Há menos de um ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, participou na sexta-feira, 24 de Julho, de live realizada pelo patrocinador de material esportivo do voleibol brasileiro, ASICS. O tema do bate-papo foi a preparação para as Olimpíadas, em meio a pandemia do coronavírus.
Segundo o treinador do Brasil, o impacto do adiamento dos Jogos Olímpicos foi doloroso. Todo o planejamento iniciado no começo do ciclo teve que ser adiado. Tudo foi prorrogado. De acordo com José Roberto, o principal problema enfrentado é o planejamento pessoal das jogadoras. Algumas gostariam de ser mãe em 2021.
A expectativa do tricampeão olímpico é contar com a melhor seleção nacional possível. Ele reconhece que o momento atual não é dos melhores para o Brasil na modalidade no naipe feminino. Porém, José Roberto acredita plenamente nas condições do Brasil brigar por medalhas nos Jogos de Tóquio.
Questionado sobre a motivação para treinar durante a pandemia, o técnico da seleção brasileira feminina revelou que pretendia realizar uma convocação, no último dia 13 de Julho, mas em virtude do avanço da pandemia no Brasil, achou melhor não recomeçar os treinamentos. Ele disse ter feito recomendações para suas atletas, mas que não pode interferir na preparação dos clubes.
Sobre a preparação física e técnica, José Roberto foi categórico ao afirmar que estando parado, em qualquer situação, o atleta sempre perde. Ele contou estar trabalhando individualmente com a ponteira Natália. Segundo José Roberto, ela já está retomando a parte com a bola, após um trabalho de três semanas, mas sem o trabalho com o grupo, de acordo com ele, sempre perde.
Para José Roberto Guimarães, mesmo com a perda, a retomada dos coletivos depois será rápida. Aos poucos, com velocidade, por estarem habituadas a jogar juntas há muito tempo. Ele não deixa de afirmar que mesmo assim, se perde, quando fica muito tempo parado, sem treinar juntos. No entanto, o treinador frisa que todas as seleções que vão disputar as Olimpíadas enfrentam o mesmo problema.
Indagado pelos seguidores, sobre os grupos dos Jogos Olímpicos, na categoria feminina, José Roberto Guimarães deixou claro que a outra chave, não a do Brasil, é mais forte. Ele também disse que gostaria de ter caído no outro grupo. Porém, o técnico da nossa seleção disse que a chave do Brasil não é tão fraca. Ele apontou a força de República Dominicana, Japão e Coréia do Sul. Também disse que a Sérvia é candidata ao ouro olímpico.
Além de querer grandes desafios para a seleção feminina nos Jogos, José Roberto demonstrou preocupação com o cruzamento na fase eliminatória da competição. Para ele, no outro grupo estão seleções difíceis de serem derrotadas. Ele encerra afirmando que vai ser uma Olimpíada complicada. Por isso, espera que os adversários da chave deem trabalho ao Brasil, por causa do cruzamento na fase eliminatória dos Jogos.