A INVASÃO ESTRANGEIRA NA SUPERLIGA FEMININA

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Há duas rodadas para o fim da fase classificatória, a 25ª edição da Superliga Feminina apresenta como uma das suas características, a forte presença de jogadoras estrangeiras. E elas não vieram apenas para fazer figuração! Entre os destaques individuais da competição, no topo das estatísticas, estão alguns dos principais reforços internacionais dos clubes para a temporada 2018/2019.

Encabeça a lista de maiores pontuadoras do torneio, a oposta polonesa Skowronska, do Hinode/Barueri, com 399 pontos. Para se ter uma ideia de seu desempenho, a 2ª colocada em número de pontos, aparece com quase 100 pontos a menos. Na média por set, a vantagem permanece com a jogadora polonesa com 5,62 pontos por set, contra 4,58 da oposta americana Hooker, do Osasco/Audax, que possui uma quantidade de jogos inferior à polonesa.

Outra oposta americana da Superliga, Nicole Fawcett do Praia Clube, é a 3ª maior pontuadora da Superliga e 4ª colocada na média de pontos por set, com 4,26. Fawcett também aparece em 4º lugar em pontos diretos de saque. Ao todo, até este momento da competição, são 25 pontos no serviço.

Além das americanas do Praia Clube e do Osasco, e também da polonesa do Barueri, outra estrangeira também oposta aparece entre as primeiras colocadas na pontuação. A italiana Valentina Diouf, reforço do Sesi/Bauru, anotou até agora, 263 pontos. Tal performance, até a 9º rodada do returno, posiciona a jogadora de 2,02m de altura, em 5º lugar geral.

Com um número recorde de estrangeiras na história da Superliga, 16 no total, outros nomes disputam o torneio em alto nível. É o caso da velha conhecida do vôlei brasileiro, a cubana Herrera do Pinheiros, também uma das maiores pontuadoras da competição.

Já no meio de rede, as únicas atletas de fora do país, são da Argentina. Uma delas é a central Mimi Sosa. Mesmo com baixa estatura para a posição, ela é um dos destaques de sua equipe, o Brasília. A outra é central do Curitiba, Lazcano, de 1,90m. Outras três jogadoras estrangeiras, com boas performances, são as ponteiras de Osasco, Bauru e Rio. A peruana Leyva, a cubana Palácio e a dominicana Peña, respectivamente.

Dois nomes de relevância no cenário internacional, presentes na Superliga, ainda não realizam uma competição dentro das expectativas. No caso, a americana Lloyd do Praia Clube e a russa Tatiana Kosheleva do Sesc/Rio.

Uma das duas levantadoras estrangeiras da competição, Lloyd demorou para ajustar seu jogo com as atacantes de sua equipe. Já Kosheleva, mesmo com eficiência no ataque, sofre com uma deficiência crônica no passe. Com as contusões de seu time, sua evolução nas mãos de Bernardinho ficou prejudicada. Nada impede um desempenho superior das duas jogadoras na fase decisiva da Superliga.

Fato é que, nunca um número tão grande de estrangeiras estiveram com destaque na Superliga. Não é difícil de imaginar o papel decisivo de cada uma delas na fase final. Resta saber, qual delas será a maior protagonista nas finais. É bom lembrar que, o líder da competição é o Minas. E pela primeira vez em anos, o time não conta com um reforço estrangeiro dentro de quadra. Será bom observar qual investimento terá o melhor retorno. A prata da casa ou os reforços internacionais?

O JOGO DA RODADA – No returno, Barueri bate Sesc/Rio novamente

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No duelo de técnicos campeões olímpicos, pela temporada 2018/2019 da Superliga Feminina, em jogo válido pela 7ª rodada do returno, melhor para José Roberto Guimarães. O time dirigido pelo tricampeão olímpico derrotou o Sesc/Rio, comandado por Bernardinho, bicampeão olímpico, pela segunda vez consecutiva na competição. O placar final da partida foi 3×1, com parciais de 25/23, 18/25, 25/17, 29/27, favorável ao Hinode/Barueri. A oposta polonesa Skowronska foi a maior pontuadora do confronto. Ela anotou 30 pontos.

