O NOVO RANKING DA FIVB

Desde do último sábado, 1º de Fevereiro, a FIVB colocou em prática o seu novo ranking de seleções. Pelo novo sistema, todo jogo disputado em nível internacional conta pontos para o ranking. Um algoritmo, testado pela entidade há quase um ano calcula a probabilidade de resultados dos confrontos, considerando a força de cada seleção e o retrospecto, dando pontuação maior para os resultados inesperados, em um sistema parecido com o ranking da FIFA.

Um fator diferencial é o peso de cada competição. Em uma escala que vai dos Jogos Olímpicos aos Campeonatos Continentais, em um total de quase dez torneios, os resultados ocorridos nos confrontos contribuem mais ou menos para o ranking, de acordo com a importância da competição. Além disso, em caso de resultados inesperados, haverá maior pontuação para o vencedor. Portanto, cada set vencido ou perdido conta na cotação do ranking.

Mesmo com o novo sistema, na categoria masculina, o Brasil manteve a liderança de 17 anos no ranking. Porém, algumas seleções foram favorecidas na atualização como Argentina e Japão. Sem subir ao pódio de qualquer torneio importante, os argentinos estão em 5º lugar no ranking, a frente da França, uma das candidatas ao ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. No caso japonês, a boa campanha na última Copa do Mundo impulsionou sua posição: 9º lugar.

Já na categoria feminina, a seleção mais favorecida pelo novo sistema foi justamente o Brasil. Apesar de subir apenas uma posição em relação ao ranking anterior, as brasileiras estão na frente da Sérvia, atual campeã mundial e bicampeã europeia, além da Itália, atual vice-campeã mundial. Outra incongruência do novo ranking, no naipe feminino, é a posição da Turquia. Mesmo terminando o Europeu 2019, em 2º lugar, a seleção turca não poderia estar na frente da Sérvia.

Fato é que, o novo sistema adotado pela FIVB em seu ranking de seleções corre o risco de perder a credibilidade. Assim como no futebol, ele pode perder a relevância. Não está claro quais são os critérios adotados pelo algoritmo para determinar qual seleção é mais forte do que outra. Por esse motivo, o ranking pode apenas servir para manter o status quo da modalidade. No entanto, é bom ressaltar a importância do ranking no voleibol, pois a partir dele é definida a divisão dos grupos nas grandes competições.

Seja qual for o critério adotado pelo algoritmo, no caso específico da Turquia parece ser o peso das competições, a atual campeã mundial não pode estar atrás de uma seleção que encerrou o mesmo Mundial, em décimo lugar. A não ser que os critérios utilizados sejam outros. Ao que parece, no mundo ideal de muitos, se fosse possível, Cuba seria líder do ranking eternamente.

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