
O Brasil deu adeus a briga pela medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Jogando na Ariaki Arena, pelas semifinais da competição, contra o Comitê Olímpico Russo, os brasileiros foram derrotados de virada, por 3×1, com parciais de 18/25, 25/21, 26/24, 25/23. O Brasil não perdia uma semifinal olímpica desde os Jogos de Seul em 1988, há 33 anos. Os russos fizeram uma grande partida no ataque. Os brasileiros saíram de quadra devendo uma boa atuação. O oposto Mikhaylov foi o maior pontuador do confronto, com 22 pontos. Pelo Brasil, Leal marcou 18 pontos.
Ao final da partida, o levantador Bruninho comentou sobre o jogo em entrevista na área de imprensa. “É difícil fazer uma análise fria agora, e acredito que o principal foi não ter finalizado a oportunidade que tivemos no terceiro set, mas o time foi valente de voltar apesar da dificuldade que passamos no terceiro set. É difícil, frustrante porque estávamos fazendo um bom jogo. O nosso time lutou, mas os russos mereceram. Acredito que tudo tem um porquê e agora é apagar isso aqui e ir para o bronze”.
Com o resultado, o Brasil disputará a medalha de bronze. O adversário sairá do perdedor do confronto entre França e Argentina. O jogo está marcado para o próximo sábado, 7 de Agosto, 1h30 da madrugada. O duelo pelo 3º lugar terá transmissão da TV Globo, SPORTV e BandSports.

O JOGO
Brasil e Comitê Olímpico Russo iniciaram a partida trocando bolasse velocidade. Os brasileiros forçavam o serviço e erravam. Os representantes russos eram mais eficientes no fundamento. A partir dos contra-ataques, o Brasil conseguiu abrir vantagem na parcial. No entanto, ainda pecava no serviço. Com vantagem no placar, os brasileiros tinham um ótimo aproveitamento no ataque, tanto na virada de bola, quanto nos contra-ataques. Para completar, o bloqueio brasileiro fazia a diferença no jogo, com 4 pontos diretos no fundamento. O Brasil fechou a parcial com 25/18, causando uma ótima impressão.
Na segunda parcial, o Comitê Russo voltou ligado no jogo, abrindo 3 pontos de vantagem no placar, logo de cara. A vontade dos representantes russos era tanta que eles queimaram um desafio claramente desfavorável no princípio do set. O Brasil continuava a forçar o jogo no serviço, cometendo erros. Os representantes russos defendiam como nunca. Os rallys eram intensos. O Brasil perdeu eficiência no ataque. Além disso, tinha dificuldades em achar o oposto Mikhaylov no bloqueio. Os representantes russos dominaram a parcial. O Brasil esboçou uma reação, os representantes russos até relaxaram, mas não teve jeito. Vitória do Comitê Russo por 25/21.
A terceira parcial começou com duas cravadas do central Iakovlev. O sistema defensiva russo voltou ainda mais forte. A parcial era equilibrada até o sétimo ponto, quando o Brasil retomou a virada de bola e os contra-ataques. Os brasileiros aumentaram a intensidade do seu jogo. Concentrados ganhavam os rallys. O Comitê Russo substituiu o ponteiro Volkov por Podlesnykh. Com 7 pontos de desvantagem, os representantes Rússia encaixaram o serviço. A virada de bola brasileira parou. O Brasil pediu tempo. Os representantes russos pressionaram ainda mais no serviço. Os brasileiros perderam o contra-ataque no 24º ponto. Na sequência, o Brasil não rodou três bolas consecutivas, com dois bloqueios russos. A rede de dois encalhou e o Brasil não realizou a inversão de 5×1. Os representantes viraram o jogo para 26/24.
O Brasil começou a quarta parcial com uma vantagem de 2 pontos. Os brasileiros pareciam ter voltado para o jogo. As duas seleções trocavam pontos com eficiência na virada de bola, nos contra-ataques e no erros de serviço. Aos poucos, os representantes russos minaram os brasileiros, nos mesmos pontos fracos. A derrota na parcial anterior pesava sobre os brasileiros. Douglas Souza entrou no lugar de Lucarelli. O Comitê Russo administrava o placar. O serviço brasileiro era inoperante. O Brasil conseguiu igualar o set em 15/15. Os representantes russos retomaram a frente no placar. O Brasil empatou novamente. Volkov voltou para o jogo. O jogo seguiu empatado até o 22º ponto. Os russos bloquearam o ataque brasileiro. O Brasil salvou um match point. Na sequência, Kliuka fechou o jogo em 3×1, com 25/23.
BRASIL Bruninho (3), Wallace (11), Leal (18), Lucarelli (10), Lucão (13), Maurício Souza (9), Thales (L). Entraram: Maurício Borges (0), Alan (2), Isac (0), Cachopa (0), Douglas Souza (1). Técnico: Renan Dal Zotto
ROC Kobzar (0), Mikhaylov (22), Volkov (7), Kliuka (15), Iakovlev (12), Volvich (2), Golubev (L). Entraram: Pankov (2), Kurkaev (2), Podlesnykh (6). Técnico: Sammelvuo