Com o resultado, o Barueri se aproximou na tabela de classificação da 3ª posição, com 35 pontos, 12 vitórias e 6 derrotas, contra 37 pontos, 13 vitórias e 5 derrotas, do Sesc/Rio. Na próxima rodada, o Barueri folga, em virtude da participação do Praia Clube no Sulamericano. Já o Sesc/Rio disputa o clássico contra Osasco, em Osasco, na sexta-feira, 22 de fevereiro, a partir de 21h30, com transmissão do SPORTV 2.

RESUMO
Sesc e Barueri iniciaram o jogo em alto nível. Com muito volume de jogo de ambos os lados, faltava às duas equipes confirmar os pontos em contra-ataque. Aos poucos, a estratégia de saque das duas equipes deu a tônica da partida. Com a posse de bola no serviço, a agressividade no fundamento era o diferencial do jogo, para os dois times. Explorando a instabilidade da linha de passe adversária, o jogo era igual no placar, 1×1, com leve vantagem para o time de Bernardinho.

Modificações realizadas por José Roberto Guimarães mudaram o panorama da partida. A confiança mudou de lado. O Sesc conseguiu se recuperar no jogo com eficiência no bloqueio. Dois erros cruciais da arbitragem prejudicaram o andamento do confronto, para os dois lados. No momento decisivo, disputas intensas de rally definiram o duelo. Ao final, vitória do Barueri.

SESC/RIO Roberta (8), Monique (7), Juciely (14), Bia (13), Kosheleva (21), Peña (6), Gabirú (0). Entraram: Drussyla (5), Kasiely (0), Vitória (0), Carol Leite (0). Técnico: Bernardinho

HINODE/BARUERI Dani Lins (2), Skowronska (30), Thaísa (10), Milka (4), Amanda (8), Maira (8), Natinha (0). Entraram: Jackie (0), Tainara (1), Juma (0), Vivian (4), Elina (9). Técnico: José Roberto Guimarães

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O time do Sesc/Rio derrotado em casa pelo Barueri/Divulgação CBV

ALL STAR GAME

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A Superliga de voleibol comemora na temporada 2018/2019 seu 25º aniversário. Repleta de homenagens, a maior liga nacional do esporte no país, recebeu como presente, uma presença recorde de atletas estrangeiros. Apenas no naipe feminino, são 16 jogadoras oriundas de outros países. A versão masculina do torneio também não fica atrás. Entre os nomes internacionais da competição, estão destaques do vôlei mundial como: o ponta americano Sander e o central francês Le Roux.

Dito isso, na semana de realização do All Star Game da NBA, uma das maiores ligas esportivas profissionais do mundo, é de lamentar-se a ausência de tal evento na Superliga. Em uma edição comemorativa, era de esperar-se algo de caráter especial. Talvez o calendário inchado explique a situação. No entanto, não é fácil compreender a inabilidade da CBV para organizar o evento no Brasil, em uma temporada tão especial, quando todos os elementos apresentam-se em conjunção para a sua realização.

Até mesmo antes, em temporadas anteriores, não havia motivos para tamanho descaso. A principal competição do voleibol no Brasil já teve o seu All Star Game, há mais de vinte anos, em seu início. Pode-se argumentar a capacidade de alcance do evento, ou ainda, o seu formato. Porém, existem inúmeras maneiras de explorar a sua realização, com estratégias de marketing eficientes e variações, em virtude da ausência de estrangeiros. Nada justifica a incapacidade da Superliga de vôlei em promover o seu All Star Game no Brasil.

O 1º TURNO DA SUPERLIGA FEMININA

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Foi encerrado na última terça-feira, 15 de janeiro, o 1º turno da Superliga Feminina. Em jogo atrasado da 6ª rodada, o Barueri quebrou a invencibilidade do Minas, jogando em casa, com uma vitória no tie-break. Com o resultado, o Minas perdeu a chance de assumir a liderança da competição. Com 30 pontos, 10 vitórias em 11 jogos, o Praia, atual campeão da Superliga, terminou o turno em 1º lugar.

Apesar de ficar em 2º lugar geral no turno, o Minas venceu o confronto direto, contra o seu maior adversário, até o momento, o Praia Clube. No retorno do recesso, a equipe dirigida pelo italiano Lavarini derrotou o time de Uberlândia, por 3×2, fora de casa.

