A Federação Internacional de Vôlei inicia na semana que vem a sua mais nova competição anual, a Liga das Nações. A estreia acontece na categoria feminina e nas semanas seguintes do mês de maio, também na masculina. A expectativa da FIVB é transformar suas ligas anuais, no caso, a antiga Liga Mundial e o Grand Prix, em um produto mais atraente para o grande público. Para alcançar êxito na mudança, segundo fontes da imprensa, os dirigentes da federação contam com a colaboração de especialistas ligados às grandes ligas esportivas americanas.
Essa não é a primeira vez que ocorrem modificações no formato das ligas de seleções de vôlei. Assim que assumiu seu mandato na federação internacional, o brasileiro Ary Graça, provocou uma reorganização das ligas, criando divisões entre as seleções, com acesso e descenso, atendendo a uma demanda das federações nacionais.
FORMATO
A nova reformulação das ligas foi cercada de polêmicas. Primeiro foi ventilado, sem confirmação, que a FIVB resolveu mudar a Liga Mundial devido ao rebaixamento da seleção italiana em 2017, na Liga Mundial. Depois, foi a vez das seleções que ascenderam em suas divisões em 2017, questionar os critérios de classificação adotados pela Liga das Nações.
De acordo com o regulamento da Liga das Nações, tanto no masculino como no feminino, foram divididos, na mesma disputa, dois grupos distintos de seleções, as obrigatórias e as desafiantes. Dessa forma, apenas as seleções desafiantes correm o risco de não disputar as próximas edições da competição. Nesse caso, a Eslovénia, campeã do grupo de acesso em 2017, ficou de fora.
Os questionamentos acerca das Liga das Nações não se atentam apenas ao formato e aos critérios de classificação. Com o calendário apertado, a competição terá partidas durante a semana, em horários proibitivos, para citar apenas o caso do Brasil, o que diminuem as chances de sucesso.
Para explicar tal controvérsia, a FIVB diz atender aos seus patrocinadores. A intenção, segundo eles, é fugir da coincidência de datas com a Copa do Mundo de futebol. Para compensar, as fases finais irão acontecer na China, país onde o vôlei é altamente popular, no feminino, e em Lille, na França, no masculino, em um estádio de futebol, repetindo a bem sucedida experiência da fase final da Liga Mundial 2017, em Curitiba.