DIÁRIO OLÍMPICO – episódio 11

O décimo primeiro dia de competições nos Jogos Olímpicos de Paris definiu os semifinalistas do voleibol feminino. Turquia, Brasil, Estados Unidos, Itália, são as quatro seleções que disputarão medalhas na edição de 2024 das Olimpíadas. Como noticiado mais cedo pelo blog, o Brasil avançou de fase após vencer a República Dominicana. Foi a quarta vitória brasileira em Paris pelo placar de 3×0. Nas semifinais do torneio olímpico de voleibol feminino, o Brasil enfrentará os Estados Unidos, na reedição da última final olímpica. No outro confronto de semifinal, a Itália disputa um lugar na decisão do ouro contra a Turquia. Confira abaixo, o resumo da fase quartas de final do voleibol em Paris entre as mulheres.

EPISÓDIO 11

Abrindo a fase eliminatória do voleibol feminino na Arena Paris Sul, China e Turquia fizeram o jogo mais disputado das quartas de final. As chinesas começaram na frente, colocando a Turquia em dificuldades, com alto aproveitamento no ataque. Na segunda parcial, a Turquia aumentou o seu aproveitamento no fundamento, conseguindo abrir uma boa vantagem no placar. A China foi buscar o prejuízo no marcador, mas a Turquia fechou o set, empatando o jogo em 1×1. Na terceira parcial, o roteiro do set anterior se repetiu, com a Turquia abrindo grande vantagem no placar e a China ensaiando uma reação. Dessa vez, quase deu, com 25/23 para Turquia. Na quarta parcial, quem sobrou no começo foi a China, abrindo grande margem no placar, mas assim como adversárias anteriormente, a Turquia também ensaiou uma reação. No fim, deu China, 25/21. No tie-break, a Turquia fechou o jogo em 15/12, com grande atuação da oposta Vargas. Mesmo sobrecarregada, ela marcou 42 pontos no confronto. A maior performance dos Jogos até o momento. Pela China, Ying Ying Li anotou 25 pontos.

A oposta Vargas em celebração com a central Gunes/Divulgação/Volleyball World

Após a classificação do Brasil para semifinais, Estados Unidos e Polônia se enfrentaram pelas quartas de final dos Jogos de Paris. As duas seleções começaram o confronto com pressão no bloqueio. Ao todo, Estados Unidos e Polônia marcaram 5 pontos diretos no fundamento, mas as atuais campeãs olímpicas venceram a primeira parcial com maior poderio ofensivo. Na segunda parcial, os Estados Unidos abriram grande vantagem graças ao volume de jogo no fundo de quadra. A Polônia teve muitas dificuldades de colocar a bola no chão. Na terceira parcial, quem abriu grande vantagem foi a Polônia, mas em uma reação espetacular, os Estados Unidos fecharam o jogo em 3×0, com parciais de 25/22, 25/14, 25/20.

As americanas defendem o título olímpico/Divulgação/Volleyball World

Fechando a rodada de quartas de final, entraram em quadra a atual campeã da Liga das Nações, Itália, contra a atual bicampeã mundial, Sérvia. Taticamente, a Itália começou melhor, mas foi a Sérvia quem abriu vantagem no placar, com 4 pontos diretos no serviço somente na primeira parcial. O experiente técnico italiano, Júlio Velasco, fez uma inversão de 5×1, com entrada da oposta considerada reserva, Antropova, no lugar de Paola Egonu. Deu certo, com aplicação na defesa, a Itália virou o jogo, fechando a parcial. Dali em diante, a Sérvia ficou vendida na partida, com uma estratégia de distribuição de suas levantadoras que contrariava o estilo de jogo que lhe deu o bicampeonato mundial. No fim, vitória italiana em sets diretos, com parciais de 26/24, 25/20, 25/20. Com o resultado, a Itália devolveu a eliminação para Sérvia nas quartas de final dos Jogos de Tóquio, além de garantir classificação para semifinais olímpicas, pela primeira vez na história do voleibol italiano feminino.