A campanha do Minas na competição é idêntica a do Praia. São 10 vitórias, em 11 jogos. A diferença entre as duas equipes está nos pontos. Com 29 pontos, o Minas cedeu mais parciais nas vitórias do que o Praia.

A derrota do Minas para o Barueri é a prova cabal do equilíbrio da Superliga 2018/2019. Sem sombra de dúvidas, está é a temporada mais competitiva da história do torneio. Mesmo com um leve favoritismo para as equipes mineiras, não dá para apontar qual será o desfecho da competição. O título está em aberto.

Um dos indicadores dessa constatação é a campanha irregular, dos outrora hegemônicos, Rio e Osasco. Os dois times estão fora do top 4. Sesc/Rio é 5º colocado, com 19 pontos. Osasco é 6º, com um ponto a menos, 18.

Pode ser, que até os playoffs, as duas equipes consigam se ajustar. O Rio ainda não conta com Drussyla. A levantadora osasquense Claudinha está jogando no sacrifício. O histórico da Superliga demonstra que equipes fortes evoluem até a fase decisiva.

No quadro geral de surpresas, o Curitiba é o maior destaque. Récem-chegado a 1ª divisão, o time do Paraná conquistou vitórias importantes contra adversários diretos e conseguiu se posicionar na zona de classificação para os playoffs.

Negativamente, chama a atenção às péssimas campanhas de São Caetano e Pinheiros. Tradicionais times paulistas da história da Superliga, os dois times correm sério risco de rebaixamento.

Antes do começo da temporada, com a montagem das equipes, o Pinheiros, percebeu o risco e contratou a experiente cubana Herrera. Já o São Caetano, manteve o bom trabalho da temporada anterior.

No entanto, até agora, isso não foi suficiente para as duas equipes, devido ao aumento do nível de competitividade da Superliga Feminina, em relação a temporadas anteriores.

Também de maneira surpreendente, vale destacar a campanha de Brasília. Mesmo com a perda do técnico Hairton Cabral, em virtude de tratamento contra o câncer, o time deve atingir o objetivo de escapar do rebaixamento.

Já o Fluminense faz até aqui, uma campanha pendular, digna de Robin Hood. O time oscilou contra os times mais fracos, até com derrotas inesperadas, e conquistou triunfos contra equipes favoritas como Rio e Osasco.

Em viés de alta, estão Bauru e Barueri. As duas equipes terminaram o turno em crescimento. Com um começo discreto, Barueri é um dos times que deve evoluir até a fase final. Já o Bauru, precisa melhorar seu rendimento contra os principais favoritos. Contra eles, foram 4 derrotas, em 4 jogos.

Para encerrar, dificilmente, o estreante Vôlei Camboriú deverá escapar do descenso. Apesar disso, o time demonstrou reação, ao vencer na última rodada do turno, dentro de casa, o Pinheiros, por 3×1. Pode ser que, a equipe gerenciada pela ex-jogadora Elisângela, atrapalhe o caminho de outras equipes na luta contra o rebaixamento.

O JOGO DA RODADA – No duelo de líderes, melhor para o Minas

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Após a parada do recesso de fim de ano, a Superliga Feminina retoma a competição. Em jogo válido pela 10ª rodada, os líderes Praia Clube e Minas, entraram em quadra, em Uberlândia. Em uma disputa decidida apenas no tie-break, melhor para o Minas. Fora de casa, vitória por 3×2, com parciais de 26/24, 17/25, 25/22, 23/25, 15/13. A ponteira Gabi do Minas foi a maior pontuadora do confronto com 22 pontos. A central Carol Gattaz foi eleita pelos telespectadores a melhor do jogo. Ela recebeu o troféu Viva Vôlei.

Com o resultado, o Praia manteve a liderança mesmo com a derrota. O atual campeão da Superliga é o líder com 24 pontos, com 8 vitórias, em 9 jogos. Com a vitória no clássico mineiro, o Minas é o único invicto da Superliga. O time aparece em 2º lugar na classificação, com 22 pontos e um jogo a menos que o líder Praia.

Em seu próximo jogo, o Minas enfrenta o Fluminense, no Rio, no Ginásio da Hebraica, em jogo atrasado da 5ª rodada, na terça-feira, 8 de janeiro, a partir das 19h30, com transmissão do SPORTV 2. Já o Praia viaja a Bauru, onde joga contra o time da casa, também na terça-feira, às 19h30, no Ginásio Panela de Pressão.

