PELA 4ª VEZ, BRASIL É FINALISTA DO MUNDIAL

O Brasil é finalista do Mundial feminino de vôlei 2022. Jogando em Apeldoorn, na Holanda, o Brasil eliminou a Itália, pelas semifinais da competição, pelo placar de 3×1, com parciais de 25/23, 22/25, 26/24, 25/19. Mesmo com o revés, a oposta italiana Paola Egonu foi a maior pontuadora do confronto, com 30 pontos. Pelo Brasil, a ponteira Gabi marcou 20 pontos. Com o resultado, o Brasil disputará sua quarta final de Mundial feminino. Anteriormente, o Brasil foi finalista do torneio em 1994, 2006, 2010. Na decisão, as brasileiras enfrentam a Sérvia, neste sábado, 15 de Outubro, às 15h, com transmissão do SPORTV 2 e da TV Globo. O Brasil está em busca de um título inédito. Já a Sérvia pode ser bicampeã mundial. Também no próximo sábado, mais cedo, às 11h, Estados Unidos e Itália jogam pelo bronze.

O bloqueio brasileiro foi um dos destaques da semifinal com a Itália/Divulgação FIVB

NÚMEROS

Apesar do ataque italiano ter marcado 67 pontos no fundamento contra 56 do Brasil, o bloqueio brasileiro fez a diferença no jogo, mais uma vez neste Mundial 2022. As brasileiras fizeram 21 pontos de bloqueio na partida contra apenas 7 das italianas. Somente a central Carol do Brasil marcou 10 pontos diretos no fundamento. Uma marca superior a todo o conjunto italiano. Para se ter uma ideia, a melhor bloqueadora da Itália no confronto, foi a central Danesi com 3 pontos.

A estratégia de contenção de danos do Brasil, em relação à oposta italiana Egonu, como no jogo da 2ª fase do Mundial, funcionou. Egonu saiu de quadra com aproveitamento abaixo de 20% no ataque, um número menor do que no primeiro jogo entre Brasil e Itália no Mundial 2022. Pelas extremidades, a atacante mais eficiente do jogo foi Rosamaria do Brasil, com aproximadamente 38% de aproveitamento.

Outro número decisivo da semifinal foi o número de erros. As brasileiras cederam apenas 13 pontos em erros contra 21 das italianas. Nem mesmo a superioridade do serviço italiano, em números diretos de pontos, foram 4 pontos totais, contra nenhum do Brasil, foi capaz de mudar o panorama do jogo na semifinal. Prova disso, foi o desempenho do sistema defensivo brasileiro.

Para encerrar, o técnico José Roberto Guimarães surpreendeu a comissão técnica italiana, com a escalação de Lorenne como oposta e Rosamaria na entrada de rede. Tal situação, deu mais possibilidades para a levantadora Macris, que fez na semifinal contra a Itália, sua melhor apresentação no Mundial 2022, até o momento. Definitivamente, o bloqueio italiano não achou o jogo do Brasil.

🇮🇹 ITÁLIA Orro (1), Egonu (30), Bosetti (5), Sylla (17), Danesi (10), Lubian (8), De Gennaro (L). Entraram: Malinov (0), Pietrini (7). Técnico: Davide Mazzanti

🇧🇷 BRASIL Macris (2), Lorenne (14), Gabi (20), Rosamaria (11), Carol (17), Carol Gattaz (11), Nyeme (L). Entraram: Pri Daroit (0), Roberta (0), Kisy (2). Técnico: José Roberto Guimarães

Gabi teve 63% de eficiência na recepção/Divulgação FIVB

PÓS – JOGO

Ao final do jogo, a ponta-oposta Rosamaria falou sobre a vitória na semifinal, em entrevista para a FIVB. “Esta é uma vitória dos sonhos para nós, pois queríamos muito estar na final. Acho que nosso bloqueio e defesa funcionaram muito bem esta noite e esse é um dos nossos principais pontos fortes, mas ainda podemos fazer melhor. Estamos muito animados por estar na final. Mantivemos nosso plano de jogo e, mesmo quando a Itália criou problemas para nós, ainda estávamos com os pés no chão e focados o suficiente para manter nossa organização em quadra. A Sérvia será um adversário muito difícil, mas vamos lutar até o fim como fizemos hoje”.

A ponta-oposta brasileira Rosamaria entrou jogando como titular, pela 1ª vez no Mundial 2022/Divulgação FIVB

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