OS DESTAQUES DA PRIMEIRA SEMANA DA LIGA DAS NAÇÕES FEMININA

Terminada a primeira semana de competições da Liga das Nações Feminina. Holanda e Turquia lideram a tabela de classificação, com três vitórias, em três jogos. A holandesas levam vantagem na pontuação, com 9 pontos, por terem conquistado suas três vitórias, sem necessidade de tie-break. Já a Turquia, necessitou do set desempate para bater os Estados Unidos, por isso, perdeu pontos. Vale destacar ainda que, tanto Holanda, quanto Turquia, conseguiram derrotar russas e americanas, respectivamente, como visitantes, dentro de seus domínios.

No entanto, é bom ressaltar, que as comissões técnicas, devido ao calendário apertado, o fim da temporada de clubes e o planejamento para o Campeonato Mundial de 2018, utilizaram nesse começo da Liga das Nações, times “alternativos” ou pouparam jogadoras por motivos diversos. Porém, isso não apaga o brilho de Holanda e Turquia. Assim como as demais seleções, holandesas e turcas atuaram com times mistos ou tiveram desfalques.

PLANEJAMENTO

Quem não deve ter gostado disso é a FIVB. Ao lançar a sua nova competição anual, era esperado por todos, que as seleções apresentassem o que de melhor possuem. Com o intuito de atrair público, a FIVB lançou a Liga das Nações e ficou presa ao calendário. Talvez, fosse necessário uma intervenção mais dura. Anos atrás, regras mais rígidas obrigavam as seleções a repetir 80% dos inscritos das seleções dos torneios anteriores. Isso tornava proibitivo o uso das competições para testes.

Além disso, infelizmente, a mudança na forma de premiação individual dos torneios da FIVB tornou a análise estatística restrita às seleções. Antes, era possível acessar os dados comparativos no próprio site das competições. Com a nova política de prêmios, a FIVB, em sua página na internet, disponibiliza apenas dados frios dos jogos, mas não agrupados em conjunto, em formato de ranking. Por exemplo, é difícil encontrar disponíveis estatísticas sobre fundamentos que não pontuam. Para piorar, agora, as “match reports” são exclusivas. Isso sem contar, os erros bizarros. Dessa forma, é impossível ter uma visão ampla do andamento das disputas.

PRÓXIMOS JOGOS

Na segunda semana, a Liga das Nações concentra os seus jogos no continente asiático. No Japão, a líder Holanda enfrenta os Estados Unidos, Bélgica e as donas da casa. Na Coréia do Sul enfrentam-se Itália, Rússia, Alemanha e coreanas. Na China, as campeãs olímpicas recebem em seu território Polônia, Sérvia e Tailândia. Todos essas seleções jogam entre si, em suas respectivas sedes.

O Brasil joga com a Turquia, a partir das 11h, em Ankara, cidade turca. A Turquia está invicta no torneio. Na sequência, a seleção brasileira feminina enfrenta a Argentina, na quarta-feira, dia 23, a partir das 8h da manhã e encerra sua participação na segunda semana da Liga das Nações, contra a República Dominicana, na quinta, dia 24, também ás 8h, hora de Brasília.

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O ALCANCE EM AUDIÊNCIA DOS JOGOS DO BRASIL

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A seleção brasileira feminina de vôlei iniciou na semana passada a sua participação na Liga das Nações. Os jogos foram disputados no Brasil, em Barueri, São Paulo, nos dias 15, 16 e 17 de maio contra Alemanha, Japão e Sérvia, respectivamente. Todos eles com transmissão da TV aberta pela TV Globo e também no cabo, com o canal SPORTV. Os horários das partidas foram ingratos, 3 da tarde, mas apesar disso, a recepção foi altamente positiva. Segundo dados do KANTAR IBOPE MEDIA, na Grande SP*, os jogos do Brasil atingiram cerca de 10,5 pontos de média por partida. O jogo de maior audiência foi contra o Japão. Marcou média de 11,4 pontos. O de menor alcance, era o mais interessante do ponto de vista da competição. Brasil versus Sérvia teve 10,4 pontos de média.