PRAIA CLUBE Lloyd (4), Fawcett (19), Garay (20), Rosamaria (11), Fran (0), Carol (14), Suelen (L). Entraram: Gabi Silva (6), Ananda (0), Michelle (2), Paula Borgo (1). Técnico: Paulo Coco

MINAS TÊNIS CLUBE Macris (4), Bruna (15), Gabi (22), Lana (9), Carol Gattaz (16), Mayany (5), Leia (L). Entraram: Bruninha (1), Malu (1), Natália (0), Mara (7), Georgia (0). Técnico: Stefano Lavarini

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A central Carol Gattaz no ataque, eleita a melhor do jogo/Divulgação Praia Clube

O JOGO DA RODADA – No clássico, Sesc/Rio não toma conhecimento de Osasco

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Em jogo válido pela 8ª rodada da Superliga Feminina 2018/2019, o Sesc/Rio derrotou a equipe do Osasco, no maior clássico da liga brasileira. O time de Bernardinho não tomou conhecimento das adversárias e conquistou uma vitória por 3×0, com parciais de 25/19, 25/23, 25/12. A ponteira russa Kosheleva, a central Juciely e a oposta Monique foram as maiores pontuadores do jogo, com 14 pontos cada. Monique ainda foi escolhida a melhor jogadora do confronto pelos telespectadores do SPORTV.

Na próxima rodada da Superliga, o Sesc/Rio emcerra a sua participação na competição, em 2018, contra o Minas, na sexta-feira dia 21 de dezembro, em Belo Horizonte, às 21h30, com transmissão do SPORTV 2. Já o Osasco, também enfrenta o Minas, no ginásio José Liberatti, em jogo atrasado da 7ª rodada, na terça-feira, 18 de dezembro, a partir das 19h30, com transmissão do globoesporte.com.

RESUMO
Sesc/Rio e Osasco iniciaram a partida com uma estratégia clara no serviço. O Rio sacava na principal atacante adversária, a peruana Angela Leyva, para neutralizá-la no ataque. Já o Osasco, explorava o sistema tático da equipe carioca, em virtude da deficiência da ponteira russa Kosheleva no passe. Com mais agressividade no fundamento, o Sesc executou melhor sua estratégia e não deixou Osasco jogar no 1º set. O time carioca chegou a ter 11 pontos de vantagem. O técnico Luizomar de Moura, do Osasco, trocou quase toda sua equipe, mas não obteve resultado. Ao final: 25/19 para o Sesc/Rio.

Na segunda parcial, os problemas de Osasco aumentaram. Depois de equilibrar o passe, o time apresentou dificuldades na virada de bola e cedeu muitos pontos em erros. Novamente, o Rio abriu larga diferença. Aos poucos, Osasco recolocou sua estratégia inicial em prática. Com um saque forçado, explorando as debilidades táticas adversárias, Osasco deixou o Rio em apuros. O jogo ficou parelho, como se esperava no início. No momento decisivo, o volume de jogo carioca fez a diferença no bloqueio e na defesa. 25/23 para o Sesc/Rio.

O 3º set foi dominado amplamente pelo Sesc/Rio. Taticamente perfeita, a equipe de Bernardinho tirou a levantadora Claudinha do Osasco da partida. Fazendo funcionar a relação bloqueio-defesa, com ainda mais eficiência, o Rio não deu chances ao ataque de Osasco. Com sucesso, o Rio conseguiu anular completamente a ponteira peruana Leyva e também tirá-la do jogo. Abatido, Osasco não teve forças para se recuperar. O time esteve abaixo de seu rendimento normal. No fim, 25/12 para o Sesc/Rio, 3×0 no jogo.

