A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou na semana passada onze das 12 sedes do processo qualificatório para os Jogos de Tóquio, em 2020. Os eventos acontecem no mês de agosto. No feminino, entre os dias 2 e 4. No masculino, nos dias 9, 10 e 11. O Brasil foi escolhido como uma das sedes, no naipe feminino, segundo fontes da imprensa, graças a desistência de todos os países do seu grupo, além dele mesmo, no caso, República Dominicana, Camarões e Azerbaijão.
Com isso, a responsabilidade de organizar o grupo D do Pré-Olímpico ficou com a Confederação Sul-Americana (CSV). No pacote, o ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, deve receber o evento do pré-olímpico. É bom ressaltar que a CBV não tem qualquer responsabilidade pela organização.
Já no naipe masculino, o Brasil não exerceu seu direito em receber o pré-olímpico, assim como no feminino, em virtude da falta de recursos para bancar o evento. Dessa forma, a Bulgária será a sede do grupo do Brasil, no torneio qualificatório para os Jogos de Tóquio. Além dos búlgaros, os brasileiros irão enfrentar na chave A, os egípcios e os porto-riquenhos.
Nas redes, torcedores brasileiros questionaram os critérios da federação para definir as sedes. Por exemplo, a Polônia, sede da chave A, no feminino, entrou no pré-olímpico mundial porque Cuba desistiu da competição. Ocupando a 26ª posição do ranking internacional, as polonesas ganharam o direito de receber o torneio qualificatório para as Olimpíadas, por uma questão financeira e mercadológica.
É bom deixar claro que isso ocorreu porque, segundo os critérios da FIVB, Sérvia, Porto Rico e Tailândia recusaram pagar os valores pedidos para organização do pré-olímpico. Outras decisões, em outros grupos, também foram alvo de especulações. A Holanda não será sede de seu grupo, no feminino, mesmo sendo cabeça de chave. O grupo terá sede na Itália.
No masculino, os americanos também não receberão o evento do pré-olímpico, mesmo sendo 2º lugar no ranking. Já a China, será anfitriã da chave F do pré-olímpico masculino, sem ter a preferência no grupo também composto por: Canadá, Argentina e Finlândia. No anúncio realizado pela FIVB, também ficou pendente a escolha do grupo C, na categoria feminina.
Não está claro quais foram os critérios adotados pela federação para decidir as sedes dos eventos. Foi amplamente divulgado na mídia sobre as contrapartidas financeiras para organizar o pré-olímpico, algo em torno de 2 milhões de reais, tendo como prioridade os cabeças de chave. No entanto, ao que parece, a política de bastidores foi um dos fatores preponderantes para explicar determinadas escolhas.
Abaixo, as sedes de cada grupo do Pré-Olímpico Mundial, nos dois naipes.
Feminino
Grupo A com Sérvia, Porto Rico, Tailândia e Polônia, na Polônia
Grupo B com China, Turquia, Alemanha e Rep.Checa, na China
Grupo C com EUA, Argentina, Bulgária e Cazaquistão, a ser definido
Grupo D com Brasil, Rep.Dominicana, Camarões e Azerbaijão, no Brasil
Grupo E com Rússia, Coreia, Canadá e México, na Rússia
Grupo F com Holanda, Itália, Bélgica e Quênia, na Itália
Masculino
Grupo A com Brasil, Egito, Bulgária e Porto Rico, na Bulgária
Grupo B com EUA, Bélgica, Holanda e Coreia, na Holanda
Grupo C com Itália, Sérvia, Austrália e Camarões, na Itália
Grupo D com Polônia, França, Eslovênia e Tunísia, na Polônia
Grupo E com Rússia, Irã, Cuba e México, na Rússia
Grupo F com Canadá, Argentina, Finlândia e China, na China