A ENTREVISTA DE JULIO VELASCO AO BOLA DA VEZ

No último sábado, 3 de Julho, o consagrado técnico argentino Julio Velasco foi o convidado do programa Bola da Vez da ESPN Brasil. Um dos responsáveis pelo crescimento do vôlei feminino italiano, no fim dos anos de 1990, além de comandante da geração mais vitoriosa do vôlei masculino italiano, Velasco hoje é coordenador do trabalho de base da FIPAV – Federação Italiana de Vôlei.

Ao abordar o trabalho técnico na entrevista, Velasco disse que um bom treinador deve saber ensinar. Ele também enfatizou que treinar não é uma ciência, mas uma arte. Segundo Velasco, um bom treinador apresenta uma forma de jogo, que tenha a sua marca. Ele também apontou a importância de criar na cabeça de seus jogadores uma mentalidade de vencedor.

Ao ser questionado sobre as derrotas épicas do time italiano masculino, nos Jogos de Barcelona 1992 e Atlanta 1996, para a Holanda, Júlio Velasco disse que a pressão externa e financeira exercida sobre os seu jogadores, foi crucial para o revés em Barcelona. Ele disse que a seleção italiana chegou a ser comparada ao Dream Team de basquete norte-americano. Sobre Atlanta 96, ele acredita que poderia ter realizado algumas mudanças na decisão da medalha de ouro.

Júlio Velasco também foi inquirido sobre a comparação entre a vitoriosa geração italiana dos anos de 1990 e a geração brasileira vitoriosa dos anos 2000. Para ele, é uma comparação difícil. Velasco afirmou que o Brasil dos anos 2000 era criativo e veloz. Além disso, ele apontou a diferença do jogo nas duas épocas. O serviço foi um dos diferenciais citado como exemplo.

Ao ser perguntado sobre qual foi o melhor e maior atleta que dirigiu, Velasco não titubeou em citar o ponteiro italiano Bernardi. Ao ser perguntado sobre qual atleta gostaria de ter treinado, ele citou o norte-americano Karch Kiraly, atual técnico dos Estados Unidos, no naipe feminino, campeão olímpico na quadra e na areia, como jogador. Sobre um atleta difícil, Velasco apontou o levantador brasileiro Ricardinho, campeão olímpico em Atenas 2004.

Para encerrar a entrevista, Velasco foi questionado sobre uma punição dada pela FIVB a ele no Mundial de 2018. O técnico mandou uma banana para a arbitragem após a vitória da Argentina sobre a Polônia, no tie-break. Segundo explicou, a punição foi uma retaliação, após uma reclamação dele, para uma mudança de interpretação da regra, às vésperas do Mundial de 2018.

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