Com a conquista do título da Superliga Masculina pelo Taubaté, foi encerrada a temporada 2020/2021 da competição. Uma das mais difíceis dos últimos tempos, dadas as circunstâncias da pandemia do coronavírus. Não foi fácil para ninguém! Além das arquibancadas vazias, devido ao problema sanitário, as finais do torneio foram realizadas na “bolha” de Saquarema. Para completar o quadro, ainda não faltaram percalços financeiros, de diferentes ordens, de acordo com a realidade de cada equipe.
A regra da disputa foi o bate-cabeça entre os dirigentes dos clubes e a CBV durante a competição. Cada um querendo demonstrar seu poder de influência e barganha, tudo isso, em meio a uma reeleição polêmica do atual mandatário da instituição máxima do vôlei no Brasil. Obviamente, sem resolução para a controvérsia, a questão foi parar nos tribunais. Ao que parece, cada um entende o novo artigo da Lei Pelé, sobre sucessão nas confederações, de acordo com seus interesses.
Para se ter uma ideia da confusão, lembram da quadra amarela? Então, foi assim que começou a temporada. Para agradar aos patrocinadores, a CBV surpreendeu o distinto público com a novidade. Claro, a gritaria nas redes foi geral. As reclamações não foram apenas por questões estéticas, para quem não lembra, houve risco potencial a saúde dos atletas. No entanto, fazendo o exercício de advogado do diabo, por que os torcedores acham bonito e agradável a quadra cor de rosa da Liga Italiana feminina de Vôlei, e reagem de forma agressiva com a mesma ideia em sua terra natal?
Deixando a política de lado, falando daquilo que interessa, essa temporada foi a da consagração da central Thaísa do Minas. Campeã da Superliga, MVP da competição, craque da galera, central da seleção da competição. Ufa! Pena mesmo, foi o anúncio feito por ela, logo após a final, em que comunicou a aposentadoria da seleção. Fará muita falta! Falando em despedida, não poderia deixar de citar, a saída do técnico argentino Marcelo Mendez do Cruzeiro. Mesmo após uma eliminação inesperada, para o Itapetininga, seu legado no voleibol brasileiro é insuperável. Mas, isso é assunto para outro post.
Sobre as surpresas da temporada, na versão masculina, o renascimento do Minas e o reconhecimento do trabalho realizado pelo Vôlei Um, em Itapetininga, foram os destaques do torneio. Entre as decepções, nada superou o começo turbulento da parceria de Bernardinho com o Flamengo, na versão feminina da Superliga. Além de problemas burocráticos extra-quadra, o time enfrentou lesões, baixas por COVID, e o afastamento da ponteira Drussyla por depressão. Nos playoffs, o rubro-negro até ensaiou uma reação, mas já era tarde. Faltou consistência. Quem sabe na próxima temporada?