Com a transmissão da Liga das Nações, a TV Globo manteve a audiência média do horário, em que exibe a “Sessão da Tarde”, mas atingiu outro tipo de público, mais diversificado e impulsionou a sua programação. Há semanas com índices abaixo da média, o “Vale a Pena Ver de Novo” conquistou mais audiência do que dois meses atrás. Somado os índices do SPORTV, ainda não divulgados, o ibope dos jogos da seleção feminina foi ainda maior.

Ao contrário do que muitos alardeiam, o voleibol é um produto atraente para a televisão. Mesmo não estando em época de Jogos Olímpicos, é capaz de alcançar um público mais diverso do que o habituado a assistir a programação linear das TVs. A julgar por esses números, pelo menos nessa primeira semana, os objetivos da FIVB em ampliar o interesse pelas suas competições, foram atingidos com êxito no Brasil.

*Cada ponto no KANTAR IBOPE representa 71,9 mil domicílios na Grande SP.

 

O FIM DO PROGRAMA RODA DE VÔLEI

Imagem de programas para o Guia de Programacao

O canal de TV por assinatura Bandsports encerrou na última quarta-feira, 16 de maio, a produção do programa “Roda de Vôlei”. O programa ficou quase dez anos no ar e era o único na televisão brasileira dedicado exclusivamente ao vôlei. A produção vinha sofrendo alterações desde a virada do ano, com a saída da apresentadora Kalinka Shutel, que trocou a emissora para ser repórter da TV Globo, e também na mudança no dia de sua exibição.

O canal de esportes do Grupo Bandeirantes já havia deixado de transmitir o Campeonato Italiano e a Champions League, na versão feminina. Anos atrás, o alvo foi o Campeonato Europeu de seleções das duas categorias. Todos eles passaram a ser transmitidos pela ESPN ocasionalmente. Resta saber, se ainda haverá espaço na programação do Bandsports para a Superliga Masculina Italiana.

A julgar pela reação nas redes sociais, entre os fãs de vôlei, a decisão parece precipitada, mesmo que seja para corte de custos. O vôlei, segundo esporte na preferência nacional, carece de cobertura na mídia. Ao menos no início da implementação da TV por assinatura no Brasil, os esportes olímpicos eram tratados com mais respeito pelos canais esportivos, que dedicavam programas exclusivos aos mesmos.

BRASIL SUPERA SÉRVIA

 

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Divulgação FIVB

O Brasil encerrou sua participação na primeira semana de Liga das Nações, com vitória sobre a Sérvia, por 3×1, com parciais de 23/25, 25/22, 25/14, 25/21. A seleção brasileira quebrou a invencibilidade das sérvias, que ainda não haviam perdido sequer um set na competição. As brasileiras ocupam a 6ª colocação na classificação geral e estariam hoje na fase final, graças a posição da China, que recebe as finais. Os cinco primeiros passam de fase. Na próxima semana, o Brasil embarca para a Europa onde enfrenta na Turquia, na cidade de Ankara, nos dias 22, 23 e 24 de maio, às turcas, a Argentina e a República Dominicana, respectivamente.

RESUMO
Apostando em uma estratégia de saque agressivo, as seleções de Brasil e Sérvia encontraram dificuldades para rodar a rede com suas principais atacantes. Duas das melhores jogadoras da Sérvia saíram durante o jogo para dar lugar as reservas. Tandara enfrentou uma forte marcação de bloqueio. A oposta teve baixo aproveitamento. Sua eficiência ficou em menos de 30%. Jogando com inteligência, Roberta desafogou a rede com a central Bia e Amanda ficou livre para se destacar explorando o bloqueio da Sérvia. O Brasil ainda teve uma performance superior a Sérvia nesse fundamento. Foram 21 pontos contra 18.