Egonu foi a maior pontuadora das quartas de final, empatada com Boskovic, com 19 pontos/Divulgação/Volleyball World

BRASIL É SEMIFINALISTA OLÍMPICO NOS JOGOS DE PARIS

As brasileiras eliminaram a República Dominicana/Divulgação/Volleyball World

O Brasil é semifinalista olímpico dos Jogos de Paris 2024 no vôlei feminino. Jogando pelas quartas de final da competição, na Arena Paris Sul, as brasileiras eliminaram a República Dominicana, em sets diretos, com parciais de 25/22, 25/13, 25/17. Foi a quarta vitória brasileira por 3×0 no torneio olímpico de vôlei feminino de Paris. As dominicanas começaram o jogo pressionando o Brasil no serviço. As brasileiras logo reagiram com pontos de bloqueio. Na sequencia, para não deixar as dominicanas ditarem o ritmo do jogo, o Brasil devolveu a pressão no serviço na mesma moeda. Surpreendentemente, a seleção caribenha apresentava um bom volume de jogo no fundo de quadra, mas faltava paciência na troca de bolas com o Brasil nas transições. Elas também erravam abaixo da sua média habitual, em uma evolução na competição, enquanto o Brasil cometia erros no serviço. Mais uma vez nas Olimpíadas, principalmente, na segunda parcial, o Brasil não deixou o adversário respirar, com um ferrolho no fundo de quadra. As brasileiras tiveram bom aproveitamento nos contra-ataques, ao contrário das dominicanas. Esse aproveitamento ofensivo do Brasil foi decisivo para o resultado final do jogo.

O bloqueio brasileiro não deixou o ataque dominicano raciocinar/Divulgação/Volleyball World

NÚMEROS

Como dito acima, o Brasil foi pressionado no serviço pelas dominicanas, principalmente na primeira parcial, mas acabou o jogo com mais pontos no fundamento. Ao todo, as brasileiras marcaram 5 pontos diretos no serviço contra 2 da República Dominicana. Para suportar a pressão do serviço dominicano, o Brasil foi mais eficiente no bloqueio, com 10 pontos diretos no fundamento contra 4 das dominicanas. O Brasil levou grande vantagem nas transições, graças ao aproveitamento da ponteira Gabi. Ela terminou o jogo como maior pontuadora, com 20 pontos, em apenas três parciais. O Brasil também errou menos que a República Dominicana. No total, as brasileiras cederam 16 pontos em erros contra 17 da República Dominicana. No fundo de quadra, o destaque foi a líbero Nyeme que teve a sua melhor performance em Paris até o momento.

🇧🇷 BRASIL Roberta (0), Rosamaria (11), Gabi (20), Ana Cristina (14), Thaísa (7), Carol (5), Nyeme (L). Entraram: Macris (0), Tainara (1), Natinha (0), Bergmann (0). Técnico: José Roberto Guimarães

🇩🇴 REP. DOMINICANA Marte (1), Gaila (0), Martínez (9), Pena (12), Árias (2), Jineiry (9), Castillo (L). Entraram: Ariana (0), Tapia (1), Guillen (0), De La Cruz (1), Gonzalez (0). Técnico: Marcos Kwiek

Gabi foi o destaque do Brasil em um jogo nas Olimpíadas de Paris, mais uma vez/Divulgação/Volleyball World

PÓS – JOGO

Após a classificação para semifinais, a líbero Nyeme comentou sobre o jogo em entrevista para Volleyball World. “Estamos muito determinadas a entrar em cada partida com muita atenção e pressionar os adversários porque sabemos que somos muito difíceis de vencer quando estamos aplicadas. Hoje, penso que todos nós fizemos exatamente o que deveríamos fazer no bloqueio e na defesa e, como sacamos bem, isso tornou as coisas mais fáceis. Temos duas finais pela frente e continuaremos a enfrenta-las com essa mentalidade”.

