TANDARA É SUSPENSA POR QUATRO ANOS

Na noite da última segunda-feira, 23 de Maio, a oposta Tandara foi suspensa das quadras por 4 anos. Em julgamento de mais de oito horas, no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, Tandara foi condenada por unanimidade. Flagrada no exame de doping, por uso de ostarina, durante o Jogos de Tóquio, Tandara poderá recorrer da sentença em segunda instância e no CAS – Corte Arbitral do Esporte. Nas redes sociais, Tandara contestou a decisão. Em resumo, segundo ela, a suspensão de 4 anos foi injusta. Ela reiterou que irá recorrer da decisão. Seja como for, de acordo com fontes da imprensa, Tandara pretende concorrer ao cargo de deputada federal, nas eleições de 2022, pelo partido MDB.

A oposta Tandara pretende entrar para a política/Divulgação COB

O BALANÇO DOS JOGOS OLÍMPICOS

Encerrado os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, com medalha de prata para o Brasil no vôlei feminino, e um decepcionante 4º lugar para a seleção masculina, é chegado o momento de realizar um balanço do que foi a competição na modalidade, no principal evento esportivo do mundo.

Feminino

A seleção brasileira feminina de vôlei surpreendeu em Tóquio. As brasileiras superaram as expectativas. O Brasil não estava cotado para a disputa do ouro. Outras forças da modalidade apareciam na frente das brasileiras como favoritas. Com vitórias convincentes contra Sérvia e Comitê Russo, o Brasil chegou na final contra os Estados Unidos.

No entanto, apesar da boa campanha na competição, as brasileiras tiveram um desempenho abaixo do esperado na grande final. Ficou a sensação de que o Brasil foi longe demais. Nem mesmo o doping de Tandara, às vésperas da semifinal contra a Coreia do Sul, serve como justificativa para o pífio rendimento na decisão da medalha de ouro.

A seleção brasileira feminina, medalha de prata nos Jogos de Tóquio/Divulgação FIVB

Além da campanha brasileira, os Jogos Olímpicos de Tóquio tiveram outras surpresas, mas neste caso, negativas. A eliminação da China na 1ª fase foi uma grande decepção. Cercada de mistério, a China chegou a Tóquio na condição de super favorita, mas seu desempenho em quadra foi abaixo da crítica.

Dado que as chinesas estavam treinando exclusivamente para os Jogos, desde o começo da pandemia, ficou evidente o erro de planejamento. Além disso, o excesso de treinos, provavelmente, agravou a contusão no punho da principal jogadora da China, a ponteira Zhu.

Para completar, não podemos esquecer do componente político. A pressão sobre as chinesas em Tóquio foi muito grande. Para o país, era muito importante conquistar o ouro olímpico no Japão, rival histórico chinês. A eliminação precoce ainda deixou a despedida de Lang Ping, campeã olímpica como jogadora e treinadora, da seleção chinesa, com gosto amargo.

Lang Ping se despediu da seleção chinesa/Divulgação FIVB

As decepções na Olimpíada de Tóquio não terminaram com a China. O Japão, anfitrião dos Jogos, também foi eliminado na 1ª fase, em um grupo mais fácil do que da China. Claramente, as japonesas sentiram a pressão e a falta de sua torcida apaixonada.

Para encerrar, como não elogiar o desempenho norte-americano. Os Estados Unidos demonstraram ter um grupo de 12 jogadoras de alto nível. Com força no coletivo, foram superiores aos adversários no mata-mata, em uma campanha impecável. No fim, nada mais justo, do que a ponteira Larson como MVP da competição, representando o jogo coletivo norte-americano.

A seleção norte-americana, campeã olímpica/Divulgação FIVB

Masculino

Já no masculino, o Brasil decepcionou com um melancólico 4º lugar. O excesso de exposição nas redes pode explicar em partes a performance ruim nos Jogos de Tóquio. Além disso, nos jogos decisivos, faltou lucidez ao técnico Renan Dal Zotto para realizar mudanças. Ficou a impressão que ele não confiava no seu banco de reservas.