O JOGO
José Roberto Guimarães manteve a formação que saiu vitoriosa no jogo contra o Japão. A Sérvia substituiu a central Veljkovic por Popovic. A partida começou com um ace de Roberta, dando a tônica do jogo. A oposta Tandara estava extremamente marcada, desde o início. A principal atacante Sérvia, Boskovic, só foi acionada, pouco antes da primeira parada técnica. Um ataque dela atingiu 96 km/h. Um ace de Stevanovic colocou a Sérvia na frente do placar 11×8. O Brasil pediu tempo. As brasileiras voltaram mais concentradas e passaram a frente do marcador. Foi a vez do técnico sérvio parar o jogo. A partida voltou a ficar parelha. Tandara apareceu para o jogo, com um ataque de 106 km/h. Depois de um pedido de desafio, a Sérvia abriu uma margem mínima de diferença, 21×19. O Brasil inverteu 5×1. Monique desencalhou a rede e voltou ao banco de reservas. A Sérvia mantinha a frente, mas usando inteligência, Tandara e Amanda exploraram o bloqueio sérvio e empataram para o Brasil, 22×22. O time brasileiro não conseguiu manter a eficiência no ataque. Tandara atacou uma bola para fora e outra foi amortecida, propiciando o ponto de contra-ataque sérvio, que finalizou o set, 25×23.

O Brasil começou o 2º set com Drussyla no lugar de Gabi. O Brasil se aproveitou da desconcentração Sérvia para abrir 5×2 no placar. A Sérvia retomou o jogo fugindo do bloqueio brasileiro com duas largadas, uma de Boskovic, outra de Mihajlovic. Tandara não conseguia passar uma bola lisa do bloqueio e Amanda era eficiente explorando a mão de fora das sérvias. Uma sequência de erros de saques das duas seleções demonstrava como as estratégias dos times estavam alinhadas. O Brasil iria para a segunda parada técnica com vantagem de dois pontos, 16×14. No retorno, as brasileiras abriram vantagem, com um ponto de bloqueio, 18×15. A Sérvia pediu tempo. Na sequência, conseguiu empatar. Amanda voltou a se destacar com um ponto de bloqueio em Boskovic e outro de ataque, 21×18. O Brasil administrou a vantagem até o fim do set e fechou a parcial em erro de saque sérvio, 25/22.

O técnico sérvio fez uma aposta arriscada e sacou Mihajlovic do jogo para colocar em seu lugar a jovem Milenkovic. A substituição parecia dar resultado. A Sérvia começava o set com 3×1 no placar. O Brasil foi buscar e Tandara fez o seu segundo ace na partida. A Sérvia devolveu na mesma moeda, 5×3. Numa sequência de dois erros de ataque o Brasil passou à frente. Foi o suficiente para saída de Blagojevic para entrada de Busa. Sem a referência de Mihajlovic no ataque, a levantadora sérvia enchia Boskovic de bolas. O Brasil tinha o controle do jogo nas mãos. O técnico sérvio inverteu a rede. O time parecia desistir do jogo. O Brasil abriu 5 pontos de diferença. A Sérvia estava perdida em quadra. O Brasil tinha 10 pontos na frente do placar, 22×12. A Sérvia tinha dificuldade na virada de bola e estava totalmente fora do set. Em um ataque para fora, o Brasil fechou em 25/14.

O Brasil manteve o ritmo de jogo do set anterior. Drussyla se destacava no fundo de quadra e as atacantes brasileiras confirmavam os contra-ataques. A oposta Bjelica substituta de Boskovic, colocava a Sérvia no páreo novamente. Uma defesa excepcional de Drussyla ganhava a torcida em Barueri. O Brasil sacramentou este ponto, no contra-ataque de Amanda, 10×6. O bloqueio sérvio finalmente encontrava o tempo de bola do ataque de Amanda. José Roberto parou o jogo. Em seguida, a reação sérvia foi obstruída por um erro de saque. Tandara levou o Brasil ao 14º ponto, em seu terceiro ponto de saque na partida. O bloqueio brasileiro intimidava o ataque sérvio. A performance brasileira na defesa propiciava vários contra-ataques, 22×17. A Sérvia pediu tempo e voltou melhor. Brasil parou em jogo. Amanda confirmou o ponto na virada de bola, 23×20. Monique entrou para sacar. A Sérvia salvou um match point. Amanda fechou o jogo, em um ataque pela entrada de rede, 25×21.

BRASIL
Roberta, Tandara, Gabi, Amanda, Bia, Adenízia e Suelen. Entraram: Macris, Monique, Drussyla, Rosamaria.

SÉRVIA
Antoniejvic, Boskovic, Mihajlovic, Blagojevic, Stevanovic, Mina Popovic, Silvija Popovic. Entraram: Mirkovic, Bjelica, Busa, Milenkovic.

