partida válida pelas quartas de final da Liga das Nações masculina de vôlei 2023. Jogando em Gdansk, na Polônia, os italianos massacraram os argentinos, em sets diretos, com parciais de 25/17, 25/13, 25/14. A Itália não deixou a Argentina respirar, graças ao seu serviço. Foram 5 pontos diretos no fundamento e inúmeras chances de contra-ataques. Sendo mais eficiente nas transições do que os argentinos, a Itália não deixou o adversário ver a cor da bola. Os italianos também bloquearam mais do que a Argentina. Pressionados, os argentinos erraram mais, com 17 pontos cedidos em erros para a Itália contra apenas 12 dos atuais campeões mundiais. Uma marca invejável para o voleibol de alto nível no naipe masculino. O ponteiro italiano Michieletto foi o maior pontuador do confronto, com 15 pontos. Pela Argentina, Loser marcou 10 pontos. Com a classificação conquistada, a Itália enfrenta os Estados Unidos nas semifinais da VNL 23, no sábado, 22 de julho. Já os argentinos estão eliminados da competição.
Os italianos não deram chances para os argentinos/Volleyball World/FIVB
Os Estados Unidos conquistaram vaga nas semifinais da Liga das Nações masculina de vôlei 2023. Jogando contra os franceses, em Gdansk, na Polônia, pelas quartas de final da competição, os Estados Unidos eliminaram os atuais campeões olímpicos. O placar final do confronto ficou em 3×2, a favor dos Estados Unidos, com parciais de 25/21, 25/18, 17/25, 24/26, 15/9. Os Estados Unidos dominaram as duas primeiras parciais do jogo. Com 2×0 contra no placar, o técnico da França, Andrea Giani, trocou seu levantador e oposto. Saíram Toniutti e Boyer, entraram Brizard e Patry. Deu certo. A França empatou a partida. No entanto, mesmo sacando e bloqueando mais, os franceses foram superados no tie-break pelos Estados Unidos, que não contavam com seus ponteiros considerados titulares, devido a problemas físicos. Com a vitória, os Estados Unidos devolveram a derrota para os franceses na final da VNL do ano passado. Os americanos agora aguardaram o vencedor do confronto entre Itália e Argentina para conhecer o seu próximo adversário. Já os franceses estão eliminados da competição.
O bloqueio francês não foi suficiente para vencer os Estados Unidos/Volleyball World/FIVB