Apesar disso, mesmo que acionadas com atraso, as peças de reposição também não funcionaram. Principalmente, contra o Comitê Russo na semifinal e na disputa do bronze contra a Argentina. Além disso, a participação de Leal na competição olímpica não chegou nem perto do que ele está habituado a jogar. Para ser justo, individualmente, apenas o central Lucão se salvou, com desempenho acima da média no bloqueio.

Para encerrar, não dá para se calar diante do comportamento da torcida e mídia brasileira. Política à parte, são incompreensíveis os pedidos feitos durante os Jogos de Tóquio, para colocar Douglas Souza no lugar do cubano Leal, em momentos inoportunos, após anos de pressões pela sua naturalização.

O ponteiro Leal/Divulgação FIVB

As decepções nos Jogos, no naipe masculino, não foram exclusividade dos brasileiros. Os norte-americanos foram eliminados na 1ª fase, no grupo da morte. Algo que já aconteceu nos Jogos de Atlanta 1996 e Sydney 2000. O ponteiro Russel contundido fez falta. Além disso, na ausência dele, o corte do oposto Patch pareceu equivocado.

Sem ritmo de jogo, os italianos também não foram bem nos Jogos de Tóquio. Eliminados nas quartas-de-final, os italianos fizeram a pior campanha nas Olimpíadas desde Seul 1988, há 33 anos. Mais um exemplo de planejamento mal realizado.

O argentino Conte, repetiu o feito do pai/Divulgação FIVB

Assim como no feminino, também não faltaram surpresas positivas. Os argentinos conquistaram a medalha de bronze, também após 33 anos. Desbancaram o pódio completo dos Jogos do Rio 2016, eliminando os Estados Unidos na fase de grupos e a Itália nas quartas-de-final. Na disputa do bronze bateram o Brasil, em Jogos Olímpicos, após 21 anos.

Fechando o balanço da Olimpíada de Tóquio, não poderia deixar de citar a campanha francesa. Após perder seu primeiro jogo na competição, para os americanos, de forma acachapante, a França se recuperou. O técnico Lauren Tillie mudou sua seleção, com o torneio em andamento, encontrando sua formação ideal. Deu certo! Os franceses foram campeões olímpicos pela 1ª vez, e a partir de agora serão dirigidos por Bernardinho, com promessas de mais conquistas.

Os franceses em comemoração/Divulgação FIVB

EUA É CAMPEÃO OLÍMPICO PELA 1ª VEZ

A seleção norte-americana após a conquista do ouro/Divulgação FIVB

Os Estados Unidos são campeões olímpicos no vôlei feminino. As norte-americanas conquistaram o seu primeiro ouro olímpico em toda a sua história, nos Jogos de Tóquio 2020. Anteriormente, os Estados Unidos haviam conquistado a prata em 1984, 2008, 2012 e o bronze em 1992 e 2016. Neste ano, na decisão, disputada na Ariaki Arena, os Estados Unidos derrotaram o Brasil, por 3×0, com parciais de 25/21, 25/20, 25/14. Além disso, com o resultado de hoje, a delegação norte-americana ultrapassou a China no quadro geral de medalhas com 39 ouros, encerrando os Jogos de Tóquio em 1º lugar.

A oposta Drews foi a maior pontuadora da final, com 15 pontos/Divulgação FIVB

🇧🇷BRASIL Macris (0), Rosamaria (8), Gabi (10), Garay (11), Carol Gattaz (3), Carol (3), Brait (L). Entraram: Roberta (0), Natália (4), Bia (0), Ana Cristina (0). Técnico: José Roberto Guimarães

🇺🇸EUA Poulter (1), Drews (15), Bartsch (14), Larson (12), Washington (8), Akinradewo (5), Wong-Orantes (L). Entraram: Hill (1). Técnico: Karch Kiraly

TIME DOS SONHOS DA OLIMPÍADA DE TÓQUIO

O time dos sonhos da Olimpíada de Tóquio foi composto pela levantadora norte-americana Poulter, a oposta da Sérvia Boskovic, as ponteiras dos Estados Unidos Larson e Bartsch, as centrais Carol Gattaz do Brasil e Washington dos Estados Unidos e a líbero Wong-Orantes dos Estados Unidos. A norte-americana Larson ainda foi eleita MVP da competição, melhor jogadora dos Jogos Olímpicos.