OUTROS RESULTADOS

Em Barueri, Brasil
Japão 3×1 Alemanha

Em Ningbo, China
Bélgica 3×2 República Dominicana
China 0x3 Coréia do Sul

Em Ekaterinburg, Rússia
Tailândia 3×0 Argentina
Rússia 0x3 Holanda

Em Lincoln, Estados Unidos
Turquia 3×0 Polônia
Estados Unidos 3×0 Itália

BRASIL VENCE JAPÃO DE VIRADA

A seleção brasileira feminina de vôlei conquistou seu primeiro triunfo na Ligas das Nações contra o Japão. A vitória por 3×1, aconteceu de virada, com parciais de 22/25, 25/18, 25/23, 25/11. A oposta Tandara foi a maior pontuadora da partida com 25 pontos. Nesta quinta-feira, o Brasil enfrenta a atual vice-campeã olímpica, Sérvia, a partir das 15h, em Barueri, com transmissão do SPORTV e TV Globo. A seleção europeia está invicta, lidera a competição ao lado da China, e ainda não cedeu sets aos adversários.

RESUMO
Ao contrário do jogo anterior, o Brasil demonstrou um sistema defensivo efetivo. A relação saque-bloqueio-defesa foi crucial nos momentos decisivos. A seleção japonesa e a sua tradicional resistência na defesa não foi capaz de neutralizar a oposta Tandara. O bloqueio brasileiro se impôs. Foram 20 pontos no total.

O JOGO
O Brasil entrou em quadra com uma formação diferente do jogo contra a Alemanha. A central Carol deu lugar a Adenízia e Amanda foi titular na ponta. A partida se iniciou com uma disputa de rally. Com paciência, o Brasil dominava o Japão, porém não conseguiria sustentar a vantagem. Conhecido pela excelência na defesa, o Japão amortecia bolas no bloqueio, quando não pontuava. Foram três ao todo. Algo raro. O Brasil tentou parar o jogo e fazer a inversão na rede, mas não tinha jeito. Após um ataque de Tandara para fora, o Japão fechou o set em 25×22.

No 2º set, Gabi foi poupada pelo segundo jogo consecutivo. Drussyla entrou em seu lugar. Ela começou marcando um ponto de saque. O Japão cometia erros em sequência. O sistema defensivo brasileiro subia de produção substancialmente e parava o ataque japonês. Um ataque de Tandara atingiu 104 km/h. O Brasil administrava a vantagem aferida no começo do set. A ponteira Koga era destaque do Japão, mas não era páreo para Tandara. O Brasil fechou a parcial em 25×18.

O Japão trocou a sua formação titular com a entrada da experiente central Shimamura, no começo do 3º set. Um rally, vencido pelo Japão, em um ataque de Koga, durou 35 segundos, o mais longo da partida. A seleção japonesa mantinha uma frente no placar 7×4. Numa passagem no saque de Tandara, o Brasil se recuperou no set. O Japão pediu tempo. O jogo seguiu parelho até o vigésimo primeiro ponto, quando o Brasil abriu uma vantagem de 3 pontos. A equipe brasileira encaminhava para fechar a parcial, mas o Japão não se rendeu  e salvou dois set points. Em seguida, Roberta em uma distribuição surpreendente, levantou para Adenízia fechar o set em 25×23.

O Brasil começou o 4º set imprimindo o seu ritmo. O Japão cometia erros em excesso, fora do seu padrão de jogo. A seleção brasileira subia incontáveis bolas na defesa e intimidava as japonesas. A pressão era grande e o Brasil tinha quase dez pontos na frente. A técnica japonesa pediu dois tempos, quase em sequência. Nada dava certo para o Japão. O jogo ainda foi paralisado em 5 minutos devido a um erro da mesa. O Brasil manteve a concentração, para fechar o jogo, 25×11.

BRASIL
Roberta, Tandara, Gabi, Amanda, Adenízia, Bia, Suelen. Entraram: Macris, Monique, Drussyla e Jaqueline.

JAPÃO
Tashiro, Koga, Ishii, Okumura, Kanami e Aika. Entraram: Tominaga, Shimamura, Horikawa, Takahashi.