A líbero brasileira Nyeme, em destaque/Divulgação/Volleyball World

DIÁRIO OLÍMPICO – episódio 10

O décimo dia de competições em Paris definiu os semifinalistas do voleibol masculino nos Jogos Olímpicos 2024. Polônia, Itália, França, Estados Unidos, são as quatro seleções que disputarão medalhas nesta edição das Olimpíadas. Como noticiado anteriormente pelo blog, o Brasil foi eliminado pelos Estados Unidos. Depois de 24 anos, ficou de fora da fase semifinal dos Jogos Olímpicos. Também teve a pior colocação final na competição desde 1972. O Brasil ficou em 8º lugar geral em Paris. Nas semifinais do torneio olímpico de voleibol masculino, os confrontos serão entre: Itália x França, Polônia x Estados Unidos. Confira abaixo, o resumo da fase quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris.

EPISÓDIO 10

Abrindo a fase eliminatória do voleibol masculino, Polônia e Eslovênia se enfrentaram na Arena Paris Sul. Os poloneses minaram o ataque da Eslovênia com muito volume de jogo no fundo de quadra. Para se ter uma ideia, o oposto Stern da Eslovênia, um dos maiores pontuadores dos Jogos até então, teve muitas dificuldades de rodar seus ataques contra a Polônia. Perdendo por 1×0, o levantador da Eslovênia, Ropret, adotou outra estratégia de distribuição. Deu certo. Em parcial disputada ponto a ponto, do começo ao fim, a Eslovênia venceu na margem mínima. Na terceira parcial, o serviço polonês massacrou a linha de passe da Eslovênia com 6 pontos diretos. A Eslovênia chegou a jogar com quatro passadores, mesmo assim, não conseguiu estabilizar a recepção. Na quarta parcial, a Polônia manteve o ritmo de jogo, ditando ações da partida, sem dar muitas chances de reação para Eslovênia. No fim, vitória polonesa por 3×1, com parciais de 25/20, 24/26, 25/19, 25/20. Com o resultado, a Polônia volta a disputar uma semifinal olímpica depois de 44 anos.

O ponteiro cubano naturalizado polonês, Leon, foi o maior pontuador das quartas de final contra Eslovênia, com 20 pontos/Divulgação/Volleyball World

No segundo jogo do dia válido pelas quartas de final, Japão e Itália fizeram o confronto mais disputado desta fase. Errando muito pouco, aplicado taticamente no fundo de quadra, o Japão surpreendeu a Itália, abrindo 1×0 no placar. Na segunda parcial, começaram as viradas no duelo. A Itália abriu 5 pontos de vantagem no placar, mas os japoneses foram buscar. Para espanto geral, o Japão fez 2×0 em um dos principais favoritos ao ouro olímpico. Na terceira parcial, outra virada! O Japão teve três match points, mas não conseguiu fechar o jogo em 3×0. Na quarta parcial, o bloqueio italiano que já vinha muito bem, foi determinante para o empate da partida em 2×2, com 5 pontos diretos no fundamento. No tie-break, a disputa foi ponto a ponto, mas na margem mínima, deu Itália, com parciais de 20/25, 23/25, 27/25, 26/24, 17/15. Mesmo com a eliminação, além de muito bem marcado, o ponteiro Ishikawa foi o maior pontuador do jogo, com 32 pontos. Pela Itália, Michieletto marcou 24 pontos.