SESC/RIO Roberta (4), Monique (14), Mayhara (3), Juciely (14), Kosheleva (14), Peña (11), Gabirú (L). Entraram: Vitória (0), Carol Leite (0), Kasiely (0). Técnico: Bernardinho

OSASCO Claudinha (1), Hooker (6), Walewska (10), Nati Martins (13), Mari Paraíba (3), Leyva (7), Brait (L). Entraram: Carol Albuquerque (1), Lorenne (1), Paula Pequeno (3), Vivi Braun (1). Técnico: Luizomar de Moura

OUTROS RESULTADOS
Praia Clube 3×0 Barueri 25/22, 25/20, 25/22
Curitiba 3×0 Fluminense 25/21, 25/14, 34/32
Vôlei Camboriú 0x3 Minas 11/25, 12/25, 20/25
São Caetano 2×3 Sesi/Bauru 24/26, 25/15, 25/19, 14/25, 8/15

AS ESTATÍSTICAS DA SUPERLIGA FEMININA

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Após 7 rodadas da Superliga Feminina 2018/2019, ao que parece, o investimento em jogadoras estrangeiras feito pelos clubes correspondeu às expectativas, em alguns casos. Vejamos: entre os destaques individuais da competição, no quesito pontuação, 3 das cinco melhores colocadas são estrangeiras.

A polonesa Skowronska é maior pontuadora da Superliga, até aqui, com 132 pontos. A segunda maior pontuadora também é estrangeira. A cubana Herrera aparece na vice-liderança com 113 pontos. Para encerrar a lista de destaques internacionais, a outra estrangeira bem colocada no quesito pontuação é a italiana Diouf com 104 pontos, 4º lugar geral.

Na eficiência de ataque, por enquanto, apenas brasileiras aparecem entre as cinco primeiras. Por terem jogado menos partidas, em virtude do Mundial de clubes, a ponteira Lana e a central Carol Gattaz, ambas do Minas, lideram a lista em 1º e 2º lugar, respectivamente, com menos dados que as concorrentes. Em seguida, na 3ª e 4ª colocação, estão as centrais Andressa Picussa do Bauru e Juciely do Sesc/Rio. Encerra a lista em 5º, outra central, Lara Nobre do Fluminense.

No bloqueio, a liderança é da central Mayhara do Sesc/Rio, com 22 pontos diretos no fundamento. Em 2º lugar, com 18 pontos, a central Lara Nobre do Fluminense. Na 3ª colocação, Juciely do Sesc/Rio. Em 4º, Walewska do Osasco. Fecha a lista, Adriani Vilvert do Camboriú, com 17 pontos de bloqueio.

No fundamento saque, em 1º, está a ponteira Neneca do Brasilia com 0,71 de aproveitamento e cinco pontos diretos no serviço. Na 2ª colocação, a oposta americana do Praia, Nicole Fawcett. Em 3º lugar, a ponteira Natália do Minas. Fecham a lista, no 4º e 5º lugares, Paula do Camboriú e Francynne do Praia, respectivamente.

No fundo de quadra, o destaque fica por conta do Minas. Aparecem em 2º e 3º lugares, duas atletas do clube, com mais de 70% de aproveitamento na recepção. São elas: a ponteira Gabi e a líbero Leia. A ponta Mari Casemiro, do Pinheiros, lidera com 75%. Também estão bem colocadas no fundamento as líberos do Bauru e do Osasco. No 4º lugar, Tássia, com 72%. Em 5º, Camila Brait, com 71%.

Infelizmente, a metodologia utilizada pelo sistema de estatísticas da CBV não contempla dois fundamentos importantes que não pontuam. Tanto na defesa, quanto no levantamento, não há disponibilidade de dados. Dado que o levantamento engloba várias questões como precisão, eficiência e trabalho sem o passe na mão, a análise estatística da CBV fica incompleta.

O JOGO DA RODADA – Fora de casa, Minas derrota Sesi/Bauru pela Superliga Feminina

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O Minas Tênis conquistou a sua terceira vitória consecutiva pela Superliga Feminina. Fora de casa, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru, a equipe mineira derrotou o Sesi/Bauru por 3×1, com parciais de 25/15, 25/18, 15/25, 25/22, em jogo válido pela terceira rodada. A oposta italiana Diouf foi a maior pontuadora do confronto com 16 pontos. A central Carol Gattaz foi escolhida pelos telespectadores como a melhor do jogo. Ela recebeu o trofeú Viva Vôlei e ainda marcou 14 pontos, sendo a maior pontuadora do Minas na partida.