OUTROS RESULTADOS

Em Barueri, Brasil
Sérvia 3×0 Alemanha

Em Ningbo, China
China 3×0 Bélgica
Coréia do Sul 3×2 República Dominicana

Em Ekaterinburg, Rússia
Holanda 3×1 Argentina
Rússia 3×1 Tailândia

Em Lincoln, Estados Unidos
Estados Unidos 2×3 Turquia
Polônia 3×2 Itália

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Gaspar Nóbrega/CBV

BRASIL PERDE PARA ALEMANHA

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Divulgação FIVB

A seleção brasileira feminina de vôlei estreou com derrota para a Alemanha, na Liga das Nações. A vitória alemã por 3×1, foi de virada, com parciais de 15/25, 25/22, 25/18, 25/20. O Brasil não perdia para Alemanha, desde 2002, há quase 16 anos, quando disputou o bronze do Grand Prix e saiu derrotado. A ponteira Brinker foi a maior pontuadora da Alemanha com 20 pontos. Pelo Brasil, Tandara marcou 16. O próximo jogo da seleção brasileira é contra o Japão, amanhã, às 15h, com transmissão do SPORTV e TV Globo. Em seguida, no mesmo ginásio, a Alemanha enfrenta a Sérvia.

RESUMO

O Brasil começou melhor a partida, mas não conseguiu manter o seu ritmo de saque. A Alemanha foi superior neste fundamento e o sistema defensivo brasileiro não funcionou. O técnico José Roberto foi infeliz em suas substituições.

O JOGO

O jogo começou com bastante erros de ambos os lados. O Brasil entrou em quadra com a formação titular composta pelo time base do SESC/RJ, campeão da Superliga retrasada. Numa passagem de saque da levantadora Roberta, a equipe brasileira abriu vantagem. O técnico alemão inverteu o 5×1, mas não foi o suficiente para diminuir a agressividade do saque brasileiro. Aproveitando os contra-ataques e o excesso de erros das alemãs, o Brasil fechou o 1º set em 25×15.

No segundo set, a ponteira Gabi foi poupada, e em seu lugar, entrou Amanda. A Alemanha voltou melhor com o aumento do aproveitamento, de sua principal atacante, a oposta Lippmann. O Brasil consseguiu parelhar com as alemãs em contra-ataques de Drussyla. Numa sequência de saques da central Gründing, o time alemão abriu vantagem. O Brasil conseguiu igualar, após seu sistema defensivo ser efetivo. O empate persistiu. Em uma nova passagem da central Gründing, a Alemanha voltou a ficar na frente. O Brasil inverteu o 5×1 e conquistou a dianteira do placar, pela primeira vez no set. Após um pedido de desafio, a Alemanha voltou a ficar na frente. Em seguida, abriu vantagem em contra-ataque e José Roberto parou o jogo. O Brasil desfez a inversão do 5×1 e as alemãs fecharam o 2º set, em 25/22, em uma bola china, atacada pela central Schölzel.

O Brasil começou o 3º set com erros. A Alemanha sacava melhor. O time brasileiro cometeu uma falha na rotação. Na sequência, a equipe alemã abriu vantagem. José Roberto pediu tempo. Em seguida, a Alemanha abriu seis pontos. O Brasil inverteu o 5×1 e conseguiu diminuir a diferença. O placar marcava 21×18 para as alemãs e o técnico Koslowski parou o jogo. Após o pedido de tempo, a Alemanha confirmou a virada de bola, para posteriormente, colocar a levantadora reserva Kästner para sacar. Numa boa sequência de serviços, ela conseguiu um ace e a Alemanha saiu vitoriosa no 3º set, após um ponto bloqueio de Lippmann, 25/18.

