A seleção brasileira feminina de vôlei realizou amistosos contra a seleção da Argentina, nessa semana, com vistas para o Campeonato Sul-Americano e a Copa do Mundo. Foram dois jogos na Arena Suzano, no estado de São Paulo, com dois resultados positivos, pelo placar de 3×0. No entanto, o selecionado argentino escalado para as duas partidas, era composto por um time B, de jogadoras juvenis. Dessa forma, as duas vitórias contra as argentinas não podem servir de parâmetro para o Brasil.
Ao técnico José Roberto Guimarães restou dar rodagem e ritmo de jogo para algumas atletas, que não estiveram com a seleção, de forma permanente, em outras competições, ao longo de 2019. São o caso da ponteira Drussyla e da central Carol. As ponteiras Gabi e Natália foram poupadas após uma temporada desgastante. Já a oposta Tandara teve uma nova contusão, não participando dos confrontos com a Argentina.
A série de amistosos também foi marcada pelo retorno às quadras da bicampeã olímpica Sheilla Castro. Ela estava parada desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Seu desempenho contra a Argentina foi regular. Além de Sheilla, a central Fabiana e a líbero Camila Brait também voltaram a defender a camisa da seleção brasileira. Porém, para Fabiana o destaque dos amistosos foi negativo. Ela saiu da partida, logo no comecinho do primeiro jogo, com uma fascite plantar.
De maneira objetiva, analisando o saldo final dos amistosos contra a Argentina, chega-se à conclusão que eles foram improdutivos. Não serviram nem mesmo para apagar o vexame do Pan de Lima, quando a seleção feminina perdeu por duas vezes para a mesma Argentina, por 3×0. Ficou a impressão para os torcedores que, a série de amistosos ocorreu para preencher o calendário, atendendo uma demanda dos patrocinadores e da televisão. Portanto, na verdade, as partidas tratavam-se de um produto caça-níquel.