A ponteira Larson, MVP dos Jogos Olímpicos/Divulgação FIVB

A CAMPANHA DO OURO

1ª Fase

EUA 3×0 Argentina

China 0x3 EUA

EUA 3×2 Turquia

EUA 0x3 Comitê Russo

EUA 3×2 Itália

Quartas-de-final

Rep.Dominicana 0x3 EUA

Semifinais

Sérvia 0x3 EUA

Final

Brasil 0x3 EUA

Os Estados Unidos no alto do pódio/Divulgação FIVB

SÉRVIA É MEDALHA DE BRONZE EM TÓQUIO

A seleção da Sérvia ficou com a medalha bronze dos Jogos de Tóquio 2020 no vôlei feminino. Foi a segunda conquista de medalha olímpica da Sérvia na história. Anteriormente, a atual campeã mundial, foi vice-campeã da Olimpíada, 5 anos atrás. Neste ano, na disputa do bronze, contra a Coreia do Sul, a Sérvia saiu vitoriosa de quadra, pelo placar de 3×0, com parciais de 25/18, 25/15, 25/15. Boskovic foi a grande responsável pelo triunfo. Ela marcou 33 pontos. Mesmo contando com a ponteira Kim, MVP em Londres 2012, a Coreia teve baixo aproveitamento no ataque. No entanto, com o 4º lugar, a Coreia igualou a campanha desse ano, com os Jogos de Londres 2012, quando também perdeu o bronze, dessa vez, para o Japão.

A oposto Boskovic/Divulgação FIVB

FRANÇA CONQUISTA O OURO OLÍMPICO

A seleção francesa em conjunto após a conquista do ouro/Divulgação FIVB

A França é campeã olímpica. Os franceses conquistaram o ouro olímpico dos Jogos de Tóquio 2020 no vôlei masculino. A medalha inédita foi a primeira da seleção francesa masculina na história das Olimpíadas. Anteriormente, em outras edições, os franceses sequer haviam passado da 1ª fase dos Jogos Olímpicos.

Neste ano, na decisão, disputada na Ariaki Arena, a França derrotou o Comitê Russo, por 3×2, com parciais de 25/23, 25/17, 21/25, 21/25, 15/12. O ponteiro Ngapeth da França marcou 26 pontos, sendo o destaque individual na pontuação da final olímpica. Ele ainda foi eleito MVP da competição. Pelo Comitê Russo, Mikhaylov fez 21 pontos.

TIME DOS SONHOS DA OLIMPÍADA DE TÓQUIO 2020

O time dos sonhos da Olimpíada de Tóquio foi composto pelo levantador argentino De Cecco, os ponteiros Kliuka do Comitê Russo e Ngapeth da França, os centrais Iakovlev do Comitê Russo e Chinenyeze da França, o oposto russo Mikhaylov e o líbero francês Grebennikov.

O francês Ngapeth foi eleito melhor jogador da Olimpíada/Divulgação FIVB

FRANÇA Brizard (5), Patry (15), Ngapeth (26), Clevenot (11), Chinenyeze (7), Le Goff (9), Grebennikov (L). Entraram: Louati (0), Boyer (0), Toniutti (0), Tillie (0). Técnico: Lauren Tillie

ROC Kobzar (0), Mikhaylov (21), Volkov (4), Kliuka (20), Iakovlev (10), Kurkaev (6), Golubev (L). Entraram: Pankov (1), Poletaev (0), Podlesnykh (7). Técnico: Sammelvuo

A CAMPANHA DO OURO

1ª Fase – Grupo B

EUA 3×0 França

França 3×0 Tunísia

Argentina 3×2 França

Comitê Russo 1×3 França

Brasil 3×2 França

Quartas-de-final

Polônia 2×3 França

Semifinais

França 3×0 Argentina

Final

França 3×2 Comitê Russo

Os franceses no pódio olímpico/Divulgação FIVB

BRASIL PERDE O BRONZE PARA A ARGENTINA

Os argentinos logo após a conquista do bronze/Divulgação FIVB

Pelos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o Brasil perdeu a disputa do bronze para a Argentina no vôlei masculino. A derrota brasileira aconteceu após uma partida com duas viradas. O confronto pelo 3º lugar na Olimpíada terminou em 3×2, com parciais de 25/23, 20/25, 20/25, 25/17, 15/13, a favor dos argentinos. O ponteiro Conte foi o maior pontuador do jogo, com 21 pontos. Pelo Brasil, Wallace marcou 17 pontos.