A Alemanha começou na frente no 4º set. Drussyla saiu e deu lugar a Rosamaria. O Brasil conseguiu o empate numa passagem de Carol pelo saque. Os dois times trocavam bolas e o placar marcava 9×9. Em dois erros de recepção brasileira, a Alemanha abriu vantagem de três pontos. As alemãs administravam a vantagem, para na frente conquistar mais dois de frente. José Roberto, mais uma vez, pedia tempo. O Brasil diminuiu a vantagem. As atacantes das duas seleções eram decisivas. Pelo lado brasileiro, um ataque de Tandara alcançava 100km/h. Já a Alemanha, distribuia melhor o seu jogo. Com o passe na mão, a levantadora Hanke escolhia a ponteira Brinker, nos momentos de desafogo, liberando a oposta Lippmann. O placar marcava 22×17. Drussyla entrou novamente e errou o saque. O Brasil salvava um match point, mas Lippmann fechou o jogo para Alemanha, em um ataque pela linha de três, na saída de rede, 25×20.

BRASIL
Roberta (3 pts), Tandara (16 pts), Gabi (2pts), Drussyla (14pts), Carol (8pts), Bia (13pts) e Suelen (0 pt). Entraram: Macris (0pt), Monique (1pt), Amanda (6pts), Rosamaria(1pt).

ALEMANHA
Hanke (0pt), Lippmann (18pts), Brinker (20pts), Geerties (8pts), Gründing (11pts), Schölzel (8pts), Düur(0pt). Entraram: Kästner (1pt), Drewniok (1pt), Poll (0pt).

OUTROS RESULTADOS

Em Barueri, Sp, Brasil
Sérvia 3×0 Japão 25×18 25×17 25×22

Em Ekaterinburg, Rússia
Holanda 3×0 Tailândia 25×20 26×24 25×13
Russia 3×1 Argentina 20×25 25×13 25×13 25×22

Em Ningbo, China
Bélgica 3×0 Coréia do Sul 25×18 25×22 25×21
China 3×0 República Dominicana 25×17 25×15 25×11

Em Lincoln, nos Estados Unidos
Turquia 3×0 Itália 25×21 25×21 25×20
Estados Unidos 3×1 Polônia 28×26 25×22 22×25 25×15

 

 

 

 

 

 

 

 

OS ADVERSÁRIOS DO BRASIL NA LIGA DAS NAÇÕES

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A seleção brasileira feminina de vôlei estreia amanhã na Liga das Nações, contra a equipe da Alemanha, a partir das 15h, em Barueri. O time do Brasil está repleto de novidades em relação ao último ciclo olímpico. A aposta de renovação que colheu frutos em 2017, com o título do Grand Prix e do Sul-americano, deve ser mantida. O técnico José Roberto Guimarães ainda terá o retorno de algumas peças chaves como: Dani Lins e Thaísa. Para o jogo de amanhã, ele não deverá contar com Dani Lins e ter a ausência de Natália Zilio, que se recupera de contusão. A expectativa é saber qual será o time base escalado pelo técnico brasileiro.

Conheça um pouco dos adversários do Brasil na semana 1 da Liga das Nações.

ALEMANHA
Sem conquistar uma vaga para os Jogos Olímpicos desde 2004, o time europeu promoveu uma completa renovação em sua seleção. O principal objetivo é conseguir a vaga para as Olimpíadas de Tóquio. Comandadas pelo ex-jogador de vôlei Felix Koslowski, o time conta com a experiência da ponteira Maren Brinker e um dos destaques da jovem equipe é a oposta Lippmann e a líbero Duur.

JAPÃO
Sede dos próximos Jogos Olímpicos e do Campeonato Mundial, o Japão fez uma ousada troca técnica para este ciclo. Saiu do comando da equipe, o experiente ex-jogador Manabe, um dos responsáveis pela histórica medalha de bronze nos Jogos de Londres 2012, e em seu lugar entrou, a primeira mulher a dirigir a seleção japonesa, a ex-levantadora Kumi Nakada. A base da equipe foi mantida com a mescla da chegada de novas jogadoras.

SÉRVIA
Atual vice-campeã olímpica, a Sérvia disputa a Liga das Nações com a força máxima. A equipe esteve perto de chegar as finais do Grand Prix por algumas vezes. Os destaques do time continuam sendo duas das melhores atacantes do mundo, Boskovic e Mihajlovic. Com a saída da experiente levantadora Maja Ognjenovic, o desafio do técnico Zoran Terzic é encontrar uma substituta que tenha entrosamento e precisão para colocar em jogo, as poderosas atacantes sérvias.

