No último sábado, em Belo Horizonte, na Arena Minas, Itambé/Minas e Sesi/Bauru realizaram amistoso com vistas a temporada nacional 2020/2021. Foi a retomada da modalidade no naipe feminino no Brasil, após paralisação de mais de cinco meses, em virtude da pandemia do coronavírus. Como determina o figurino, o jogo atendeu ao “novo normal” da modalidade, com arquibancadas vazias, sem troca de lado entre os times ao final de cada parcial. O único porém nesse quesito foi a confraternização natural das jogadoras no fim do jogo, com troca de abraços e aperto de mãos. Será que era esse o protocolo?
Apesar da expectativa, as duas equipes estavam desfalcadas de reforços importantes para a temporada. No caso do Minas, a ponteira americana Megan Hodge não entrou em quadra. Já pelo Bauru, ficaram de fora a oposta azeri Rahimova e a líbero dominicana Castillo. No entanto, o torcedor do Minas deve ter gostado do que assistiu. A outra americana do time, a oposta Cuttino fez uma estreia excelente com a camisa do clube. Ela foi a maior pontuadora do jogo, além de demonstrar entrosamento com a levantadora Macris.
Nos aspectos físicos, ficou claro a falta de ritmo das duas equipes. Porém, o Bauru sofreu mais do que o Minas. Suas atletas ainda estão visivelmente longe da forma ideal. Tecnicamente, o Minas também está a um nível acima do Bauru. Taticamente, a vitória do Minas, até com certa facilidade, por 3×0, ficou marcada pelo bom desempenho no saque e bloqueio. A central Thaísa deu trabalho para as atacantes do Bauru. Além disso, o time do interior paulista teve muitas dificuldades na linha de passe. Mari Casemiro não resolveu os problemas no fundo de quadra. A ponteira Suellen entrou bem no jogo, em seu lugar. Também não deu para entender porque a central Mara ficou no banco a maior parte da partida.
Sobre a transmissão, apesar do esforço do patrocinador do Minas, das belas imagens da Arena, é lamentável as informações imprecisas dadas pela cobertura do jogo. Além disso, a narração do duelo beirou o amadorismo. Nem de longe lembra a Tv Bandeirantes do saudoso Luciano do Valle. Salvou-se apenas os comentários da bicampeã olímpica Sheilla. Para uma próxima vez, fica a expectativa por uma cobertura melhor. O telespectador merece.
