O FIM DO JEJUM JAPONÊS

Uma das seleções mais tradicionais do voleibol feminino, o Japão ficou 28 anos sem subir no pódio das Olimpíadas. Bicampeãs olímpicas em 1964 e 1976, as japonesas ficaram de jejum do pódio olímpico de Los Angeles 1984 até Londres 2012. Esse período compreende o momento em que o Japão entrou em um limbo na modalidade. As japonesas sofreram com o aumento padrão da estatura das jogadoras, além da falta de potência ofensiva. Nem mesmo o conhecido sistema defensivo do país conseguiu frear a decadência. O ápice da crise foi a ausência do Japão no voleibol feminino nos Jogos de Sydney em 2000. De lá para cá, o Japão se recuperou após uma reformulação na estrutura da modalidade, além da chegada de algumas jogadoras mais altas, sem perder a sua essência tática. Veja abaixo, um pouco dessa história.

A seleção japonesa feminina postulada após a disputa do bronze em Londres/Divulgação

MANABE

Após os Jogos de Pequim em 2008, o ex-levantador da seleção masculina japonesa, Manabe, assumiu o comando técnico da seleção feminina do Japão. Seu trabalho revolucionou a modalidade no país. Logo de cara, ele conquistou a medalha de bronze no Mundial 2010, jogando em casa. Para se ter uma ideia do alcance do resultado, as japonesas não conquistavam uma medalha em Campeonatos Mundiais desde 1978. Naquela ocasião, as japonesas foram vice-campeãs sendo superadas por Cuba.

EXPECTATIVA OLÍMPICA

O bronze no Mundial em casa fez as japonesas sonharem com um resultado melhor nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Entretanto, a concorrência era pesada. O Japão não figurava entre os favoritos ao pódio em Londres. Porém, a performance nas partidas da Copa do Mundo 2011 e do próprio Mundial 2010 mostraram que as japonesas poderiam surpreender! Quem não se lembra daquela semifinal do Mundial 2010 entre Brasil e Japão? As brasileiras sofreram para ganhar do Japão. Talvez, por esse desempenho, o Japão levou o bronze no Mundial 2010 contra os Estados Unidos.

JOGOS OLÍMPICOS DE LONDRES 2012

Em Londres 2012, o Japão não caiu no grupo da morte, mas teria adversários fortes pela frente como República Dominicana, Itália e Rússia. Além de cumprir seu papel vencendo a República Dominicana, por 3×1, as japonesas foram muito elogiadas nas derrotas para Rússia e Itália, por 3×1. O desafio seria avançar para semifinais. Pela frente, a rival China. Muito bem, corroborando o desempenho na 1ª fase, o Japão foi a única seleção do grupo A dos Jogos de Londres que conseguiu conquistar classificação para semifinais! Eliminou as chinesas no tie-break, em show da levantadora Takeshita e das ponteiras Kimura e Ebata.

DISPUTA DE BRONZE

Apesar do desempenho acima da média, o Japão não foi páreo para o Brasil nas semifinais, sendo eliminado da disputa do ouro, por 3×0. Mas havia a disputa do bronze, contra outra rival do continente, a Coreia do Sul. No histórico de confrontos, a Coreia do Sul levava vantagem sobre o Japão nas últimas décadas. Além disso, contava em seu elenco com a estupenda ponteira Kim. Porém, contrariando mais uma vez os prognósticos, o Japão bateu a Coreia do Sul, por 3×0, ficando com a medalha de bronze nos Jogos de Londres no voleibol feminino. No link abaixo, você acessa a partida que deu fim ao jejum de pódio olímpico do Japão no voleibol feminino.

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