O bloqueio italiano contribuiu com 15 pontos na vitória contra o Japão/Divulgação/Volleyball World

Na preliminar do jogo do Brasil, os anfitriões franceses jogaram com a Alemanha, na terceira partida das quartas de final dos Jogos de Paris no voleibol masculino. Em mais uma virada épica nesta fase, a França reverteu uma desvantagem no placar de 2×0, assim como a Itália. O jogo teve um alto número de erros. Juntas, Alemanha e França cederam 64 pontos em erros. Um número elevado para o voleibol em alto nível, principalmente, em se tratando de fase decisiva de Jogos Olímpicos. Sobre o jogo, os alemães começaram melhor em praticamente todos os fundamentos, mas aos poucos a França foi superando o adversário, até conseguir virar o jogo. No fim, liderada por Ngapeth, a França venceu a Alemanha, no clássico europeu, por 3×2, com parciais de 18/25, 26/28, 25/20, 25/21, 15/13. Mesmo com a derrota, o oposto alemão Grozer foi o maior pontuador do confronto, com 22 pontos. Pela França, Ngapeth marcou 21 pontos.

A torcida francesa fez a festa na Arena Paris Sul/Divulgação/Volleyball World

BRASIL É ELIMINADO PELOS ESTADOS UNIDOS

O Brasil está fora da semifinal olímpica dos Jogos de Paris 2024/Divulgação/Volleyball World

O Brasil foi eliminado do torneio olímpico de voleibol masculino dos Jogos de Paris 2024. O algoz foi a seleção dos Estados Unidos. Jogando pelas quartas de final na Arena Paris Sul, os brasileiros foram derrotados pelos americanos, por 3×1, com parciais de 26/24, 28/30, 25/19, 25/19. Estados Unidos e Brasil fizeram uma partida equilibrada nos números das quartas de final à primeira vista. Entretanto, dentro de quadra, foi indiscutível a superioridade ofensiva americana. Ao todo, os Estados Unidos marcaram 66 pontos de ataque contra 56 do Brasil. A distribuição do levantador americano, Christenson, foi decisiva. Para se ter uma ideia, o oposto americano, Anderson, fechou o jogo com 54% de eficiência no ataque.

Pelo Brasil, até a entrada do oposto Alan na partida, os atacantes de extremidades tiveram aproveitamento abaixo de 30%. Nos demais fundamentos que pontuam, Brasil e Estados Unidos tiveram desempenho praticamente igual. Com 8 pontos de bloqueio para os Estados Unidos contra 7 do Brasil, além de 4 pontos diretos no serviço dos americanos contra 3 pontos dos brasileiros. Como dito acima, o oposto americano Anderson foi o destaque individual do confronto, com 20 pontos. Pelo Brasil, Alan marcou 16 pontos. Com a eliminação, o Brasil ficou de fora da semifinal olímpica pela primeira vez em 24 anos. A última vez que o Brasil não disputou essa fase foi nos Jogos de Sydney em 2000.

O oposto americano Anderson foi o principal atacante dos Estados Unidos nas quartas de final/Divulgação/Volleyball World

O JOGO

O Brasil começou o jogo melhor do que Estados Unidos, mas o número alto de erros, comprometeu o resultado, dando confiança para os americanos na disputa. Mesmo forçando o jogo e também cometendo erros, os Estados Unidos foram buscar uma boa diferença contra no placar, a favor do Brasil, conseguindo fechar a parcial em 26/24. No segundo set, mais confiantes, os americanos abriram larga vantagem no marcador. Dessa vez, foi o Brasil quem correu atrás do prejuízo, após substituições realizadas por Bernardinho, com as entradas de Adriano e Alan no jogo. O Brasil fechou o set, após uma grande virada, em 30/28.

Na terceira parcial, as duas seleções apresentaram instabilidade, com erros infantis, no começo do set. Novamente, os Estados Unidos abriram boa vantagem no placar, mas diferentemente da parcial anterior, o Brasil não conseguiu correr atrás do prejuízo. Administrando o jogo na virada de bola, os americanos fecharam o set, em 25/19. Na quarta parcial, Estados Unidos e Brasil caíram de rendimento no serviço. As duas seleções aumentaram a eficiência no ataque, porém a boa distribuição do levantador americano, Christenson, fez a diferença para os Estados Unidos na virada de bola.

