Prometida pela CBV, para a temporada vigente da Superliga, a tecnologia do desafio continua causando polêmica entre os fãs do voleibol no Brasil. Durante temporadas, a CBV justificou a falta do desafio na sua principal competição, por questões financeiras. Isso ainda é um problema para implantação total do desafio na Superliga, mas ao que parece a situação se complicou nesses últimos tempos.
Em temporada passadas, a CBV permitiu o privilégio do desafio para quem pudesse pagar. Logo, as equipes mineiras, com patrocínio forte, tinham acesso à tecnologia, em detrimento de outros times da competição. Agora, na temporada 2022/2023, a situação mudou. A CBV estabeleceu por critérios de isonomia esportiva, que o desafio seria disponibilizado em jogos escolhidos por ela durante a 1ª fase e nos playoffs.
Deu-se a polêmica! O problema do desafio no Brasil continuou sendo financeiro. Antes da atual temporada iniciar, a CBV propôs ao clubes dividir os custos da operação do desafio com as equipes. Evidentemente, os clubes não quiseram arcar com os custos. Aparentemente, um dos motivos é que a aquisição da tecnologia pela CBV foi realizada através de leis de incentivo ao esporte.
Nas redes sociais, os fãs pressionam por uma solução. Eles e a mídia especializada alegam acertadamente, uma desvalorização do produto “Superliga” sem a tecnologia do desafio. Mesmo após a aquisição da tecnologia, nada justifica a inércia da CBV durante anos.
Se o problema era financeiro, por que a CBV não cogitou parcerias com institutos brasileiros de tecnologia, como por exemplo, o ITA, de São José dos Campos, para diminuir a dependência externa? Se os clubes não conseguirem arcar com os custos de manutenção, como o problema será solucionado? Por fim, está claro que para a CBV, vale a máxima: o vôlei do Brasil é um sucesso, o vôlei no Brasil é um atraso.