Com o resultado, o Brasil deixou de subir no pódio olímpico, após 21 anos. A última vez em que o Brasil não conquistou uma medalha olímpica ocorreu nos Jogos de Sydney 2000. Naquela ocasião, os brasileiros foram derrotados justamente pelos argentinos, nas quartas-de-final da competição. Em contrapartida, com a medalha de bronze em Tóquio, os argentinos voltaram ao pódio da Olimpíada, após 33 anos.

Após o jogo, o levantador Bruninho comentou sobre a irregularidade da campanha brasileira nos Jogos de Tóquio 2020, em entrevista na área de imprensa para a TV Globo. “Essa inconstância acabou acontecendo durante toda a competição. Não conseguimos manter o mesmo nível. Falo por mim também. A gente não conseguiu essa medalha que prometeu lutar até o último ponto. Tínhamos certeza que conseguiríamos. É uma frustração muito grande. Agora é difícil encontrar palavras. Foi um ciclo difícil, tivemos bons resultados, mas o mais importante que era a medalha, não conseguimos”.

🇦🇷ARGENTINA De Cecco (3), Lima (13), Conte (21), Palacios (13), Sole (12), Loser (14), Danani (L). Entraram: Sanchez (0), Ramos (0), Poglajen (0), Pereyra (1). Técnico: Marcelo Mendez

🇧🇷BRASIL Bruninho (0), Wallace (17), Lucarelli (13), Leal (5), Lucão (14), Maurício Souza (6), Thales (L). Entraram: Cachopa (1), Alan (2), Douglas Souza (11), Maurício Borges (0), Isac (0). Técnico: Renan Dal Zotto

O abraço dos argentinos/Divulgação FIVB

BRASIL É FINALISTA OLÍMPICO NO VÔLEI FEMININO

A seleção brasileira comemora classificação para a final olímpica/Divulgação FIVB

O Brasil é finalista dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 no vôlei feminino. A conquista foi obtida após vitória sobre a Coreia do Sul pelas semifinais da competição. Sem dificuldades, as brasileiras superaram as coreanas, por 3×0, com triplo 25/16. A ponteira Fernanda Garay foi a maior pontuadora do confronto com 17 pontos. Pela Coreia, Kim e Park empataram com 10 pontos.

Com o resultado, será a 3ª vez na história que a seleção brasileira feminina disputará o ouro olímpico. Nas outras duas vezes, o Brasil venceu os Estados Unidos na decisão, em 2008 e 2012. Coincidentemente, o adversário da final também será os Estados Unidos, pela 3ª vez.

Ao final do jogo, a ponteira Garay falou em entrevista na área de imprensa sobre a sua segunda final olímpica na carreira. “Essa é a minha última oportunidade de jogar pela seleção brasileira e a minha motivação é a maior possível. Quero entregar tudo na quadra e aproveitar cada jogo e dia com essas gurias. Esse grupo tem uma energia e um alto astral muito grande. Estou muito feliz e orgulhosa e agora vamos brigar muito por esse ouro”.

A grande decisão do ouro olímpico, entre Brasil e Estados Unidos, acontece na madrugada de Domingo, 8 de Agosto, às 1h30, hora de Brasília, com transmissão da Tv Globo, SPORTV e BandSports. Já a Coreia do Sul, joga contra a Sérvia, pela medalha de bronze, no sábado, 7 de Agosto, às 21h.

Garay foi a maior pontuadora da semifinal/Divulgação FIVB

🇧🇷BRASIL Macris (3), Rosamaria (10), Gabi (12), Garay (17), Carol (7), Carol Gattaz (3), Brait (L). Entraram: Roberta (0), Ana Cristina (0). Técnico: José Roberto Guimarães

🇰🇷COREIA DO SUL Yeum (1), Hee (5), Kim (10), Park (10), Su Ji (3), Yang (4), Jihoung (L). Entraram: Hyejin (0), Jeong (2), Pyo (0), Park (2), Lee (2). Técnico: Stefano Lavarini

O bloqueio brasileiro responsável por 15 pontos diretos na semifinal/Divulgação FIVB