Com o resultado, o time mineiro assumiu a vice-liderança da competição com 9 pontos e está invicto. O Bauru está fora da zona de classificação, em 9° lugar, com 3 pontos. Na próxima rodada, o Sesi/Bauru viaja ao Rio de Janeiro para enfrentar o Sesc/RJ, na terça-feira, 27 de novembro, com transmissão do SPORTV 2, a partir das 21h30. Já o Minas joga contra o Pinheiros, no ginásio Henrique Villaboin, também na terça-feira, às 19h.

RESUMO

O Minas realizou uma partida taticamente perfeita nas duas primeiras parciais. Com um nível de saque excelente, a equipe mineira dificultou o trabalho da linha de passe do Bauru e cometeu poucos erros. O time paulista sofreu na recepção. Aproveitando quase todos os contra-ataques, o Minas fez 2×0 com facilidade. No 3° set, o panorama do jogo inverteu-se. O Bauru sacou melhor e a levantadora do Minas, Macris perdeu-se na distribuição. O técnico italiano minas-tenista Lavarini tentou correr atrás do prejuízo, mas o Bauru fechou a parcial em 25/15. O 4° set foi o mais equilibrado do confronto. O set seguiu parelho até o 20° ponto. Na reta final, o Minas recuperou a consistência de seu jogo e fechou a partida em 3×1, impondo seu ritmo na virada de bola e nos contra-ataques.

SESI/BAURU Fabíola (3), Diouf (16), Valquíria (10), Andressa Picussa (10), Palácio (12), Vanessa Janke (7), Tássia (0). Entraram: Arlene Xavier (1), Tifanny (3), Gabriela Cândido (0). Técnico: Anderson Rodrigues

MINAS TÊNIS CLUBE Macris (2), Bruna Honório (11), Carol Gattaz (14), Mara (10), Gabi (13), Natália (12), Léia (0). Entraram: Geórgia (1), Lana Conceição (3), Malú (0), Mayany (0), Ciça (0). Técnico: Stefano Lavarini

OUTROS RESULTADOS

Osasco 2×3 Pinheiros 25/21, 22/25, 25/18, 18/25, 9/15

Curitiba Vôlei 3×0 Camboriú 25/19, 25/22, 25/20

Brasília 0x3 Praia Clube 17/25, 13/25, 18/25

São Caetano 0x3 Sesc/RJ 21/25, 17/25, 22/25

Fluminense 2×3 Barueri 25/20 25/22, 17/25, 18/25, 9/15

A PRIMEIRA RODADA DA SUPERLIGA FEMININA

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Teve início na última terça-feira a vigésima quinta temporada da Superliga Feminina. Na abertura da competição, o atual campeão, Praia Clube de Uberlândia bateu o Pinheiros, em São Paulo, por 3×0, com parciais de 31/29, 26/24, 26/24. A ponteira Rosamaria foi eleita a melhor do jogo e recebeu o troféu Viva Vôlei.

Na sequência do torneio, outras equipes entraram em quadra pela primeira rodada da Superliga Feminina. Em Bauru, um dos confrontos mais parelhos da rodada. O time da casa recebeu a equipe do técnico da seleção brasileira feminina, José Roberto Guimarães. Dentro de seus domínios, o Sesi/Bauru não deu chances ao adversário e venceu o Hinode/Barueri, por 3×0, com parciais de 27/25, 25/22, 25/15. A oposta italiana Diouf foi a maior pontuadora do jogo com 16 pontos.

Na capital paulista, em outro jogo equilibrado, o Pinheiros enfrentou o Fluminense. O tradicional clube de São Paulo derrotou a equipe carioca, de virada, por 3×1, com parciais de 19/25, 25/22, 26/24, 25/21. Para vencer, o Pinheiros conseguiu anular a ponteira Thaisinha do Fluminense. Ela saiu do jogo com apenas 3 pontos. Mesmo com uma atuação acima da média da oposta Joycinha, ela marcou 24 pontos na partida, o Fluminense não conseguiu superar o Pinheiros.

Ainda em São Paulo, mais precisamente em São Caetano, o Osasco estreou com vitória na Superliga. Fora de casa, o time saiu atrás no placar e teve dificuldade para fechar o jogo, também por virada, por 3×1, com parciais de 20/25, 25/21, 25/15, 28/26. A ponteira peruana Leyva foi o destaque individual do Osasco, com 21 pontos. Pelo lado do São Caetano, Fernanda Thomé foi a maior pontuadora. Ela anotou 14 pontos.