🇧🇷 BRASIL Bruninho (1), Darlan (5), Lucarelli (15), Leal (5), Lucão (7), Flávio (11), Thales (L). Entraram: Cachopa (0), Alan (16), Adriano (6), Bergmann (0). Técnico: Bernardinho

🇺🇸 EUA Christenson (4), Anderson (20), Russell (11), De Falco (16), Holt (13), Averill (9), Shoji (L). Entraram: Jaeschke (5). Técnico: John Speraw

O levantador americano, Christenson/Divulgação/Volleyball World

PÓS – JOGO

Após a eliminação, o central Flavio falou sobre o jogo, em entrevista para o SPORTV. “Cabeça a mil agora, difícil fazer uma análise fria do jogo, depois de uma derrota assim. Uma pena aquele primeiro set, tínhamos aberto uma vantagem de quatro, cinco pontos, muito erros bobos que no alto nível não pode acontecer. Acabamos perdendo o set. Mas nós acreditamos, nós buscamos, tanto aquele set que estávamos atrás, conseguimos recuperar, fazer uma partida muito boa, de alto nível, de igual para igual, contra a grande equipe dos Estados Unidos. E depois, o passe deles começou a ficar muito bom, nosso saque caiu um pouco a eficiência, o saque deles entrou mais. Jogar contra uma equipe com passe A, com passe na mão, fica mais difícil de bloquear, de defender, fomos nós perdendo aos poucos nisso, eles começaram a jogar mais soltos e infelizmente veio esse resultado”.

O central Flavio em ação de ataque no jogo com os americanos/Divulgação/Volleyball World

DIÁRIO OLÍMPICO – episódio 9

Em seu nono dia de competições, os Jogos Olímpicos de Paris 2024 encerraram a fase de grupos no voleibol feminino. Com uma vitória por 3×0 sobre a Polônia, como noticiado anteriormente pelo blog, o Brasil terminou em primeiro lugar geral do ranking de classificação. Além do Brasil, Itália, Estados Unidos e China também venceram na rodada de domingo, 4 de agosto. Com os resultados, foram definidos os confrontos de quartas de final do torneio olímpico de voleibol feminino: Brasil x República Dominicana, Itália x Sérvia, China x Turquia, Polônia x Estados Unidos. Confira abaixo o resumo do nono dia de competições em Paris.

EPISÓDIO 9

A rodada na Arena Paris Sul começou com o confronto pela liderança do grupo C, entre Itália e Turquia. Em grande atuação, a Itália não tomou conhecimento da Turquia. As italianas massacraram a atual campeã europeia, em sets diretos, com parciais de 25/14, 25/16, 25/21. O ataque italiano não deu qualquer chance para Turquia. Para se ter uma ideia, a Itália atingiu um aproveitamento altíssimo no fundamento durante a partida, enquanto as ponteiras turcas saíram do jogo praticamente zeradas na pontuação ofensiva na primeira parcial. Na sequência do jogo, o destaque da Itália foi relação saque-bloqueio-defesa, que não deixou a oposta turca Vargas jogar. Ela saiu de quadra com apenas 25% de aproveitamento ofensivo. Já a maior pontuadora do jogo, com 20 pontos, a oposta italiana, Egonu, teve quase 40% de aproveitamento no ataque. Com a vitória, a Itália terminou a fase de grupos em segundo lugar geral na fase classificatória, além de ficar na liderança do grupo C.

