O PROCESSO DE NATURALIZAÇÃO NO VOLEIBOL

Nas últimas semanas, após a conquista da VNL 23 pela Turquia, o processo de naturalização no voleibol foi tema de debates nas redes sociais. Tudo porque, entre as atletas campeãs da Turquia há uma jogadora naturalizada, a cubana Vargas. Mas ela não é qualquer jogadora! Para se ter uma ideia, ela foi eleita MVP da Liga das Nações 2023. Vargas seguiu todos os trâmites da FIVB para poder jogar pela Turquia. Porém, a proliferação do recurso de naturalização, levou ao endurecimento das regras pela FIVB.

Atualmente, para poder vestir a camisa de uma seleção que não seja a sua, é necessário uma quarentena de dois anos sem atuar pela sua federação. A partir de setembro deste ano, as regras irão mudar. Para jogar por outra seleção, que não seja o seus país de nascimento, o atleta deverá morar no país desejado para naturalização por 3 anos, além de nunca ter defendido outra seleção. A medida visa coibir os abusos dos últimos tempos.

Recentemente, Rússia e Itália entraram em uma grande polêmica, arbitrada pela FIVB, em torno da atleta Antropova. Ela nasceu na Islândia, mas era federada pela Rússia. No entanto, desde 2018, ainda menor de idade, Antropova foi inscrita pela FIPAV – Federação Italiana de Vôlei. O caso foi parar na Corte Arbrital do Esporte, com ganho de causa para Antropova. A atleta está liberada para defender a Itália e já faz parte do grupo italiano para o Europeu 2023 e o Pré-Olímpico.

A dimensão do caso Antropova mostra como o tema é espinhoso. Durante anos, foi utilizado como método por seleções com problemas de renovação. Há também o componente político. No caso específico de Cuba, essa era uma alternativa para os atletas da ilha seguirem uma carreira internacional no voleibol de seleções. Até então, ninguém estava reclamando. Mas depois do título da Turquia na Liga das Nações 2023, o tema virou prioridade.

A reclamação até procede. Mas Vargas cumpriu as regras. E no caso do Brasil, temos como exemplo a presença de Leal na seleção masculina. Ou seja, a naturalização só é ruim quando favorece outro país. Para encerrar, é bizarro ler nas redes reclamações dos europeus sobre a presença de Júlia Bergmann na seleção brasileira feminina, com argumentos de que ela não é brasileira. Parece dor de cotovelo!

A cubana naturalizada turca, Vargas, foi o grande destaque individual da VNL 23/Volleyball World/FIVB

Um comentário sobre “O PROCESSO DE NATURALIZAÇÃO NO VOLEIBOL”

  1. Também não acho certo seleção e só país e não misturar se joga bem joga pelo seu país a Turquia só ganhou por causa da cubana quer disser o país não tem ótimas jogadores fica a pergunta o Brasil perdeu pq o leal não jogou bem se tivessem ganho o vnl seria o melhor jogador e os outros ficam onde?

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