Um dos clubes mais tradicionais do voleibol brasileiro, no naipe feminino, na primeira metade da década de 1980, o Fluminense corre sério risco de rebaixamento na atual temporada da Superliga Feminina. Cinco anos depois do retorno à elite da modalidade, o tricolor carioca realiza a sua pior campanha na história da competição. Figurando sempre entre os 8 classificados para os playoffs, desde o seu retorno, na temporada 2016/2017, atualmente, o Fluminense ocupa o penúltimo lugar na tabela. O time ainda não venceu em 2021. Em 18 jogos, conquistou apenas 2 vitórias.
Sem patrocínios, o bicampeão brasileiro, em 1976 e 1981, foi a equipe mais prejudicada pela pandemia na pré-temporada do vôlei feminino, antes do começo da Superliga. Várias peças importantes do time nas temporadas anteriores deixaram o clube como: Paula Borgo, Thaisinha, Letícia Hage, entre outras. As peças de reposição chegaram com a temporada em andamento. Para complicar o quadro, o Fluminense ainda foi uma das equipes mais afetadas por um surto de coronavírus no elenco, no fim de 2020.
Sob o comando de Hylmer Dias, há cinco temporadas, o tricolor carioca não evoluiu tecnicamente na Superliga Feminina 2020/2021. Jogadoras de bom nível técnico, contratadas na última hora, rendem abaixo do esperado. Hylmer não conseguiu dar consistência e padrão de jogo para o time. Dentro de quadra, o Fluminense parece um “catadão” de jogadoras perdidas. Infelizmente, Hylmer não conseguiu sequer montar uma equipe competitiva para o nível da Superliga Feminina. Resultado: na última segunda, 15 de Fevereiro, o Fluminense anunciou a sua demissão. Em seu lugar, entra o seu assistente, Guilherme Schmitz, presente como treinador no banco, nas vitórias do time na competição contra São Caetano e Pinheiros.
Fato é que, a situação do Fluminense na conjuntura atual da Superliga é muito complicada. Para escapar de um provável rebaixamento, o tricolor precisa vencer três dos seus próximos quatro jogos. Entre eles, principalmente, o confronto direto contra São José dos Pinhais na última rodada da competição. Caso o Fluminense repita a campanha do 1º turno o rebaixamento será fato consumado. Ao que parece, a aposta na mescla de jovens jogadoras com outras mais experientes, deu errado pelo lado do clube das Laranjeiras.
Campeã olímpica
Um dos reforços do Fluminense, a campeã olímpica pelo Brasil, em Pequim 2008, Mari, ainda não conseguiu retribuir as expectativas da torcida com relação a sua contratação. Mari demorou para ganhar ritmo de jogo e ainda sofreu com algumas contusões. Contratada com a Superliga em andamento, Mari também demorou para estrear na competição. Com o time em má fase, ela é uma das esperanças do Fluminense na luta contra o rebaixamento.
Até o momento, Mari marcou 43 pontos na Superliga Feminina com a camisa tricolor. Em 17 sets disputados na competição, Mari possui média de 2,53 pontos por parcial. Com esses números, ela ocupa a posição quadragésima nas estatísticas gerais de média por pontos. Na pontuação geral, atuando como ponta ou oposta, jogando apenas o returno da Superliga, Mari ocupa a 79ª colocação geral. Sua eficiência é de pouco mais de 30%. Em 118 bolas recebidas, Mari colocou 36 no chão. Com esses números, ela ocupa a 66ª posição no ranking de aproveitamento de ataque da competição.
Fonte: CBV