As italianas não perderam de ninguém na fase de grupos dos Jogos de Paris/Divulgação/Volleyball World

Na sequência da rodada em Paris, França e Estados Unidos jogaram pelo grupo A dos Jogos Olímpicos. Virtualmente classificado, os Estados Unidos precisava vencer o jogo, para confirmar vaga nas quartas de final e tentar a liderança do grupo A. Já a França não queria sair dos Jogos Olímpicos em casa, sem vencer uma parcial sequer. Errando mais que as francesas, os Estados Unidos tomaram um sufoco das anfitriãs nas duas primeiras parciais. As americanas chegaram a ter uma vantagem considerável no placar, mas permitiram a reação das donas da casa. O serviço americano fez a diferença na partida, com 5 pontos diretos no fundamento contra 2 da França. O bloqueio também contribuiu com o dobro de pontos diretos em relação à França, após um começo ruim no confronto. No fim, vitória dos Estados Unidos, por 3×0, com parciais de 29/27, 29/27, 25/20. A oposta americana Drews foi a maior da partida, com 15 pontos. Pela França, a ponteira Bah marcou 14 pontos.

A França encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos, sem ganhar nenhum set/Divulgação/Volleyball World

Fechando a fase classificatória no grupo A dos Jogos de Paris no voleibol feminino, China e Sérvia entraram em quadra, disputando a liderança da chave. Uma derrota para ambos os lados, dependendo do placar, poderia jogar uma das duas seleções para um confronto contra o vice-líder do ranking geral da fase classificatória, a Itália. Foi o que aconteceu! Muito dependente da oposta Boskovic, a Sérvia sofreu no ataque pelas pontas. Mais uma vez na competição, o técnico da Sérvia fez trocas incessantes na posição e também nas levantadoras. Não deu certo. A Sérvia sofreu a segunda derrota em Paris, dessa vez, por 3×1, para China, com parciais de 21/25, 25/20, 25/22, 29/27. A levantadora chinesa Diao deu um show de estratégia na distribuição ofensiva. Enquanto a China contou com a participação de todas as suas atacantes na soma do resultado final do fundamento, a Sérvia teve concentrado em Boskovic mais de 50% dos pontos de ataque no confronto. Com 39 pontos, Boskovic foi a maior pontuadora do jogo, mesmo assim, foi insuficiente para vencer. Pela China, Ying Ying Li marcou 28 pontos.

O bloqueio chinês anulou as ponteiras da Sérvia/Divulgação/Volleyball World

BRASIL TERMINA FASE DE GRUPOS EM PRIMEIRO LUGAR GERAL EM PARIS

O Brasil ficou na liderança do grupo B dos Jogos de Paris, além do 1º lugar geral do ranking da fase classificatória/Divulgação/Volleyball World

O Brasil ficou em primeiro lugar geral na fase de grupos do torneio olímpico de voleibol feminino nos Jogos de Paris 2024. A seleção brasileira feminina venceu os três jogos da fase classificatória do grupo B. As brasileiras não perderam nenhuma parcial sequer na competição até o momento. Na rodada de hoje, encerrando a fase de grupos em Paris, o Brasil ganhou da Polônia, por 3×0, com parciais de 25/21, 38/36, 25/14. Para vencer as polonesas, na reedição da disputa do bronze da Liga das Nações 2024, o Brasil armou um ferrolho no fundo de quadra. As brasileiras não deixaram a Polônia respirar, com grande volume de jogo, até a parte final da segunda parcial. Neste momento, o Brasil teve 4 chances de abrir 2×0 no placar, mas a Polônia empatou o segundo set em 24/24, graças ao desempenho do seu bloqueio. A parcial ficou dramática, sendo decidida apenas no décimo primeiro set point do Brasil, com 38/36. Na terceira parcial, o Brasil retomou o controle do jogo, com eficiência no serviço, fechando o confronto em 3×0. Com o triunfo, o Brasil superou a Itália no ranking geral da fase classificatória, com 9 pontos, atingindo a melhor campanha de Paris na 1ª fase entre os dois naipes. Nas quartas de final das Olimpíadas de Paris, o Brasil terá pela frente a República Dominicana, oitava colocada geral da fase de grupos.

