No fim de semana passado, foi encerrado o Mundial de Clubes 2021. Nas duas versões, masculina e feminina, foram testadas novas regras para diminuir o prolongamento das partidas. Medidas como: apenas um tempo técnico, uma parada por equipe, além de mudanças estéticas no banco de reservas, deram as caras no Mundial de Clubes 2021.
Porém, o destaque mesmo, foi um relógio de 15 segundos, para os jogadores realizarem o serviço. Esse tempo foi contado após a definição do ponto e a execução do fundamento. Além de otimizar o tempo do jogo, essa medida tem potencial para mudar as estratégias das equipes no serviço. Teve jogo do Mundial de Clubes masculino, que foi encerrado em erro no fundamento, justamente por causa da nova regra.
Fato é que, o retardamento das partidas caiu, e os jogos do Mundial ganharam em fluidez. As chances dessas medidas serem aprovadas no Congresso Técnico da FIVB são altas. Além de mudarem o jogo, principalmente no naipe masculino, devido à potência do serviço, as novas regras vão na direção correta de tornar o produto voleibol mais atrativo para fãs e patrocinadores.
Competição

No que tange à competição, o Mundial de Clubes masculino surpreendeu muita gente, com a conquista do tetracampeonato do Sada/Cruzeiro. Com o ex-ponteiro Filipe no banco e o ponteiro cubano López na quadra, o Cruzeiro desbancou dois poderosos times italianos: Trentino e Civitanova. Jogando em casa, com autoridade, o Cruzeiro calou o mundo do vôlei que não acreditava em uma nova conquista.
Já no naipe feminino, deu a lógica. Apesar disso, não dá para não destacar a diferença de elenco entre os times nacionais e o times europeus. O fator de desequilíbrio é a moeda. Com maior poder de investimento, os times europeus são verdadeiras seleções nacionais. Fica difícil para o nosso voleibol competir com eles nessas condições.
Não por acaso, as conquistas brasileiras no Mundial de Clubes feminino, aconteceram quando os times do país, contavam com uma seleção nacional no elenco. Quem não se recorda dos títulos da Sadia, do Leites, e mais recentemente do Osasco? Eram verdadeiras seleções nacionais! Enquanto essa realidade não mudar, o título mundial de clubes ficará distante do Brasil.