Em Brasília, o Minas, um dos favoritos ao título nesta temporada, foi surpreendido pelo time da casa, no 1° set. Jogando atrás, o Minas venceu, em mais uma virada na rodada, por 3×1, com parciais de 21/25, 25/12, 25/14, 25/23. A ponteira Natália foi eleita a melhor em quadra.

Já em Camboriú, o Praia não encontrou resistência no recém-chegado time do Vôlei Camboriú à primeira divisão da Superliga. Vitória tranquila, por 3×0, com parciais de 25/14, 25/18, 25/16. A central Fabiana foi a maior pontuadora do confronto com 12 pontos. Esta foi a segunda vitória do time de Uberlândia na competição. Com o resultado, o Praia lidera a Superliga Feminina com 6 pontos.

Encerrando a primeira rodada, com transmissão do SPORTV, o Sesc/RJ enfrentou o Curitiba Vôlei, no Ginásio da Tijuca. O time do técnico Bernardinho sofreu na linha de passe e encontrou dificuldades para impor seu ritmo de jogo nas duas primeiras parciais. O Curitiba Vôlei teve um excelente volume de jogo, mas não conseguiu sustentar a virada de bola. No fim, triunfo carioca por 3×0, com parciais de 25/21, 25/20, 25/11. A dominicana Peña do Sesc/RJ, foi eleita a melhor do jogo pelos telespectadores e recebeu o troféu Viva Vôlei.

SEGUNDA RODADA

Na próxima rodada, o Praia Clube defende a liderança da competição contra o Curitiba Vôlei, na terça-feira, em Uberlândia. O Sesc/RJ recebe o Brasília, no Ginásio do Tijuca, também na terça. Ainda na capital carioca, no mesmo dia, o Fluminense enfrenta o Vôlei Camboriú, no Ginásio do Hebraica. Em Belo Horizonte, o Minas faz o seu primeiro jogo em casa contra o São Caetano. Já em Barueri, com transmissão do canal da CBV na internet, o Hinode recebe o Pinheiros. Fechando a rodada, com transmissão do SPORTV, na reedição da final do último Campeonato Paulista, o Osasco joga com o Sesi/Bauru.

 

OS PROGNÓSTICOS PARA A SUPERLIGA FEMININA

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Começou ontem na capital paulista a temporada 2018/2019 da Superliga Feminina. A julgar pelo resultado da partida inaugural, entre Pinheiros e Praia Clube, as previsões de grande equilíbrio dos analistas, sobre essa edição da competição, irão se confirmar. Apesar do time de Uberlândia ter vencido o Pinheiros por 3×0, as parciais decididas na margem mínima 31/29, 26/24, 26/24, demonstraram a imprevisibilidade da 25ª Superliga Feminina.

Pesam a favor desse diagnóstico, a invasão estrangeira, a maior da história no torneio feminino, comparável à época do real valorizado ao dólar, no fim dos anos 90, o aumento do investimento dos clubes em tempos de crise, a dificuldade em apontar quais serão as oito equipes classificadas para os playoffs e a indefinição clara das posições entre os primeiros colocados.

Tal cenário só é parâmetro nos 25 anos da Superliga Feminina na temporada 2000/2001, quando Vasco e Flamengo decidiram o título em 4 jogos, no antigo ginásio do Maracanãzinho, completamente lotado. Diante desse quadro, pela primeira vez em sua história, a Superliga Feminina pode ser comparada a liga italiana em termos de competitividade. O prognóstico de perde e ganha é real. Para ser campeão será necessário muito suor. Qualquer resultado fora disso, é mérito próprio dos vencedores.

Dessa forma, as doze equipes que disputam a Superliga 2018/2019 foram separadas em quatro degraus. No primeiro degrau, estão as equipes com mais chances de título. São elas: Praia Clube, Sesc/RJ, Minas Tênis Clube e Osasco. No segundo degrau, com possibilidade de título estão os times do Sesi/Bauru e Hinode/Barueri. No terceiro, com boas chances de classificação para os playoffs e potencial para incomodar os adversários mais qualificados, estão o Fluminense e o Pinheiros. No último degrau, estão as equipes que irão lutar para ficar entre os oito primeiros e impedir o rebaixamento: São Caetano, Brasília, Curitiba Vôlei, Vôlei Balneário Camboriú.