O bloqueio polonês colocou o Brasil em dificuldades na segunda parcial/Divulgação/Volleyball World

NÚMEROS

Como dito acima, o bloqueio polonês equilibrou o jogo com o Brasil, com 13 pontos diretos. O Brasil não foi tão mal no fundamento, mas somente a partir da terceira parcial, o bloqueio foi mais efetivo, graças a eficiência no serviço. O Brasil fechou o jogo com 6 pontos diretos de saque contra 2 da Polônia. A ponteira brasileira Gabi foi a bola de segurança da levantadora Roberta, com quase 50% de aproveitamento ofensivo. Ela ainda foi a maior pontuadora do confronto, com 21 pontos. Pela Polônia, muito bem marcada pelo Brasil, a oposta polonesa Stysiak marcou 13 pontos.

🇧🇷BRASIL Roberta (0), Rosamaria (18), Gabi (21), Ana Cristina (10), Thaísa (10), Carol (10), Nyeme (L). Entraram: Natinha (0), Macris (0), Tainara (1), Bergmann (1). Técnico: José Roberto Guimarães

🇵🇱POLÔNIA Wolosz (0), Stysiak (13), Lukasik (8), Medrzyk (8), Korneluk (11), Jurczyk (4), Szczyglowska (L). Entraram: Wenerska (0), Smarzek (1), Czyrnianska (11), Alagierska (1). Técnico: Stefano Lavarini

Gabi foi mais uma vez, o destaque individual do Brasil nas Olimpíadas de Paris/Divulgação/Volleyball World

PÓS – JOGO

Ao final da jogo, a central Carol falou sobre o jogo, em entrevista para o SPORTV. “Acho que o nosso time vem nessa pegada de que temos de jogar com essa energia. Então, nós temos em quadra várias jogadoras que ajudam a puxar muito essa energia. Somos um time muito vibrante. Mas claro, que o time está muito compenetrado, bem focado naquilo que precisamos fazer, estudando bastante os adversários. Claro que tinha o Japão, tinha a Polônia, tínhamos material para estudar, mas a partir de agora é uma nova competição. A Dominicana vem aí, vindo de uma vitória super importante contra Holanda, então sabemos que devemos estar bem preparadas, porque, qualquer deslize, qualquer detalhe, pode ser fatal”.

A central brasileira, Carol, em momento de vibração/Divulgação/Volleyball World

DIÁRIO OLÍMPICO – episódio 8

O oitavo dia de competições em Paris no torneio olímpico de voleibol foi marcado por eliminações, despedidas e confirmação da liderança da Itália na classificação geral do naipe masculino. Como noticiado anteriormente pelo blog, os italianos ganharam da Polônia por 3×1, garantindo a melhor campanha da fase de grupos. Também foram definidos os confrontos de quartas de final entre os homens. Sétimo colocado geral, o Brasil enfrenta os Estados Unidos, segunda melhor campanha da 1ª fase. Entre as mulheres, a República Dominicana desbancou Holanda e Japão, ficando com uma das últimas vagas para quartas de final, como uma das melhores terceiras colocadas. A outra vaga entre os melhores terceiros deve ficar com Sérvia e Estados Unidos, dependendo dos resultados da última rodada da fase classificatória. Confira abaixo, um resumo do oitavo dia de competições em Paris.

EPISÓDIO 8

Iniciando a rodada na Arena Paris Sul, no sábado, 3 de agosto, Holanda e República Dominicana entraram em quadra, pelo grupo C do torneio olímpico de voleibol feminino. As duas seleções brigavam diretamente pela classificação para quartas de final. Apenas vitórias por 3×0 ou 3×1 interessavam os dois países. Em jogo tenso, o serviço foi determinante para o resultado final do confronto. Apesar do empate no fundamento entre as duas seleções, ao final do jogo, com 5 pontos diretos para cada lado, pelo lado dominicano o serviço foi mais incisivo. A ponteira da República Dominicana, Pena, foi a grande responsável pela classificação da sua seleção para quartas de final. Ela contribuiu com 28 pontos para vitória dominicana, de virada, por 3×1, com parciais de 22/25, 25/21, 25/17, 28/26. Após a eliminação da Holanda, a ponteira Anne Buijs, que jogou no Brasil, anunciou aposentadoria de sua seleção.