 

 

 

A CONVOCAÇÃO DE RENAN DAL ZOTTO

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DIVULGAÇÃO FIVB

Passado o fim da Superliga, Renan Dal Zotto, técnico da seleção brasileira de vôlei, finalizou o anúncio de convocados para as competições que o Brasil disputa em 2018. Todos eles dos times finalistas da temporada 2017/2018, Sada/Cruzeiro e Sesi/Sp. Foram chamados: o levantador William, o central Lucão, o oposto Alan, os ponteiros Douglas Souza e Lipe e o líbero Murilo, do Sesi/Sp, e o oposto Evandro, o central Isac e o ponteiro Rodriguinho, do Sada/Cruzeiro. Eles se juntam aos atletas já convocados, que treinam no Centro de Treinamento da CBV, em Saquarema, há pouco mais de duas semanas. São eles: os levantadores Bruninho e Thiaguinho, os opostos Wallace e Renan, os centrais Maurício Souza, Otávio e Éder, os ponteiros Maurício Borges e Lucas Lóh e o líbero Thales. Destaca-se na lista, a ausência do ponta Lucarelli, que se recupera de uma contusão e tem previsão de retorno para o Campeonato Mundial, em setembro, na Itália e Bulgária.

Controvérsias
Após o anúncio final da lista de convocados, o líbero Murilo, recém adaptado a posição, foi alvo de polêmicas acerca da sua convocação para a seleção brasileira. Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, o líbero Serginho, do Cruzeiro, um dos maiores vencedores da Superliga, questionou os critérios adotados pelo técnico Renan para convocar o jogador. Segundo ele, o seu desempenho em quadra, como líbero, é superior ao de Murilo. Ele ainda ressaltou que existem outros jogadores da posição, no Brasil, superiores ao Murilo, eleito melhor jogador do mundo em 2010 e 2012, na função de ponteiro.

A LIGA DAS NAÇÕES

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A Federação Internacional de Vôlei inicia na semana que vem a sua mais nova competição anual, a Liga das Nações. A estreia acontece na categoria feminina e nas semanas seguintes do mês de maio, também na masculina. A expectativa da FIVB é transformar suas ligas anuais, no caso, a antiga Liga Mundial e o Grand Prix, em um produto mais atraente para o grande público. Para alcançar êxito na mudança, segundo fontes da imprensa, os dirigentes da federação contam com a colaboração de especialistas ligados às grandes ligas esportivas americanas.

Essa não é a primeira vez que ocorrem modificações no formato das ligas de seleções de vôlei. Assim que assumiu seu mandato na federação internacional, o brasileiro Ary Graça, provocou uma reorganização das ligas, criando divisões entre as seleções, com acesso e descenso, atendendo a uma demanda das federações nacionais.

FORMATO
A nova reformulação das ligas foi cercada de polêmicas. Primeiro foi ventilado, sem confirmação, que a FIVB resolveu mudar a Liga Mundial devido ao rebaixamento da seleção italiana em 2017, na Liga Mundial. Depois, foi a vez das seleções que ascenderam em suas divisões em 2017, questionar os critérios de classificação adotados pela Liga das Nações.

De acordo com o regulamento da Liga das Nações, tanto no masculino como no feminino, foram divididos, na mesma disputa, dois grupos distintos de seleções, as obrigatórias e as desafiantes. Dessa forma, apenas as seleções desafiantes correm o risco de não disputar as próximas edições da competição. Nesse caso, a Eslovénia, campeã do grupo de acesso em 2017, ficou de fora.

Os questionamentos acerca das Liga das Nações não se atentam apenas ao formato e aos critérios de classificação. Com o calendário apertado, a competição terá partidas durante a semana, em horários proibitivos, para citar apenas o caso do Brasil, o que diminuem as chances de sucesso.

Para explicar tal controvérsia, a FIVB diz atender aos seus patrocinadores. A intenção, segundo eles, é fugir da coincidência de datas com a Copa do Mundo de futebol. Para compensar, as fases finais irão acontecer na China, país onde o vôlei é altamente popular, no feminino, e em Lille, na França, no masculino, em um estádio de futebol, repetindo a bem sucedida experiência da fase final da Liga Mundial 2017, em Curitiba.