PELA 4ª VEZ, EUA DECIDIRÁ OURO OLÍMPICO

Os Estados Unidos estão na decisão do ouro olímpico no vôlei feminino, pela 4ª vez em sua história. Jogando pelas semifinais da Olimpíada de Tóquio 2020, contra a Sérvia, atual campeã mundial, a seleção norte-americana conquistou a classificação para a final olímpica, com uma vitória por 3×0, com parciais de 25/19, 25/15, 25/23. A oposta Boskovic da Sérvia foi neutralizada pelo sistema defensivo dos Estados Unidos. Mesmo assim, saiu de quadra como a maior pontuadora do jogo, com 19 pontos. Pela seleção norte-americana, Drews marcou 17 pontos. Com o resultado, os Estados Unidos aguardam o resultado da outra semifinal, para conhecer o seu adversário da final. Já a Sérvia, disputará a medalha de bronze.

🇷🇸SÉRVIA Ognjenovic (2), Boskovic (19), Milenkovic (4), Busa (4), Rasic (5), Popovic (6), Popovic (L). Entraram: Aleksic (0), Mirkovic (0), Blagojevic (0). Técnico: Zoran Terzic

🇺🇸EUA Poulter (2), Drews (17) Larson (15), Bartsch (9), Washington (7), Akinradewo (8), Wong-Orantes (L). Entraram: Hill (0). Técnico: Karch Kiraly

A seleção norte-americana comemora a classificação/Divulgação FIVB

FRANÇA É FINALISTA OLÍMPICA

Pela 1ª vez na história olímpica, a França é finalista no vôlei masculino. Jogando pelas semifinais dos Jogos de Tóquio 2020, contra a Argentina, os franceses conquistaram classificação inédita para a disputa da medalha de ouro. O placar final do jogo ficou em 3×0, com parciais de 25/22, 25/19, 25/22, a favor da França. Os franceses bloquearam mais na partida decisiva, além de erraram menos. O oposto francês Patry foi o maior pontuador do confronto com 15 pontos. Com o resultado, a França enfrenta o Comitê Olímpico Russo na final dos Jogos de Tóquio, no sábado, 7 de Agosto, às 9h15 da manhã. Já os argentinos, disputam o bronze contra o Brasil, na madrugada do Sábado, 7 de Agosto, às 1h30.

🇫🇷FRANÇA Brizard (2), Patry (15), Ngapeth (12), Clevenot (14), Le Goff (4), Chinenyeze (6), Grebennikov (L). Entraram: Boyer (0), Louati (1). Técnico: Lauren Tillie

🇦🇷ARGENTINA De Cecco (3), Bruno Lima (9), Conte (13), Palacios (0), Loser (7), Sole (4), Danani (L). Entraram: Sanchez (0), Pereyra (0), Poglajen (4), Ramos (0). Técnico: Marcelo Mendez

Os franceses comemoram classificação para a final olímpica/Divulgação FIVB

BRASIL É ELIMINADO PELO COMITÊ OLÍMPICO RUSSO

Os representantes russos comemoram a classificação/Divulgação FIVB

O Brasil deu adeus a briga pela medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Jogando na Ariaki Arena, pelas semifinais da competição, contra o Comitê Olímpico Russo, os brasileiros foram derrotados de virada, por 3×1, com parciais de 18/25, 25/21, 26/24, 25/23. O Brasil não perdia uma semifinal olímpica desde os Jogos de Seul em 1988, há 33 anos. Os russos fizeram uma grande partida no ataque. Os brasileiros saíram de quadra devendo uma boa atuação. O oposto Mikhaylov foi o maior pontuador do confronto, com 22 pontos. Pelo Brasil, Leal marcou 18 pontos.

Ao final da partida, o levantador Bruninho comentou sobre o jogo em entrevista na área de imprensa. “É difícil fazer uma análise fria agora, e acredito que o principal foi não ter finalizado a oportunidade que tivemos no terceiro set, mas o time foi valente de voltar apesar da dificuldade que passamos no terceiro set. É difícil, frustrante porque estávamos fazendo um bom jogo. O nosso time lutou, mas os russos mereceram. Acredito que tudo tem um porquê e agora é apagar isso aqui e ir para o bronze”.

