Teve fim a temporada da Superliga 23/24, em sua trigésima edição. Sesi/Bauru no naipe masculino e Minas no naipe feminino foram os grandes campeões da temporada. O time de Belo Horizonte recuperou o título da competição feminina, após perder o campeonato para o Praia na temporada passada. Já no masculino, o Sesi/Bauru quebrou um jejum de 13 anos ao vencer a Superliga Masculina 23/24. Foi o primeiro título do Sesi na competição, defendendo a cidade de Bauru, o segundo na história da Superliga.
CONSAGRAÇÃO
Depois de ajudar o Brasil na classificação olímpica, o oposto Darlan alcançou a consagração na temporada Superliga Masculina 23/24. Com mais de 600 pontos e atuações espetaculares nos playoffs, Darlan foi o grande líder da conquista do Sesi/Bauru. Difícil não imaginar o que ele pode fazer em Paris nas mãos de Bernardinho. Bola de segurança do Sesi na temporada, Darlan tem tudo para ser a principal estrela olímpica do Brasil em Paris.

TEMPORADA EQUILIBRADA
Além da atuação decisiva de Darlan, a trigésima edição da Superliga Masculina também ganhou outro presente. Sem sombra de dúvida, foi uma das temporadas mais equilibradas da história. Para se ter uma ideia, pela primeira vez, todos os playoffs das quartas de final precisaram do jogo 3 para conhecer os semifinalistas da competição. O leitor pode pensar que o equilíbrio foi por baixo, mas não! Foram jogos emocionantes, em alto nível, com direito a eliminação do supercampeão Cruzeiro.
FIM DA HEGEMONIA
Falando nisso, com a eliminação de Cruzeiro, Minas e Araguari nas quartas de final, o estado de Minas Gerais perdeu uma hegemonia na competição que durava mais 20 anos. Pela primeira vez desde a temporada 2002/2003, uma equipe do estado não alcançava a fase semifinal. Sinal de que talvez, mudanças precisam ser feitas.
INVASÃO ESTRANGEIRA
Sobre mudanças, pelo menos em sua trigésima edição, a Superliga Feminina sofreu uma invasão estrangeira. Com o aumento no limite de contratação de estrangeiros na competição, de dois atletas para três, a competição teve um acréscimo de jogadores de fora, principalmente, na versão feminina. Entre os destaques, a ponteira do Fluminense, Uzelac, a ponteira do Praia, Kuznetsova, a levantadora do Flamengo, Brie King, e a ponteira do Minas, Pena.
CARÊNCIA
O aumento no intercâmbio sempre é bom para a Superliga, mas após o fim da temporada, ficou claro a carência de jogadores em algumas posições. No masculino, com excesso de opostos cubanos. No feminino, na carência de ponteiras brasileiras nos grandes times. Para se ter uma ideia, ao final da competição feminina, a seleção do campeonato era formada apenas por estrangeiras na posição de ponteira.
FINAL EM JOGO ÚNICO
Para encerrar, desde a temporada passada, a Superliga voltou a ser decidida em jogo único. Tudo para atender demandas da televisão e também melhorar o desempenho de nossas seleções em jogos decisivos. Afinal, a disputa da medalha de ouro em Mundiais ou Jogos Olímpicos é feita em jogo único. No entanto, ao escolher as sedes, a CBV poderia caprichar mais! Deixar os torcedores das equipes finalistas longe da decisão, não me parece uma boa ideia. Nas redes sociais, a reclamação foi geral. Fica a dica para próxima edição da competição.