A ponteira holandesa, Anne Buijs/Divulgação/Volleyball World

Logo após o jogo decisivo entre Holanda e República Dominicana, o Japão entrou em quadra contra Quênia, pelo grupo B do torneio olímpico feminino, grupo do Brasil. Precisando vencer para manter chances de classificação para quartas de final, o Japão cumpriu o seu papel, mas permitiu que o Quênia fizesse mais de 20 pontos, pela primeira vez nos Jogos de Paris 2024. Dada fragilidade adversária, apesar do bom rendimento queniano na segunda parcial, o técnico japonês, Manabe, aproveitou para rodar seu elenco. No fim, vitória japonesa em sets diretos, com parciais de 25/17, 25/22, 25/12. Com o resultado, o Japão mantém chances de classificação para próxima fase, mas só uma hecatombe pode salvar a tradicional seleção asiática. Para avançar de fase, o Japão precisa torcer por uma derrota dos Estados Unidos para França, por 3×0. Convenhamos, só um milagre! Ao final do jogo, a ponteira japonesa Koga anunciou aposentadoria precoce das quadras.

A ponteira japonesa, Sarina Koga/Divulgação/Volleyball World

Fechando o dia de jogos em Paris, pelo torneio masculino de voleibol, Canadá e Sérvia se despediram das Olimpíadas, em partida pelo grupo A. Cumprindo tabela, as duas seleções queriam encerrar sua participação nos Jogos de Paris com vitória, graças ao espírito olímpico. O Canadá começou melhor, abrindo 2×0 no placar, com 25/16, 25/22. A Sérvia empatou o jogo, com 26/24, 25/19. No tie-break, após estar na frente durante a parcial, o Canadá tomou a virada final da Sérvia, com 18/16. Mesmo com a derrota, o ponteiro canadense Maar foi o maior pontuador do confronto, com 28 pontos. Pela Sérvia, o oposto Atanasijevic marcou 19 pontos.

O oposto Atanasijevic e o ponteiro Ivovic da Sérvia também se despediram de sua seleção, após vitória contra o Canadá/Divulgação/Volleyball World

ITÁLIA FICA EM PRIMEIRO LUGAR GERAL DA FASE DE GRUPOS EM PARIS

A Itália ficou em primeiro lugar geral na fase de grupos do torneio olímpico de voleibol masculino dos Jogos de Paris 2024. Os italianos venceram os três jogos da fase classificatória do grupo B, um deles, na estreia em Paris, contra o Brasil. Na rodada de hoje, a Itália passou pela Polônia, por 3×1, com parciais de 25/15, 25/18, 24/26, 25/20. Com o resultado, superou Eslovênia e Estados Unidos no ranking geral da fase classificatória, com 9 pontos, atingindo a melhor campanha de Paris na 1ª fase. Nas quartas de final, os italianos terão pela frente os japoneses, atuais vice-campeões da Liga das Nações. Para vencer os poloneses, na reedição da final do Mundial 2022, a Itália imprimiu um ritmo forte no serviço, principalmente nas duas primeiras parciais. Consequentemente, bloqueou mais do que os poloneses, com 9 pontos diretos no fundamento, somente nas duas primeiras parciais. No jogo, foram 13 pontos de bloqueio dos italianos. Na terceira parcial, a Polônia reagiu, mas a Itália conseguiu fechar o jogo em 3×1. Em mais uma boa atuação nos Jogos Olímpicos, o oposto italiano Romano foi o maior pontuador do confronto, com 20 pontos. Pela Polônia, Kurek marcou 14 pontos.

O bloqueio italiano em ação contra a Polônia/Divulgação/Volleyball World