Com o resultado, o Brasil disputará a medalha de bronze. O adversário sairá do perdedor do confronto entre França e Argentina. O jogo está marcado para o próximo sábado, 7 de Agosto, 1h30 da madrugada. O duelo pelo 3º lugar terá transmissão da TV Globo, SPORTV e BandSports.

Leal foi o maior pontuador do Brasil na eliminação para o Comitê Russo/Divulgação FIVB

O JOGO

Brasil e Comitê Olímpico Russo iniciaram a partida trocando bolasse velocidade. Os brasileiros forçavam o serviço e erravam. Os representantes russos eram mais eficientes no fundamento. A partir dos contra-ataques, o Brasil conseguiu abrir vantagem na parcial. No entanto, ainda pecava no serviço. Com vantagem no placar, os brasileiros tinham um ótimo aproveitamento no ataque, tanto na virada de bola, quanto nos contra-ataques. Para completar, o bloqueio brasileiro fazia a diferença no jogo, com 4 pontos diretos no fundamento. O Brasil fechou a parcial com 25/18, causando uma ótima impressão.

Na segunda parcial, o Comitê Russo voltou ligado no jogo, abrindo 3 pontos de vantagem no placar, logo de cara. A vontade dos representantes russos era tanta que eles queimaram um desafio claramente desfavorável no princípio do set. O Brasil continuava a forçar o jogo no serviço, cometendo erros. Os representantes russos defendiam como nunca. Os rallys eram intensos. O Brasil perdeu eficiência no ataque. Além disso, tinha dificuldades em achar o oposto Mikhaylov no bloqueio. Os representantes russos dominaram a parcial. O Brasil esboçou uma reação, os representantes russos até relaxaram, mas não teve jeito. Vitória do Comitê Russo por 25/21.

A terceira parcial começou com duas cravadas do central Iakovlev. O sistema defensiva russo voltou ainda mais forte. A parcial era equilibrada até o sétimo ponto, quando o Brasil retomou a virada de bola e os contra-ataques. Os brasileiros aumentaram a intensidade do seu jogo. Concentrados ganhavam os rallys. O Comitê Russo substituiu o ponteiro Volkov por Podlesnykh. Com 7 pontos de desvantagem, os representantes Rússia encaixaram o serviço. A virada de bola brasileira parou. O Brasil pediu tempo. Os representantes russos pressionaram ainda mais no serviço. Os brasileiros perderam o contra-ataque no 24º ponto. Na sequência, o Brasil não rodou três bolas consecutivas, com dois bloqueios russos. A rede de dois encalhou e o Brasil não realizou a inversão de 5×1. Os representantes viraram o jogo para 26/24.

O Brasil começou a quarta parcial com uma vantagem de 2 pontos. Os brasileiros pareciam ter voltado para o jogo. As duas seleções trocavam pontos com eficiência na virada de bola, nos contra-ataques e no erros de serviço. Aos poucos, os representantes russos minaram os brasileiros, nos mesmos pontos fracos. A derrota na parcial anterior pesava sobre os brasileiros. Douglas Souza entrou no lugar de Lucarelli. O Comitê Russo administrava o placar. O serviço brasileiro era inoperante. O Brasil conseguiu igualar o set em 15/15. Os representantes russos retomaram a frente no placar. O Brasil empatou novamente. Volkov voltou para o jogo. O jogo seguiu empatado até o 22º ponto. Os russos bloquearam o ataque brasileiro. O Brasil salvou um match point. Na sequência, Kliuka fechou o jogo em 3×1, com 25/23.

BRASIL Bruninho (3), Wallace (11), Leal (18), Lucarelli (10), Lucão (13), Maurício Souza (9), Thales (L). Entraram: Maurício Borges (0), Alan (2), Isac (0), Cachopa (0), Douglas Souza (1). Técnico: Renan Dal Zotto

ROC Kobzar (0), Mikhaylov (22), Volkov (7), Kliuka (15), Iakovlev (12), Volvich (2), Golubev (L). Entraram: Pankov (2), Kurkaev (2), Podlesnykh (6). Técnico: Sammelvuo

Mikhaylov foi o maior pontuador do jogo, com 22 pontos/Divulgação FIVB